quinta-feira, 25 de junho de 2009

Do Descaso em Perfeição...

Tudo é tão certo, tão prazeroso.
teus olhares nos meus, e o gosto doce que só você tem.
e no balançar de um lado à outro, se percebe.
nos perdemos nesse tempo, contemplando nossa tragédia perfeita.

Em prol do esquecimento, fatidicamente exposto.
velejamos num barco, rumando o desconhecido.
entre suspiros, sussurros e até mesmo alguns gritos despretensiosos.
sentimos borboletas voando no estomago.

Buscamos a paz, recebemos o próprio caos à porta de casa.
e todo dia é um novo dia, nova chance de se enterrar velhas palavras.
e deixar rolar as águas sobre as pedras, até que toquem nossos pés.
e sentir a brisa do vento, ao redor e em constante movimento.

O momento é agora, o tempo é todo nosso.
temos o hoje, o amanhã, o agora e o sempre, todos visados em nossa satisfação.
tormenta em totalidade, enclausurada em torno de nossas mãos, aos poucos asfixia.
já não me engalfinho em sonhos ludibriantes e inertes, pois tenho a veracidade.


Para o até breve, deixo uma canção.
pelos esforços e bravura nunca antes tão intensos, deixo-lhe um beijo.
pelo amor tingido em vermelho rosso, deixo-lhe meu amor tingido de sangue.
e pelo futuro, deixo-nos o nascer do sol do amanhã, e além.

domingo, 21 de junho de 2009

Meu Porém...

Você se aproximou, delicadamente, e com um gesto, removeu a máscara teatral que escondia a minha verdade.Meu rosto a mostra, o sorriso roubado, a tristeza eminente.
Eu estou realmente onde eu deveria estar? esse é mesmo o lugar ao qual pertenço?
Agora eu realmente não sei se sou capaz de responder a essa pergunta.
Quando os olhos estão distantes...bem distantes...aonde você foi?
onde estão os motivos de todas as coisas.
e como nos foram dadas as oportunidades?
As cortinas se fecham, o circo está indo embora.Sua flor cai ao chão uma última vez.
E tá sempre tudo certo, mesmo quanto tudo tá errado.
e tudo faz sentido, mesmo quando não buscamos um.
eu tento olhar por cima do muro pintado de cinza, pra ver se realmente...
...tudo foi embora, e eu fiquei sentado lá procurando as estrelas.
Enquanto isso, do seu lado da poltrona, você procurava pela silhueta da nossa estação.
e eu nem sabia que nós tinhamos uma estação só nossa.
o nome, ela ainda não tem, mas pode acreditar, é quando as flores choram.
não nos perguntamos o porque, apenas sorrimos ao mesmo tempo, e deixamos o tempo correr.
Derepente, tudo aconteceu como numa montanha russa, rápido, sutil e quase imperceptivel.
fomos ao mais alto, de lá conseguiamos ver todos que estavam sentados na platéia.
e ao descer nós percebemos, depois de muito tempo sem ver.
essa era a nossa vida, somente nossa e não um espetáculo de teatro.
Ao fim do dia, ou ao fim dos tempos.No final independentemente de qual seja.
Tudo o que nós possuimos, o tudo e o nada, nosso e apenas nosso.
Além de todas as expectativas, todos os olhares curiosos e o brilho dos holofotes.
Nós iremos sucumbir, ascender e viveremos acima das estrelas e das nuvems...
...para que o amor seja o mutualismo e os nossos corações.

sexta-feira, 19 de junho de 2009

Correndo Riscos...

Você já sentiu medo?
Vergonha?
ou mesmo dor??
já foi capaz de ousar mais do que se achou apto?

Já me vi assim,
ou ao menos pensei ter visto desse jeito
talvez eu tenha visto você desse jeito.
não sei mais, já não consigo mais te ver com clareza...

Se as coisas ficarem turvas de súbito?
a quem você iria recorrer?
como nós estaríamos aqui?
e depois disso? além?

Deixei você me ver.
Quis que você me conhecesse.
Fiz você querer.
ou será que iludi meu consciente?

Vi a dor, presenciei o horror.
Cai uma, duas e três vezes.
Diretamente ao chão.
Surrado, estatelado, lágrima deposta contra o peito.

Corei o rosto.
e aos punhos, cerrei.
olhei além e esperantei ao futuro.
Das nossas unicas palavras não ditas.

