sexta-feira, 18 de julho de 2014

Dor.




Há plenitude no seu olhar, perdido e profundo.
o sol queima os cantos obscuros da alma.
e seca o sangue nas lágrimas, lentamente.
você se sente só, mais do que de costume...mais do que eu.

Seu cabelo mal cortado usufrui do resto de brisa.
os joelhos esbranquiçados rangem e estalam a cada passo dado.
as mãos, calejadas na tragédia forçam-se contra os ombros.
e na garganta, prendem as palavras que nunca vai dizer.

No oasis das lembraças ela pode descansar.
na sombra das arvores ela pode desistir, ou se deixar partir.
nas águas da fonte, pode se afogar.
e nos nossos momentos mais nossos...


...lá ela pode viver, se perder e sorrir.

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