quarta-feira, 17 de dezembro de 2014

Quarta-feira.



Essa noite eu decidi caminhar até a varanda, apenas para fumar um cigarro e pensar sobre qualquer coisa relativa ao tanto de nada que eu tenho feito nos últimos tempos.Me pego acompanhando a trajetória da lua entre as poucas nuvens, e me lembro daquela coisa muito importante, ou daquele dia totalmente inesquecível, lembrei de alguma coisa qualquer que me fez sorrir, lembrei de você, mesmo não sabendo ao certo se você é realmente você.
No fim das contas, me deitei na varanda sem qualquer cerimônia, e entre um pensamento perdido e outro, fiquei com vontade de fazer algo surreal e totalmente sem sentido: catar uns universos na ponta dos dedos e colocar nos potes de vidro vazios que tinham na cozinha.Não é a atividade mais saudável nos méritos psicológicos, mas eu não ligo muito pra isso, e acho que você também não ligaria, é só minha forma de provar pra existência que eu consigo fazer coisas inteligentes e agradáveis até quando estou me sentindo meio mal.
Como era de se esperar, eu passei a madrugada em claro enchendo potinhos com universos e galáxias e constelações até que não houvessem mais potes, e até que eu conseguisse me livrar do pensamento de quão maluca eu achei que você fosse, e o quão interessante eu iria te descobrir.A verdade é que eu só queria aquele nível de intimidade em que se pode estar perto da pessoa com qualquer frequência que se considere saudável, independente de qualquer contato físico, era algo mais em prol da companhia e de saber que você faz alguma diferença na vida da pessoa do que qualquer outra coisa.
O que se pode concluir é que há alguma coisa motivadora o suficiente pra me fazer vir até aqui e falar desenfreadamente sobre esse assunto, sabendo que ninguém vai ler isso com a ciência do que pode ser, nem mesmo eu ou você, ou a minha gatinha, a mochila (sim, o nome da felina é mochila, só aceita que é melhor).Eu vou viver lembrando das coisas daquele jeito estranho e raro que só eu tenho de lembrar, aonde tudo que acontece na intimidade entre duas pessoas é um infinito e todo sorriso vale mais do que qualquer joia que exista por ai.
Refletir sobre isso? é uma realidade que eu encaro com simplicidade, eu vou pensar um pouco sobre o tanto de universos a mais que poderiam decorar os outros potes se naquela noite você tivesse me acompanhado, ou mesmo o pouco tempo que seriam as oito horas que passei acordado naquela madrugada se você estivesse acordada lá do lado me pentelhando.Só acho que na verdade eu não deveria achar nada e tinha mais é que sossegar no meu canto e tomar meu refrigerante enquanto converso coisas aleatórias com pessoas aleatórias.
Entre os futuros desencontros que ambos sabemos que vão existir, eu só espero que você se lembre...



...que seu bem me faz bem, e é nessa simplicidade que levamos as coisas.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

Desejo e Surpresa.


Como um agradável acaso, você veio me encontrar.
em tal situação cômica, por sua total inocência.
reluzente em sua singularidade, me cegou.
por fim, ainda que não intencionalmente, me fez sorrir.

Eis que sua graça recai sobre a casa.
na permanência, encontramos paz e força.
nos olhares temos firmeza e complacência.
com o passado nos sobra a certeza de um afago.

Assim desejo a ti todo o tempo nessa vida.
para que possa viver e ser a razão de um sorriso qualquer.
espero, com muito afinco, que tenha luz nos teus caminhos.
 e que possa sempre ser essa existência espetacular e surreal...


...que os dias possam ser agraciados com você no fim.

domingo, 7 de dezembro de 2014

Palavras Faltosas.


Hoje a nostalgia almoçou comigo.
veio me recordar daquela época de você.
dos seus desastres inconstantes, porém divertidos.
e da bela catástrofe que eramos juntos.

Me peguei lembrando sorridente.
as muitas brigas, aos urros e murros.
alimentavam, sem saber, o carinho estranho que tive por ti.
assim dando forma a parte do homem que vê aqui.

Em meio ao diálogo, um leve suspirar.
pude ver nossos, não poucos, momentos de tensão.
todo o silêncio que tanto nos feriu.
e a criança que há em mim, vez ou outra nos prejudicando.

Agora vejo em você um sorriso pelo qual viver.
tenho a leve sensação, quase uma certeza.
que somos, juntos, algo maior.
muito maior do que jamais iriamos imaginar.

Assim, decidi lhe escrever, dessa vez.
para que, com sorte, não se esqueça.
da única verdade que eu quero te fazer acreditar.
somos muito mais sorrisos que silêncio...


...e nunca vou saber como te dizer coisas bonitas.

segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Montauk.



Essa noite eu decidi apagar você da minha existência.
tomei essa atitude sem ao menos um bom motivo.
ao mesmo tempo, tive todo e qualquer motivo.
engraçado como eu nunca vou saber explicar isso.

No meio do vazio que eu escolhi criar, ouvi um estalo.
vinha da rachadura que sempre existiu sob nós.
a verdade é que nunca ligamos muito pra ela.
e sempre soubemos que ela estava lá, naquele mesmo lago.

O que me ocorreu em seguida foi um medo.
aquele tipo de pavor que se sente uma ou outra vez.
então percebi que não desejava aquilo.
não podia apagar a única coisa que realmente existiu na minha vida.

Eu corri, desesperadamente, sem um rumo.
fui de encontro a todas as nossas lembranças, sem parar.
fugi até minhas humilhações, quando não tive mais escolhas.
e decidi ficar ao invés de partir, quando não havia mais saída.

Um dia começa, e eu acordo com teu gosto, sem saber que é teu.
sigo em direção ao cotidiano que abandonei com você, sem saber.
desisto, e vou em direção aquele mesmo lago.
naquele mesmo lugar....


....tentando recordar o que eu nunca quis esquecer.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Tu me tornas...


Eterna e incontrolavelmente responsável.
por isso e aquilo que cativamos.
todas as belas coisas que vem no teu sorrir.
e todas as constelações dos seus olhares.

Os outros mundos secos e incolores.
que se perdem em rios e cores da tua voz.
um espetáculo singular e inexplicável.
inebriante em cada encontro.

Nesse mês em específico.
e em tal data especial, quase que obviamente.
me ponho a matutar, por todo o dia.
procuro palavras para lhe dizer que quero que viva para sempre.

Digo que sempre pode ser muito tempo.
então que seja por todo o tempo que a vida nos permitir.
e que isso signifique bastante tempo.
tempo suficiente para que possamos compartilhar um por do sol....



...tempo suficiente para que possa te guardar em afeto pra toda vida.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

Entre falésias e o futuro forjado.


Eu estou de volta aquela estrada de neve.
uma outra vez, lembrando de você.
nova chance de cometer os mesmos erros.
ou ao menos de cumprir a promessa de te fazer sorrir.

Apenas mais um dia frio, aqui tão longe.
e entre pinheiros e algumas azaleias.
jurei ter visto tua silhueta no fim da estrada.
o mel dos teus olhos se afastando de mim.

