segunda-feira, 24 de novembro de 2014

Montauk.



Essa noite eu decidi apagar você da minha existência.
tomei essa atitude sem ao menos um bom motivo.
ao mesmo tempo, tive todo e qualquer motivo.
engraçado como eu nunca vou saber explicar isso.

No meio do vazio que eu escolhi criar, ouvi um estalo.
vinha da rachadura que sempre existiu sob nós.
a verdade é que nunca ligamos muito pra ela.
e sempre soubemos que ela estava lá, naquele mesmo lago.

O que me ocorreu em seguida foi um medo.
aquele tipo de pavor que se sente uma ou outra vez.
então percebi que não desejava aquilo.
não podia apagar a única coisa que realmente existiu na minha vida.

Eu corri, desesperadamente, sem um rumo.
fui de encontro a todas as nossas lembranças, sem parar.
fugi até minhas humilhações, quando não tive mais escolhas.
e decidi ficar ao invés de partir, quando não havia mais saída.

Um dia começa, e eu acordo com teu gosto, sem saber que é teu.
sigo em direção ao cotidiano que abandonei com você, sem saber.
desisto, e vou em direção aquele mesmo lago.
naquele mesmo lugar....


....tentando recordar o que eu nunca quis esquecer.

segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Tu me tornas...


Eterna e incontrolavelmente responsável.
por isso e aquilo que cativamos.
todas as belas coisas que vem no teu sorrir.
e todas as constelações dos seus olhares.

Os outros mundos secos e incolores.
que se perdem em rios e cores da tua voz.
um espetáculo singular e inexplicável.
inebriante em cada encontro.

Nesse mês em específico.
e em tal data especial, quase que obviamente.
me ponho a matutar, por todo o dia.
procuro palavras para lhe dizer que quero que viva para sempre.

Digo que sempre pode ser muito tempo.
então que seja por todo o tempo que a vida nos permitir.
e que isso signifique bastante tempo.
tempo suficiente para que possamos compartilhar um por do sol....



...tempo suficiente para que possa te guardar em afeto pra toda vida.