Verdejantes, claros.
capazes de subir essas montanhas.
e ultrapassar todos os pesadelos.
e como todas as esquisitices de nós dois, e até um pouco mais.

Para depois disso, deixo ao vento dizer e saber.
a claridade que entra pela janela
me abrindo em lentidão os olhos.
E ao te perceber ausente do meu lado, apenas me pergunto...



....aonde você foi se perder?

domingo, 14 de junho de 2009

Qualquer Lugar...

À qualquer lugar, longe de onde.
A todos os lugares, onde lugar algum está.
E a calma, e a paz tranquilizante.
Todas as formas es cores do céu.
Nós estivemos lá?
E se esitvemos, aonde foi?
Me perdi, com sinceridade.
Honestidade em palavras desmentidas.
Folhas mortas tocam o chão.
Ainda bonitas, ainda perfeitas.
tocam o chão.
ainda bonitas, ainda perfeitas, ainda pra sempre.
Você, você?, você!, você.
concentrado, compenetrado, convalecido.
Destemido, fraco, impulsivo, temeroso.
isso tudo? sou eu, apenas.
Tudo foi, tudo irá, será?
Voltas e voltas, e olhares estranhos?
inocência perdida, inebriante ilusão.
A fúria dos olhos que não clamam torpor.
Nosso silêncio diz algo?
Aos suspiros, o além.
A nossa noite, o tempo.
E a mim, o desdém.
Ficar em turva vista.
Deixar a vida seguir.
Deixar a vida falhar?
Deixar o amor morrer?

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Da falta que a falta não sente...

De onde vem a calma?
Qual a leveza da palma?
Calada da noite em raios.
Trovões em suspiros desprendidos?
Aonde a chuva vai cair?
será que a pluma está por vir?
Desaprove minhas correntes amanhã.
Coração calmo,cansado,timidez?
Nascer para brilhar?
Viver até o momento da morte,ver tudo se apagar?
Deseje coisas impossíveis e veja.
Tudo acontecer conosco?
Manter, ceder, lutar?
Sermos tudo que diziamos um dia ser?
Isso não significa nada.
Não significa mesmo?
Levantar e olhar além.
Chegar aqui, ou lá.
Deitar-se,sentar-se ou manter-se de pé?
Respirar fundo.
Na fila do pão.
Entre os próprios medos.
Incerteza, insegurança ou insatisfação?
Nenhum dos todos.
Pra nós dois,eu e você.
ninguém mais, só nós.
Hoje, amanhã e daqui pra sempre?
Sentemos e vejamos.
Por nada nem ninguém.
Além de algém o qual desdém.
Viver, morrer ou amar?
Estou aprendendo também.

domingo, 7 de junho de 2009



é simples desse jeito.
assim como ouvir o telefone tocar.
sem imaginar que é você ligando.
e ao atender, escutar sua voz.
dizendo que me ama.
é simples como olhar para o céu.
e ver nele seu rosto estampado.
e ver você no meu sonho...
acordar pensando que você foi na cozinha buscar água
e que logo volta para me abraçar.
é simples chorar de vontade.
e agora, difícil não gostar de você.
díficil alimentar um sentimento de tão longe.
difícil falar com você sem saber....
se isso vai aumentar.e aumentar.e aumentar.
é simples...dizer eu te amo.
difícil é tornar isso sincero
acredita em mim?''

O Brilho eterno...

Nunca fui um bom amante, menos ainda um grande mentiroso.
pensei saber amar, em versos e prosas, deixando ir os verbos e suspiros.
Deixei cair as contas que cercavam meu pescoço, vivi o medo e o receio.
Estive entre os bons, os maus e os feios.Quis me entreter...com terror.

Perdi, morri, amei, vivi.E aonde eu estou agora?
aonde está você?...

sábado, 6 de junho de 2009

Bom dia...