Na memória, ainda falha, breves momentos.
as noites e jantares e passeios e cafés.
dentre outras tantas recordações que nunca houveram.
é só minha cabeça me ludibriando.

Indo contra a previsão do tempo, começa a nevar.
e eu alcanço a encosta no fim da floresta.
vejo o canto melodioso do oceano.
pergunto-me aonde você pode estar...


...e me lembro de te perder no abismo entre minha vontade e a verdade.

domingo, 26 de outubro de 2014

Realidade, Marca e Beijo.


É sobre o tempo em que estive em suas mãos.
e o sabor doce que sua voz tem.
sobre todos os raros momentos que dividimos.
também sobre como as palavras me fogem perto de ti.

Todas as vezes em que eu pensei que seria fácil.
esbarrar contigo por ai, e te ver como eu vejo o resto do mundo.
uma pessoa comum, simples e rotineira.
e todas as vezes em que essa esperança caiu por terra.

Também é sobre toda sua formosura.
e como você é envolta em mistérios sem fim pra mim.
memórias que te definem como é, e que eu nunca vou saber.
ter que aprender a viver assim, dia sim dia sempre.

E o quanto eu quis te abraçar e proteger dos precipícios da vida.
te dizer que vai ficar tudo bem, sabendo que posso cumprir essa promessa.
observar enquanto você vive, ama e parte em direção aos amanhãs.
e não me preocupar com sua ausência, pelo tempo que for...



...por saber que você vai sorrir, e isso vai me fazer viver mais um dia.

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

Conto.


Em meio ao caos dos últimos dias, ele decidiu partir.
fugiu para uma praia longínqua, nos confins de lugar algum.
se desfez de todos os grilhões do mundo materialista.
assim sendo, agora lhe bastava viver.

trançou um chapéu de palha, simples e alegre.
usou da bondosa natureza e fez uma vara de pesca.
gastou alguns dias observando o mar, adaptando-se a ele.
consumiu uma noite ou outra formulando técnicas e planos.

Eis que então decidiu ir pescar.
agora vamos pular parte da história, em algum tempo.
um outro belo dia, enquanto sentado na beira do mar.
ele consegue fisgar algo, algo mais forte que o esperado.

Era uma mulher, desnorteada e faminta.
em polvorosa por alguém encontrar.
a mulher se desembestou a falar.
implorando por comida.

Disse-lhe, humildemente, que não possuía comida.
não há peixes no meu mar.
pesco sonhos e boas lembranças.
é tudo que posso lhe dar.

A mulher aceitou viver por mais tempo.
consumindo-lhe três boas lembranças e um sonho.
o pescador sentiu o coração diminuir e apertar.
mas sorriu e até a saudou quando partiu.

Dessa vez um dia chuvoso.
mais uma estranheza, dessa vez bem atípica.
se ele não soubesse que não há peixes lá no mar.
diria se tratar de um rei dos mares.

Apenas um homem, estranhamente tristonho.
estático e confuso, por outra pessoa achar.
o homem deu algumas palavras.
encarecidamente pedindo por ajuda.

Explicou-se, calma e brevemente.
dizendo não entender  das coisas da mente.
não há sabedoria no meu mar, pesco esperança e alegria.
é tudo que posso ofertar.

O homem concordou em ver algumas luas a mais.
queimando-lhe metade da esperança e três quartos de alegria.
o coração do pescador chorou sangue e sua alma gritou.
mas ele nem ao menos titubeou ao ver o homem se cortar e padecer.

E a última ocorrência, no dia em que nevou.
nada mais lhe parecia fora do normal.
mais uma fisgada, outra mulher.
que mais lhe parecia uma sereia, ou uma deusa.

Uma beleza inenarrável, de ferir a vista.
sonolenta e perdida ela parecia.
queria apenas voltar para o mar, ao qual pertencia.
sem proferir uma palavra, deu as costas e caminhou.

Desesperado, ele suplicou.
engasgando com desculpas pra que ela ficasse.
tenho amor e sorrisos sinceros, tudo pescado desse mesmo mar.
é pouco, mas é seu, se ficar.

A mulher não pode aceitar tamanho sacrifício.
e partiu, levando consigo, sem saber, tudo que ele tinha.
o coração bateu forte por duas vezes, e parou.
enquanto ele a seguia em direção ao mar, se afogando em tristeza e mágoa...



...no fim das contas, eu percebi que não vivo em caos....eu faço parte dele.

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Ofermod.


Um breve desencontro no balcão do bar.
a primeira impressão de que era mais um sol no universo da cidade.
o corpo marcado por lembranças e desejos.
e eu a vi partir, como não poderia deixar de ser.

Outra noite, mesmo balcão.
a segunda impressão que fez meu âmago trepidar.
os beijos perdidos em lábios que chegam e vão como o vento.
mais uma vez, ela partiu, e pude apenas olhar.

Última noite, ainda o bar.
somente mais uma impressão, agora ela era algo além.
aquele sorrir que me tira o jeito, até mesmo de longe.
não, ela não ficou dessa vez, e eu nem mesmo pude vê-la partir.

Se outra noite a espera? quem sabe.
alguma nova impressão? certeza.
ela vai me iludir com a luz que só ela tem, não vai? fatalmente.
e vai partir mais uma vez? sempre...



...em pensamentos profundos, carrego a vontade de te descobrir.

quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Implacável, impecável, imutável.


Um dia a mais, e o tempo nos mostra que estamos sozinhos.
procurando por uma quantidade indeterminada de coisas, pessoas, lugares, sem nunca saber pra onde olhar ou seguir.E como não poderia deixar de ser, chove na cidade, uma chuva branda, quase como o abraço acolhedor de uma mãe amorosa.Conversando com minhas vozes internas, me pergunto da solidão e do desejo inexplicável de encontrar algo que desconheço e não sei definir.
Em uma fração brutalmente calculada, uma inundação de memórias me confunde, todas as pessoas que chegam e partem da minha vida, como se eu fosse um porto qualquer para se atracar brevemente, ou um bar para se frequentar quando se tem os requisitos necessários para se divertir por uma noite.Todas as pessoas importantes que eu perdi, dentre elas as que eu me vi perder, e o tanto da eternidade que vai ser preciso até que eu me dê conta de que elas não foram apenas fazer viagens sem previsão de volta, até que eu me dê conta de que elas realmente se foram pra sempre.
Amontoando-se a isso, o abismo gigantesco que se fez na minha existência, entre o que eu sou, o que eu almejo ser, e o que o mundo vê ao me olhar nos olhos, isso sem nem contar com a indecisão, o dissabor da minha consciência com infindáveis linhas de raciocínio e desejos pequeninos mas praticamente inalcançáveis.
Somente uma verdade das muitas que enxergo é alvo do meu apego: eu estou perdido.De tal forma como jamais estive antes, sem ter um norte, ou mesmo um mapa.Como já disse um amigo meu, eu corro indefinidamente em direção a algum destino que eu possa chamar de meu, como um cão persegue um carro, e certamente não saberei o que fazer ao alcançá-lo.
Quanto a esse desastre de proporções escalafobéticas que tem sido minha sobrevida, há apenas uma preocupação caminhando comigo: o quão alarmante vai ser a reação daqueles que entre um cigarro e outro checam meu não tão bem estar? Eu direi, levianamente, para que não se preocupem, eu vou sobreviver, como já sobrevivi todas as outras muitas vezes...



