Naquela mesma esquina.
onde antes houve um início.
hoje a chuva reina, soberana.
e o vazio preenche os espaços da saudade.
Da minha janela eu posso te ver.
na lembrança dolorosa do adeus.
e o sorriso refletido nas gotas.
sorriso da agonia apaziguante.
A única esquina, sempre.
em que parei meu carro só pra você.
o primeiro presente de amor.
o último presente da dor, rancor.
Esquina que hoje, avisto ao longe.
raios cruzam os céus, e gotas se chocam
contra o chão, numa sequência infindável de explosões.
eu perdi algo ali, eu te perdi, eu me perdi....
....eu me prendi.
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