....a única diferença é que, dessa vez, a chuva não parou.

quarta-feira, 27 de agosto de 2014

Mimada.


Nos entremeios de uma melodia, eu te encontro.
em versos e contos, vejo teu nome.
com o olhar, resplendor desmedido.
e aquela simpatia que já não existe por aí.

Ela tem a doçura, complementar e branda.
nos agrados de dias passados, calorosas lembranças.
nunca se esquecendo da esperança.
e aos dias vindouros, um pouco de amor, paz e uma xícara de café.

Com sinceridade, revelo, não há muito para dizer.
apenas a sensação singela e honesta de bem estar que ela traz.
e a confiança de muitas boas lembranças em um futuro distante.
de momentos que ainda vamos viver....


...com todo o amor e todos os sorrisos que possam haver entre os melhores amigos do mundo.

segunda-feira, 18 de agosto de 2014

Outono.



Quando nos conhecemos, o dia estava claro.
as folhas nasciam nos ramos.
e a pureza daquele momento perdurou.
fomos poucos, mas os melhores, sempre.

Quando nos encontramos, nuvens percorriam o céu.
suas sombras se mesclavam com as das árvores.
e a felicidade daquele momento viveu eternamente.
eramos as risadas e abraços verdadeiros.

Quando nos reencontramos, o dia estava cinza.
as folhas, envelhecidas, ainda se mantinham nos ramos.
o medo daquele momento existiu por um segundo sem fim.
fomos muito mais do que jamais imaginamos, unidos.

Em nosso último encontro, lágrimas vestiam o céu.
o ramos expostos em suas vergonhas, sem folhas.
a tristeza daquele momento vai nos acompanhar até o fim.
ainda que muitos, o desamparo nos abraçou, individualmente.

Em nosso próximo encontro, será um dia qualquer.
e não vamos nos preocupar com os ramos.
teremos momentos singelos, momentos felizes, eternos.
quantos de nós? eu não sei, quantos sorrisos formos capazes de juntar, eu acho...



...é assim que vai ser agora, eu te cuido, tu me cuidas e esperamos o último dia chegar.

quinta-feira, 14 de agosto de 2014

O peregrino do último dia.



Só mais um filho da perdição.
cercado de falsas crenças e deuses mortos.
caminho através do fogo e sangue.
os pés descalços permitem sentir a lágrima da terra.

Em meio ao caos do findar, eu observo.
vejo os olhos embebidos em desespero.
ouço os gritos estridentes de terror.
e sinto o sofrimento pulsante, uma agonia singular e dócil.

A caminhada deve perdurar por mais algumas vidas.
isso não é uma preocupação, nunca foi.
desconheço o conceito daquilo que chamam de tempo.
apenas viajo entre sorrisos e lágrimas...



...e presenteio corações com verdades.

domingo, 10 de agosto de 2014

Sinestesia


O castanho doce do teu olhar.
e aquele sorriso desmedido que só você tem.
entre meias verdades e mistérios profundos.
só conheci a ilusão de ti que eu mesmo criei.

Nos nossos desencontros mais frequentes.
te perco em exageros e me desespero.
e insiste em me confundir com seu jeito de se expressar.
bem demais, ou mal demais, sei lá.

Faço um café mais forte.
desisto do despertador, e de acordar.
assim como já desisti de tentar ser essa pessoa.
que sabe exatamente o que dizer e fazer toda hora.

Talvez eu precise fugir, e esquecer.
ou quem sabe apagar tudo.
talvez eu precise achar alguma coisa em ti.
qualquer coisa que não me agrade...



...ou vai ver eu preciso mesmo é de você.

terça-feira, 5 de agosto de 2014

Simplicidade.


O essencial, te ver e sorrir, uma outra vez.
e sentar do teu lado, simplesmente.
sem me preocupar com o que está por vir, ou o que passou.
cantarolar aqueles velhos versos, sem medo.

Sentir o afeto no abraço, um carinho.
e a mistura doce do ar puro com teu perfume.
lembrar conversas e histórias de outras vidas.
até aquela tal felicidade da qual tanto falamos.

Essa sincronia que está além dos olhares.
um tanto hoje, que em dez anos serão boas memórias.
e tudo o que vamos ver e viver nesse tempo.
olhar as estrelas e se perder no infinito...


....nossa simplicidade vai além.

segunda-feira, 4 de agosto de 2014

Nostalgia.



Algo sobre a paz que ela me faz sentir.
ou mesmo os muitos, conhecidos ou não, encantos que só ela tem.
até mesmo seu jeito de sentir saudades.
e o sorriso, dos mais encantadores que eu ja tive o prazer de ver.

E a veracidade das palavras que ela diz.
com uma simplicidade tão abrupta.
as vezes acho até que é um pouco de descaso.
como não poderia deixar de ser, ledo engano da minha parte.

Tem também os mistérios que compõem sua essência.
as várias coisas que eu desconheço, obviamente.
afinal, não passo de um estranho gentil.
mesmo assim, me trata como aquele amor de infância, puro e reluzente.

Vão me faltar palavras bonitas, decerto até mesmo poesias.
em números não fariam diferença, a intensidade não se pode medir.
o quanto te quero bem e feliz, ou mesmo o quanto gostaria de ser parte disso.
os dias vão passar, e você vai crescer, e mudar...


...isso não vai importar muito, desde que você continue sorrindo.

quinta-feira, 31 de julho de 2014

Endorfina.



Com sempre foi, desde o primeiro momento.
ela está aqui, cuidando de mim, outra vez.
de muito longe, daquele lugar distante, o lar.
cuidando de mim, mais até do que eu mesmo.

Sempre caridosa, sempre sorridente.
algumas muitas vezes, sempre sonolenta.
me acalantando e até mesmo brigando.
no fim, ela sempre desejando meu bem.

"Meu bem", é assim que a chamo, quando posso.
é o que é, e o que tento fazer pra você.
o bem, todo o que for necessário, sempre que eu tiver chance.
afinal, quantas outras vezes me cuidaram tão bem, meu bem?

Dificilmente vou encontrar palavras para explicar.
o quanto desejo sua felicidade e seu sorriso.
e por quantas vidas por vir te quero aqui pertinho.
eu sei que nem sempre eu sou merecedor....


...mas eu juro que é só medo de crescer e te perder.

terça-feira, 29 de julho de 2014

Liberdade.



Ela foi um momento bom na minha vida.
uma ilusão, inevitavelmente, mas ainda assim.
razão de alguns dos mais sinceros sorrisos.
até que eu decidi fugir.

E eu fugi por muito tempo.
vi o rubro do seu cabelo sumir, pouco a pouco.
até mesmo das minhas lembranças mais profundas.
e tudo que restou foi seu nome.

Um dia, em um lugar distante, lembrei dela.
e da tão desejada liberdade.
algo pelo qual lutava desesperadamente.
e o sonho de estar ali, naquele lugar em que eu estava.

Entre sonhos perdidos e poças d'água, um desencontro.
eu tropeço, quase caio, a vejo indo de encontro a poça.
puxo-a de volta, agora, definitivamente, eu vou ao chão.
me levanto sem jeito, aos poucos, meus olhos te encontram primeiro.

Lá estava você, graciosa, com as mesmas madeixas vermelhas.
e lá eu estava, ainda sem jeito, ainda te segurando.
engraçado como nossos encontros são tão casuais e inexplicáveis.
mais engraçado é o quão imutável são certas coisas...


...Você vai conquistar sua liberdade ao mesmo tempo que conquista meu sorriso, outra vez.

terça-feira, 22 de julho de 2014

Livre Arbítrio.


Sobre tudo o que ela pode, e o tanto mais que ela deve.
enquanto a vida segue seu caminho.
observa calmamente os dias e as noites, sem medo.
seu único receio são os grilhões, os mesmos de sempre.

Não lhe falta nada, o mundo é grande demais.
e sua liberdade é como a cor do fogo em seu pelo.
ela não mente, apenas ludibria, e como bons peões, caímos.
seu olhar enxerga mais e percebe aquilo que se esconde na alma.

Ela é agil e dócil, astuta e incrivelmente inteligente.
antes que se note, ela já está presente, sem ser percebida.
e só vai partir se quiser, não há quem possa contrariá-la.
 o amanhã é seu, e ninguém decide o que será de sua vida, a não ser ela.

Raposa, mulher, ou o que você quiser, tudo que sei....é que és livre.

sexta-feira, 18 de julho de 2014

Dor.




Há plenitude no seu olhar, perdido e profundo.
o sol queima os cantos obscuros da alma.
e seca o sangue nas lágrimas, lentamente.
você se sente só, mais do que de costume...mais do que eu.

Seu cabelo mal cortado usufrui do resto de brisa.
os joelhos esbranquiçados rangem e estalam a cada passo dado.
as mãos, calejadas na tragédia forçam-se contra os ombros.
e na garganta, prendem as palavras que nunca vai dizer.

No oasis das lembraças ela pode descansar.
na sombra das arvores ela pode desistir, ou se deixar partir.
nas águas da fonte, pode se afogar.
e nos nossos momentos mais nossos...


...lá ela pode viver, se perder e sorrir.

quinta-feira, 10 de julho de 2014

Pensativa.


Como se o mundo inteiro fosse uma ilusão.
e as paredes falsas tingidas do céu mais azul.
ela intrigava, eu só fui capaz de hesitar.
enquanto a chama daquele momento se esvaía.

Já havia subido aquelas escadas.
e como todo o resto, em vão.
nunca nos levariam à lugar algum.
uma caminhada longa por um destino breve.

Engraçado era ver os dias seguindo.
e encontrar coisas em comum.
em um lugar tão inóspito, tantas pessoas.
e tanta dor guardada no âmago de cada uma delas.

Não digo que me senti em casa.
no máximo frente aos espelhos da minha existência.
em cada uma, eu via algo meu.
de cada canto de riso até cada lágrima presa.

Nunca vai haver palavra que eu use.
coisa alguma que possa mudar isso, só sua própria vontade.
tudo que posso garantir, é uma única coisa.
o céu que resplandece sobre meus olhos, é o mesmo que resplandece sobre os seus.






...sou apenas um viajante que vive de sorrisos e abraços.

sexta-feira, 4 de julho de 2014

Mito.


Hoje, por qualquer motivo que não algo óbvio, decidiu falar sobre ele.
entre as vagas lembranças de uma infância como outra qualquer.
lá estava, um divisor de caminhos, alguém com real significado.
inspiração de toda uma nação, ousa dizer que até de um mundo.

Para alguns, uma paixão, entre outros, um ídolo.
sem dúvida alguma, um exemplo, para todos.
e nada disso diz respeito as habilidades exibidas em seu meio de atuação.
era, e sempre será, sobre sua existência como reles ser humano.

Aquela serenidade, inexplicável em qualquer momento.
simplicidade com tudo e todos, nos momentos mais fáceis ou mesmo nos complexos.
o carinho e a atenção que nunca mudaram.
sempre uma pessoa, igual a você ou eu, nunca maior do que ninguém.

O desejo de crescer e conquistar aquilo que almejava, sem usar outras pessoas.
e até mesmo a particularidade da fé, sem preconceitos ou segregações.
o respeito por todos os rivais, e pelos poucos inimigos, se assim podiam ser chamados.
um conjunto de fatores que era tão simples, chegando a parecer inacreditável.

Digo com convicção, que até hoje eu procuro outra pessoa assim.
com todos esses aspectos, sem tirar nem por nada mais.
alguém que tenha todo esse carisma, sem deixar de ser a mesma pessoa.
independente da sua grandiosidade aos olhos do resto do mundo.


Acho que você vai ser sempre o herói em quem vamos nos espelhar.

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Firmamento.



Sobre um tanto de coisas que eu jamais saberei explicar.
acho que nem seu eu fosse capaz de desenhar, eu iria conseguir esclarecer.
me faltam palavras, quase tanto quanto me falta jeito pra falar com você.
assim como me sobra fraqueza, muita fraqueza.
um amontoado tão grande que eu nem sequer consigo te olhar nos olhos.
Mas não precisa se preocupar, vou sobreviver, já me habituei.
esses amores perdidos numa troca de olhares, todas as vidas felizes que jamais teremos.
e os naufrágios sucessivos que estão intimamente enlaçados à esses devaneios.
entrentato, algo deve ser exposto e sempre recordado.
o seu olhar nunca vai deixar de me ferir, isso não é negociável.
E jamais irei me arrepender, de nada que tenha acontecido.
todos os acidentes inexplicáveis e maravilhosos que foram nossos desencontros.
os sorrisos compartilhados e os medos divididos.
até mesmo uma ou outra mágoa sem razão aparente, não houve nada vão.
seu sorriso vai ser sempre a lembraça do meu afeto.
De alguma forma eu sei, e você sabe também.
como algum tempo, de quantidade indefinida, vai ajeitar tudo.
as coisas vão ficar em seus devidos lugares, e estaremos bem, como planejado.
e até lá, basta que eu saiba de ti e que você lembre meu nome.
até posso ter alguma sorte, e dominar essa fraqueza....


...só queria poder te olhar, sem medo, nos olhos.

segunda-feira, 16 de junho de 2014

Tato.



Eis que no auge da escuridão, sua voz chama meu nome.
tuas mãos atravessam o infinito das trevas, em um mesclado de luz e esperança.
palavras com simplicidade e ternura, o coração até palpita.
e na tensão do momento, risadas sinceras.
De alguma forma, acho que você conseguiu.
não exatamente me consertar, isso está fora de alcance, pra sempre.
mas com certeza foi a ferida costurada mais bonita que eu já tive.
e sei que vou descansar feliz um dia,  culpa sua.
Numa outra época, certamente, eu seria cativado pelo seu olhar.
e quem sabe? talvez até amar, ouvi dizer que é um sentimento bom.
entretanto, tudo que posso lhe oferecer é minha gratidão.
e a promessa de que você vai ser feliz, sem dúvida nenhuma.
Vou te mostrar a beleza das estrelas, e a paz na melodia do mar.
explorar os melhores motivos para os maiores sorrisos.
e todas as maravilhas que um abraço pode trazer.
e se nada disso for o suficiente...


...te dou o infinito e um sorriso, até que nada mais importe.

quinta-feira, 12 de junho de 2014

Minha Constantinopla e a queda.


Agora ela era apenas uma mancha em meu peito.
uma falsa sensação de esperança, e uma sobrevida nos sorrisos que não mais me sustentam.
E todas as lembranças forjadas, invenções sem fim.
os lugares em que não estivemos e as coisas que não vivemos juntos.
o primeiro olhar que nunca existiu, o último beijo que nunca te dei.
O vento sussurra em meus ouvidos, enquanto o coração aperta e me dói.
me diz que a vida é uma queda constante.
são os momentos em que apartamos essa queda que fazem diferença.
sozinho aqui, pensando nessas coisas, vejo a cidade longínqua.
tento entender o que me faz parar de viver pra pensar em você.
Uma infinidade de coisas para se fazer, olhares pra conquistar, sorrisos que podem me fazer viver.
e eu ouso ficar preso na noite em que eu te vi com as estrelas, e você me viu também.
na verdade eu só gosto de crer nisso, mas não sei se me viu realmente.
afinal, você, alguma vez, conseguiu me ver?
Agora você é apenas uma mancha em meu peito...



...mas eu nunca deixei de ser uma mancha na sua memória.

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Neblina.


Constantemente eu me pergunto se seria egoísta demais da minha parte.
deixar o altruísmo de lado por míseros instantes, e focar um mínimo que seja nas minhas ridículas, e certamente superestimadas, necessidades.
Verdade é, que eu não me vejo como um cara que precisa de muita coisa, possuo alguns bens valiosos, mas nenhum deles foi, ou é, algo que eu tenha tomado consciência de precisar.
Será que eu seria tão mal por querer uma companhia, ou um afago, que não fossem da já tão conhecida solidão?
Nunca vou saber dizer com certeza, mas a realidade é cruel, e eu tenho certeza de que se qualquer um perceber um deslize do cara que se sacrifica, antes de se perguntarem se qualquer coisa está acontecendo, acusações serão feitas, fatalmente.
Inevitavelmente isso me dói, me permitir pensar, ainda que por um segundo, que aqueles que me importam só dependem de mim em momentos de trágica conveniência.
Apenas a convicção de que eu estou sempre em paz, apesar da oscilação de animosidade, me impede de simplesmente ignorar tudo e todos, e seguir em frente, até conquistar as coisas que eu desejo.
Você, por exemplo, você tem um brilho particular, um encanto inexplicável, e parece simplesmente ignorar minha existência, ou ao menos não fazer questão de saber que eu estou nessa terra.
Me considero um garoto perdido, sozinho, e você é como as constelações que me guiam para um lugar seguro, um lugar melhor, mas nunca estarão me esperando no meu destino.
E como é de se esperar, eu vou fazer aquilo que realmente sei, te conquistar? Não, não faço o estilo Don Juan.
Te convencer do que é certo ou melhor pra ti? Não, não sou um guia pra sua vida.
Vou, pura e simplesmente, te manter brilhando, como tem de ser...



...Porque o seu brilho me faz sorrir, e é só disso que eu preciso hoje.

terça-feira, 20 de maio de 2014

Guarda Baixa.



Não foi complacência, foi algo mais, aquilo que nunca conseguimos definir.
enquanto as fotos em preto e branco vão surgindo, e o coração vai abrindo espaço.
o imediatismo falhou dessa vez, a persistência e um punhado de palavras certas fizeram o trabalho sujo.
e ela que já considerou-se forte, hoje se permite um mínimo do amargo que é o "gostar".
Ao que tudo indica, ela vai sorrir de novo, não é qualquer um que consegue pará-la no tempo do coração partido.
e a vida vai se encarregar de entregar aquilo que cada um merece, benefício ou prejuízo.
contudo, o que preocupa é esse sentimento que não sai do peito.
o contratempo não é se livrar disso, é saber esperar até que isso aconteça.
Se fosse tão fácil quando simplesmente acreditar no bom e velho "ele não te merece, é um tapado."
é mais complicado, sempre foi, e provavelmente sempre vai ser.
A verdade é uma só, isso vai passar, e ela vai ficar bem, independente do tempo que leve.
talvez isso ajude, eu não sei se ela sabe, mas...


...quando eu te vejo passar, algum jardim floresce num outono inteiro.

domingo, 11 de maio de 2014

Mia Culpa.



Manhã de dia das mães, ele levanta dolorido por ter trabalhado até algumas horas atrás, rasteja em direção à cozinha, e a mágica do preparo de café começa.O ritual do cigarro matinal se dá enquanto o vapor quente oriundo da bebida sombria e acolhedora sobe infinitamente, uma boa dosada na caneca temática de Star Wars enquanto procura o cinzeiro com os olhos, encontra-o e voltamos à sala.
Sim, ele dorme na sala e não, ele não é casado e nem mora em uma casa pequena.Escolheu a sala por todo um conjunto de praticidades e informalidades que a independência e o fator "estar solteiro" trazem.A televisão em um tom baixo, tocava uma música, "Rocket Man" do digníssimo Sir Elton Hercules John, e mesmo com todo o transtorno das últimas noites, e os problemas de aceitação no que diz respeito ao assunto amigos e distância, a música fazia sim uma porra de sentido abusivo.
Sim, ele se sentia um "Homem Foguete", indo em direção ao misto de cores e formas intermináveis, passando por tudo e por todos sem qualquer apego, apreço ou mesmo hesitação.Pensou no quão simples sua vida poderia ser com isso, e em seguida pensou no medo incisivo e letal que essa maneira de existir lhe proporcionava, com toda a carência afetiva da qual ele se servia no mundo, de maneira quase egoísta, fatalmente, viver assim iria tornar aquele pobre infeliz em uma bomba relógio à segundos de explodir.
No pequeno espaço entre as cortinas do "blackout" o pouco que se via da janela pra fora se fazia em chuva, alguns relâmpagos e neblina.Ele pensou nela enquanto tentava ligar para casa, e isso não tornou as coisas mais fáceis ou mesmo o dia mais curto.O sinal do celular era praticamente nulo, então ele deixou uma mensagem para a matriarca através da rede social mais popular no momento, não considerava isso uma atitude válida, mas era a única forma que tinha, e voltamos ao ócio.
Dali em diante, a sucessão de pensamentos que não teria uma conclusão.Coisas do tipo: "Que vida fodida, o que eu fiz, ou deixei de fazer para que chegasse nesse ponto?" ou mesmo "Merda de dia, merda de semana, merda de sensação de estar incomodando que me mantém afastado das pessoas." e assim por diante.Ele não sabia o porque de tanta complicação, na mente dele as coisas eram simples, com desenvolvimentos simples e conclusões simples, mas o resto da existência discordava, e muito.
Finalizando essa epopeia, cujos detalhes se limitam até os primeiros quarenta minutos pós almoço, ele se olhou no espelho, arrumou sem jeito o cabelo, pegou o casaco e partiu em direção aquele mundo bonito e singelo ao qual não pertencia, com um sorriso no rosto e rios de inutilidade para afogar os pensamentos tortuosos enquanto apenas existia.

domingo, 4 de maio de 2014

Paciência.



No ócio de domingo, fim de tarde, e eu procrastinando na frente do computador.
aquela vontade de chamá-la, e conversar, dizendo coisas que te prendam a atenção.
a janelinha fica aberta no canto da tela, me encarando: Anda! fala com ela logo!
não digito nem uma letra sequer, ela deve estar estudando, ou assistindo filme, qualquer coisa.
e também, não nos conhecemos bem, somos apenas dois estranhos que se esbarraram numa noite.
o quão longe uma conversa digital pode chegar? sem contar o fato de que eu não gosto de conversas digitais.
E ela em momento algum demonstrou qualquer interesse em ter um dialogo digitado comigo, o que não me frustra tanto, fico na esperança de que ela seja adepta da conversa à moda antiga.
por fim eu me canso de ser corroído pela vontade de falar e suas falhas sucessivas, pego minha bicicleta velha e vou rua afora, sem qualquer destino.
chegando ao centro da cidade, me deparo com uma das poucas lojas abertas, e só percebi que tinha parado,  descido da cherrie (sim, minha bicicleta tem nome) e ficado estático, olhando a vitrine, depois que a cinza do cigarro caiu no meu dedo.
Em um porta retrato, do outro lado da vitrine, um sorriso em moldura.
ela não parecia muito com você, exceto pelo sorriso, que por sua vez era você inteira.
aquele sorriso me prendeu por uns bons 30 minutos, e a chuva não me impediu nem mesmo de acender meus outros 3 cigarros.
Eu não entendi bem o que aconteceu ali, mas eu lembro de sorrir, sozinho, na chuva, e de alguma forma, aquilo me fez um bem danado.
decidi voltar pra casa, sem muita pressa, afinal, eu ainda tinha tempo pra o que quer que eu fosse fazer.
cheguei, te chamei, e falamos por algumas boas horas.

Tudo isso só pra te fazer sorrir, sem qualquer motivo, além dos meus dias de paz.

segunda-feira, 28 de abril de 2014

Três estrelas e o desejo.


As estrelas choraram ao te ver hoje.
sua simplicidade espalhou as lágrimas no céu.
e a beleza do teu sorriso deu cor a cada uma delas.
avivando um espetáculo particular único.
enquanto segurava sua mão, eu tremia.
sem saber o que dizer ou mesmo pensar.
aturdido com seus olhos, refletindo o universo.
e dando aquele toque mágico em tudo o que via.
naquele momento, eu quis que isso fosse eterno.
mas sabia que tinha apenas o tempo de chegarmos ao fim da orla.
então tornei cada passo com você uma vida inteira, passada ou futura.
e cada vida era uma sequência de felicidade e amor.
cafés e você, e o que mais pudéssemos ter.
e em cada uma delas, eu sabia de você, te interpretava até nas entrelinhas.
nós últimos passos, já não sorria tanto.
sabendo quão frágil e finito é nosso pequeno instante perfeito.
então você me atravessa o olhar, sempre sorridente, e diz...



...que os amanhãs não importam, nosso agora é mais valioso que tudo....ele é eterno.

terça-feira, 22 de abril de 2014

Brisa.


A silhueta mística, um rosto desconhecido, e os olhos de mistério.
um encanto particular, e um mundo de paixão, inexplicável.
as luzes da cidade se esforçam em vão, incapazes de alcançar o teu brilho.
e a serenidade de uma foto, que instiga lembranças que nunca existiram.
uma dádiva dos deuses, quaisquer que sejam, benevolentes.
capaz de me acalmar o coração, afastando os medos.
ela é um tudo que não se pode medir...


...um sonho distante.....minha ilusão preferida, salvação.

segunda-feira, 21 de abril de 2014

Bom te perder.



Acordei sem saber que horas acabei dormindo.
meus olhos ainda pesavam, a casa vazia.
o trem passava, exatamente no momento em que lembrei dela.
isso só serviu pra sacudir os pensamentos em um turbilhão.
vagarosamente, vou caminhando até o banheiro.
enquanto escovo os dentes, a vista ainda cansada, tento apagá-la da mente, ainda que por pouco tempo.
pouco tempo, isso foi tudo que tive nos instantes mais interessantes dos últimos dias.
enquanto preparo o café, o corpo dolorido da noite mal dormida, insisto em apagá-la.
apagá-la, apagar todas elas, é só o que venho tentando nas últimas semanas, com pouco sucesso.
acendo um cigarro em silêncio, não há alguém para conversar, raramente há.
raridade...tem sido uma constante em vários de muitos aspectos nos últimos meses.
me acomodo, sem conforto e com a mente fervilhando, e decido registrar as coisas aqui.
aqui.O único lugar em que posso ser aquilo que realmente acredito ser, ainda que apenas com palavras...



...e isso é tudo o que tenho feito, é tudo que eu queria ser... lá fora.

domingo, 20 de abril de 2014

A calada.

Foram quatro dias...quatro dias em que tudo o que eu fui capaz de fazer foi fechar os olhos.
fechar os olhos e esquecer. me ver como uma verdadeira criança que sabe dar nós na vida.
em contrapartida, é totalmente incapaz de desfaze-los.
e o cheiro dela era doce e venenoso, uma recordação de outro tempo.
não existe justiça se não existe crime, encaramos as coisas, olho por olho e dente por dente.
se é assim, então eu não sou nada além de um cego desdentado.
mesmo com a alma infante, pude sentir a perdição que era o olhar que ela dava.
o arfar no pé do ouvido, e a fumaça dos cigarros, sou só um garoto, não entendo essas coisas.



...outra vez,  o mundo é silenciado ao meu redor, e fico a ver navios.
navios distantes, estão chegando? não, droga, estão partindo.
e através da chuva eu caminho, de volta a minha reclusão confortável e psicótica.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Novos dias.



Ele acorda, abrindo os olhos lentamente, aquela preguiça habitual.
se depara com uma estrada, vazia e revirada, quase como um quarto bagunçado.
o silêncio chega, trazendo consigo a solidão, algo comum, contudo, inesperado.
uma decisão é tomada: seguir em frente, devagar, usufruindo a calmaria.
estranhamente, não há tempestade por vir, apenas a quietude, então, as vozes internas.
elas se intercalam entre sussurros e gritos estridentes, dando início as indagações.
porquê os ajuda? com que motivo, válido ou não, intervém em suas vidas?
e que direito lhe foi dado, em algum momento, existente ou não, para tal atitude?
ele, por sua vez, não responde.eles não merecem qualquer palavra, nunca mereceram.
entretanto, não pode deixar de se perguntar sobre a veracidade de tudo isso.
Afinal de contas, em seus próprios tormentos, ele se encontra sozinho.
enfrenta seus maiores medos, encara a falha direto nos olhos, treme e amargura, sempre sozinho.
sente a dor das perdas, físicas ou emocionais, e soluciona ou guarda, quando pode, sem ninguém.
assim sendo, é válido, realmente, se perguntar o porquê....


...complacência, pura e simples? talvez.
a satisfação de saber que, ao menos os demônios de quem se quer bem, ele consegue exorcizar?
é possível, ele poderia sim, se sentir menos inválido ao te-lo feito.
teria algum motivo particular, egoísta e um tanto sombrio em suas atitudes benevolentes? quem sabe.
Fato é, que ele não saberia responder, e mesmo que soubesse, talvez escolhesse por omitir.
pelo bem dos que lhe importam, que são tantos, e pelo medo de perde-los.
perde-los por perceberem que ele não é, em verdade, aquilo que seus olhos vêem.
No fim das contas, uma única coisa é imutável...





....eu caminho sozinho.

segunda-feira, 14 de abril de 2014

Pertencente.

Vou assistindo de camarote enquanto minha vida vai tomando forma e rumo.
sinto os medos nascendo e se acumulando na porta do meu futuro, sem me preocupar.
vejo as oportunidades vindo apertar minha mão, me entregar um diploma e partir.
e mesmo com tudo isso, esse tanto de coisas me ocorrendo, eu só penso em uma coisa.
só me faço uma mesma pergunta, incessantemente, chegando a ser chato.
Existe uma pessoa a quem eu possa denominar de "ela"?
um alguém específico o suficiente pra me enquadrar nos moldes da sociedade sentimental?
em verdade, revelo que não me importo muito com tais exigências do resto do mundo.
sendo bem franco, eu não "procuro" por essa idealização fantasiosa que tanto ouve-se por ai.
apenas caminho pelas ruas, dia sim, dia sempre, sem qualquer expectativa evidente.
e quem sabe eu esbarre com um sorriso que possa ser meus dias claros.
e também minhas noites tempestuosas....afinal, quem quis que acreditássemos que a vida é só risadas?
Só espero não bater de frente com um coração inocente perdido, eles são sempre lindos, contudo, brutalmente frágeis à palavras e baixos índices de ternura...


...e eu sempre tive um péssimo hábito de quebrar todos os que encontrei até hoje.

terça-feira, 8 de abril de 2014

É tudo que eu queria ser.



A verdade é que eu tenho mais medo de saber o que falar, do que não ter o que dizer.
é que eu já procurei tanto pelas palavras certas, que eu já nem sei.
ela decide sorrir, e acabo lembrando que tenho aquele negócio...dentro do peito, que bate...
...coração, é esse o nome? é, acho que é isso.
como se não bastasse, ela apela e as canções começam a surgir, tsc, que situação.
Parece que falta jeito, tanto pra ela quanto pra mim.
sobra uma timidez que, à distância, parece impossível, ou imperceptível.
mesmo com esse todo que soa dificultoso, sinto que seus mistérios vão ser eternos pra mim.
como aqueles quebra-cabeça que levam uma vida pra se completar.
ainda assim, um mar de interesse e aquele brilho nos olhos me definem, vez ou outra.
Talvez haja um dia, uma data indefinida, daqui a sabe-se lá quantas vidas, em que consigamos funcionar.
Poderia ser um tormento, essa dúvida, ou mesmo a espera.
um tanto de tempo totalmente desconhecido, até que se decifre seu olhar, que tanto me atinge.
Mas, sério mesmo, não me preocupo com isso...



...Não enquanto eu puder te ver sorrir.

quinta-feira, 27 de março de 2014

Caminhos.


A escuridão lhe causava um certo conforto que, apesar de estranho, era deveras agradável.
ele pode ver as profundezas do infinito em seus olhos, enquanto o inominável se afastava, lentamente.
a pele, pálida como jamais havia visto, provocava certa claridade na sala, enquanto eles se olhavam.
teve vontade de perguntar muitas coisas ao inominável, ele precisava de um sem número de respostas, tal qual sua vida de um destino.Ainda assim, manteve o silêncio, e se contentou em observar, somente.
O cansaço recaia sobre sua consciência, a vista pesava, batimentos reduziram e até mesmo pensar se tornou um desafio quase irritante naquele momento...é, parece que vai ser só isso.
Quando finalmente tomou coragem de dizer algo, um breve instante antes que o inominável se mesclasse a escuridão interminável das sombras, ele ousou com duas palavras: "E agora?"


"...Sonhe."


E foi o que fiz.

quarta-feira, 19 de março de 2014

Rouquidão.


Para ele, agora, ela aparentava ser um sonho distante.
seus olhos ardiam, algo como uma mágoa refletida nos dela.
suas têmporas doíam, tinha a ver com a vaga ideia de perde-la.
ainda que não fosse um objeto a ser possuído, ou mesmo sua.
uma imensidão de nada, e uma infinidade de tudo.
essas conjecturas, decididamente, a definiam em plenitude.
tal a força da expressão apaziguante, suas pernas bambearam.
a mente vacilou, por fim, o coração titubeou em arritmia intensa.
tal era a graça das feições que somente ela possuía.
outrora, ele aceitaria, de todo coração, que não era mais que uma simples ilusão.
algo nascia em seu âmago desejoso...


....e morria em meu peito, amargurado.
sei que a vi desfalecer oceano abaixo, sei que vi.
estou certo de cada vez que morri, a cada metro mais que ela afundava.
fui perdendo do toque suas madeixas da cor do mundo distante.
foi me escapando da vista tua pele delicada como os lírios do jardim eterno.
e tua íris foi se aprofundando à tal ponto que findou por se unir ao mar.
meu viver partiu contigo aquele dia.
meu querer sofreu comigo, silenciosa agonia.
dai então, eu parei.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Dia Cinza.


Ele tem estado deprimido e nem sabe porquê.
caminha pela rua enquanto as nuvens parecem segui-lo.
seu tempo é gasto, e nem se dá conta, começa a crer na insanidade.
talvez se comprar um sorriso, ou belas cores, as coisas melhorem.
vamos deixar isso pra amanhã, amanhã sempre parece um dia mais apropriado.
amanhã talvez ele consiga chegar em casa.
amanhã ele pode chegar até você.


Eu tenho estado cabisbaixo, não deprimido, e creio saber bem o porquê.
ando pela rua enquanto as pessoas aparentam fugir de mim.
quem dera ter tempo pra gastar, ou mesmo perceber, sempre fui louco demais pra isso.
meu sorriso está a venda, é singelo, mas verdadeiro, e meus dias são sempre cinza.
não existem amanhãs pra mim, existe só um momento, só o agora.
o agora é meu lar.
meu lar é você...


...vamos?

segunda-feira, 3 de março de 2014

O escritor, o sonhador e o vivente.


Ele conseguia imaginar, os dois no apartamento escuro.
somente a noite turva e chuvosa iluminando o que dava.
aquele sorriso sem jeito e ao mesmo tempo totalmente desejoso que só ela tem.
e aquele amor compartilhado de uma forma que só eles dois sabiam fazer.
os corpos em uma sintonia que não pode ser descrita, então nomeada de "frenesi sutil".
e o rádio tocando as músicas menos propícias para o momento, e terrivelmente apropriadas para os dois.
o mel contido nos olhos dela esbarram na escuridão infindável dos dele, em um breve encontro.
em seus ouvidos, um sussurro da voz doce..."despertas".
ele acorda...


...Eu...acordo.
me restam algumas linhas invisíveis nessa folha, e palavras escapam a mente.
a fumaça do cigarro parece já conhecer o trajeto até a janela entreaberta, pouco me importa.
o copo de jack já quase no fim, e a luz artificial que adentra o quarto deveria me ferir os olhos.
ao que parece, eu realmente não ligo, já não sei se sonhei, se vivi ou mesmo me iludi.
não sei nem quanto tempo passou, se é que passou algum.
a única certeza que resta é do que deve ser escrito nas linhas invisíveis remanescentes.
mesmo assim, sei apenas o que eu desejo escrever, isso não significa que eu deva, ou vá te-lo feito.
e essa dúvida vai acabar comigo, letra perdida por letra perdida.
até que nada aconteça, até que nada me sobre...


....até que nada eu me torne.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Ácida Viagem.


Assim se foi.
para, talvez, nunca mais voltar.
em abraços partidos.
e memórias bem vividas.

Nos caminhos.
e nas estradas também.
uma sensação de plenitude.
e o vazio óbvio.

Coisa alguma fica para trás.
o montante trava no tempo.
e o que é novo chega.
simplicidade e timidez.

O reencontro virá.
ventos sempre em nosso favor.
momentos inéditos para se guardar.
e lembrar dos que já vieram.

Então, ele seguirá.
determinação e bravura consigo.
aquele amanhã promissor está aqui.
vamos abrir a porta, sim?

Com esse sorriso, e sem medo do destino.

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

Poder.


Me fosse dado antes
o olhar sem julgo, nutrido de paz.
ou mesmo a plenitude permanente
serena, contudo severa.

Tal qual os medos
que não receios, ou mesmo pavores.
ilusões que, se não hoje
jamais, anteriormente, tenham sido reais.

E quem dirá, em consciência
do teu reflexo exposto no olhar espelhado na parede.
da névoa inebriante,
calamitosa, fugaz, penitente e por fim, redentora.

Sempre luzes
á iluminar, perdoar e transcender.
mentiras ou misticismos
não mais salvarão as almas perdidas em tal sinfonia.

...Ao menos pudéssemos ter sabido daquilo que não se prevê.

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Ar.


Desejo ou uma necessidade.
certeza, só dessa vez, certeza.
vontades reprimidas e mais falhas.
obstáculos e fraquezas, coisas que se quebram no caminho.

Paginas queimadas, novo dia.
arrependimentos que te tiram da cama.
e o ar pesado que o inverno traz.
cansaço, dores de cabeça, café.

O fim, até que se finde.
vivendo dias aqui, morrendo dias lá.
palavras, navalhas e piedade.
sempre estivemos cercados?

Mais difícil, ou complicado.
é ser, não temendo o julgo, ou a negação.
posse pertence aos perdidos, filhos da ilusão.
somos melhores...não, somos diferentes disso...


...vivemos de esperança...vivemos de amores...vivemos de sorrisos.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Perdão.



O mundo gira no compasso dos esquadros.
a vida torna tudo em chuva e vento.
no terminal, as pessoas riem e choram.
a despedida de um alguém inexistente.

O ponteiro do relógio atinge seu ápice.
em doze badaladas, o vento cessa.
orgulho e verdades se chocam em guarda-chuvas vermelhos.
existir parece um pouco mais difícil, mais pesado.

Um olhar compensa medos de sorrisos.
portas se abrem e se vão.
medo é uma estrada sinuosa que encontra razões.
e eu não sei mais de você, ou mesmo de mim.

Se tudo não passa de delírio.
e o fel que te levou pode ser o mesmo a te trazer.
teria eu o poder, de me mostrar e fazer perceber?
quem sabe viver seja mais simples do que compreender...




...que o motivo para o sofrimento é sempre ter de esquecer.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Marca.

Naquela mesma esquina.
onde antes houve um início.
hoje a chuva reina, soberana.
e o vazio preenche os espaços da saudade.

Da minha janela eu posso te ver.
na lembrança dolorosa do adeus.
e o sorriso refletido nas gotas.
sorriso da agonia apaziguante.

A única esquina, sempre.
em que parei meu carro só pra você.
o primeiro presente de amor.
o último presente da dor, rancor.

Esquina que hoje, avisto ao longe.
raios cruzam os céus, e gotas se chocam
contra o chão, numa sequência infindável de explosões.
eu perdi algo ali, eu te perdi, eu me perdi....







....eu me prendi.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Ordem.


Uma vontade que poderia ser representada por palavras.
mas a consciência sempre teve mais poder do que o todo,
algo com o qual já nós acostumamos.
Até mesmo esse coletivo ilusório do subconsciente,
que apesar de tudo, é conveniente,
se mostrou corriqueiro em sua plenitude.
Nunca são as mentiras, assim como nunca é algo tipo
uma única coisa ou pessoa, ou outra única pessoa ou coisa.
sempre é algo mais, intenso, preocupante, sempre algo mais.
e quem de nós, ou vocês, vai realmente entender, ou mesmo se importar?
quando isso for um problema, e quando se diz problema, é completamente fora
do pejorativo que se usa habitualmente, talvez haja um consternado, ou dois.
o que se quer dizer com tudo isso no fim?
São apenas palavras, e palavras não mudam nada....


...como nunca mudaram, e provavelmente, não mudarão.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Reflexos.

A finitude das coisas
como as mentiras do mundo.
alimentam nossas ilusões
e sustentam desejos.

Se há uma redoma
que limita nossos horizontes.
qual de nós será capaz
de chegar até o fim, ou ir além?

O reflexo do mundo
aprisiona vontades e anseios.
a curiosidade
desmantela receios e incertezas.

Fugir? não existe fuga, apenas medo... e conformismo.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Blair's 1°


A primogênita, enfim.
com todos os prantos, e calos.
em copos que se lavam.
e corpos que se contam, pra sorrir.

Filha que honra a mãe.
irmã que guia, traz auxílio.
torna legítimo o tesouro deixado.
e a benção na terra morta.

Voz melodiosa.
inebriante e caridosa.
como o dedilhar das cordas da harpa.
ou mesmo o canto dos celestiais.

Um início, três finais.
três olhares, um sorriso.
e a magia se faz, com acordes e doçura.
e o bem-querer retorna ao seu coração...


...como se a chama nunca tivesse apagado.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

14

Cá estamos, uma outra vez.
novas tentativas, velhas esperanças.
um sonho a mais, querer.
uma crença a menos, sofrer.

Em dias que começam com perdas.
o sol te prende ao longe.
não consigo te perder, ou me importar.
e isso me confunde, me ilude.

Falsas promessas, suas promessas.
coisas que poderiam ferir.
me ferir, sangrando aos poucos.
coisas que eu deixei para trás.

Eramos dois, num mundo de flores e cores.
hoje sou eu, sozinho com as cores.
amanhã serei eu, sozinho.
e por fim...

...você.