Bom dia, queridos, poucos e raros frequentadores deste blog largado ao esquecimento mortal...
aqui quem vos fala é seu anfitrião, Deus.
Peço-lhes que não se apavorem pelo título cujo qual carrego, não me tomem como a divindade suprema aclamada e reverenciada pelos crédulos religiosos...
...tomo-me como deus sim, mas não ''O'' deus dos crentes de fé, apenas um deus, em sua humilde e não muito aclamada supremacia divina dentre todos os mortais.
Venho aqui hoje, em presença vívida e carnal - para meu infortúnio- para lhes prover de fatos rotineiros do cotidiano divino no plano mórbido terrestre.
Hoje por exemplo, ao me dispor ávido e conscientemente são, pus-me a andarilhar pelos cômodos da humilde residência na qual me tenho instalado.
Depois de certo tempo vagando sem rumo por corredores, quartos e banheiros dispostos à meu ver, me fiz disposto o suficiente para me assentar à rede, convicto e paciente a contemplar o jardim que respirava diante de mim.
E as horas foram passando, vagarosas, quase que visíveis ao nú dos olhos, e nesse momento eu me deparei com os feixes de luz que faziam atravessar as folhagens das árvores que rodeavam, e senti a tranquilidade, uma qual eu nunca imaginei sentir nos meus 15.000.000.000 de anos de mera existência.
Os meus desejos vão tomando forma, vão se integrando...de forma inconstante e ferrenha...
e vou balbuciando, pasmo, aflito e de certa forma, ansioso pelo que está por vir...
quando a firmeza dos meus sonhos se completa, percebo a maldade nos olhos inexistentes que
me encaram fixamente...e vejos que tive sonhos que se materializaram....
apenas para se desfazerem na minha frente.
Deixei de ver, ou mesmo desejar, inquietude, e o amor sendo luz...daqui aonde for
meu amanha deposto contra os seus abraços, meu ar respirado ofegantemente
vossos passos nos compassos de um bater, avante sempre em norte.
Horizonte distante, escondendo o sol de todas as tardes calorosas, engalfinhadas em suspiros
melodias harmoniosoas abrindo as beirolas sufocantes do mar, deixando os cabelos molhados de lágrimas...
...e aonde os votos se perderam, descansaram, viveram um pouco mais, as pazes foram feitas com o vento, a luz deixou o tempo pairar e os olhares apaixonados espantosos se bateram...
...dando vida ao meu eu.

sexta-feira, 5 de junho de 2009

Mais um dia...

Eu a vi, por entre os campos de trigo, cabeça baixa, cabelo ao vento,um olhar perdido.
eu parei, e olhei, contemplei, e em seguida morri.

Seus cabelos negros como o universo que guarda as estrelas,seus olhos refletiam o mel das nuvens que se moviam lentamente...

Quando percebi, o tempo havia lhe dado lágrimas em troca de sua alegria...e sem poder se impor
ela apenas cedeu.

Convalecido, quase que tomado pelo ódio repentino de uma vida incerta e injusta, tomei-a pelas mãos e nos pus a correr desembestadamente...

Atravessando os campos, sem muito pensar, eu me despreveni e olhei para trás por apenas um segundo...foi quando vi...um sorriso em seu rosto.

Naquele momento, o tempo parou, o mundo podia acabar, as estrelas poderiam implodir ou mesmo se chocar umas nas outras, os homens poderiam regredir ao seu estado primitivo inicial e causar uma guerra final...
...nada disso seria capaz de me tirar o prazer daquele segundo.

Aquele sorriso, tão dócil, tão inocente, e de certa forma, tão mortal...me fez chegar a um lugar...onde eu nunca imaginei ser capaz.

E eu simplesmente a olhei.... e sorri devolta...


...que venham os próximos dias pra nós dois, perdidos para todos os outros , mas exatamente no lugar onde esperamos estar... por hora.

segunda-feira, 1 de junho de 2009

Um Novo Dia


É um novo dia, e eu me sinto bem.
estranhamente incomodado,mas bem.
vejo o sol nascer em pontos vívidos,
separados apenas por um olhar ou por sua graça.
É um novo dia, e eu me sinto perdido.
de um jeito em que me encontro,
mas continuo perdido, sem saber como.
vejo o tempo passar, e o brilho se apagar.
É um novo dia, e eu estou só.
com todas as companhias do mundo,
e ainda assim, eu estou só.
Convalecido, pendente, num limbo.
É um novo dia, e eu voltei.
para algo o qual não sei, eu voltei.
para alguém que desconheço, eu voltei.
à um ponto, um sorriso, à uma outra vida que não seja minha.
É um novo dia, e o sol se põe devagar.
nuvens se movem rápido, o sol se põe devagar.
o tempo enegrece, os raios cortam o céu
e as gotas se chocam, comigo, com o chão, com as lágrimas.
É um novo dia, que ainda não chegou.
a chuva ainda caindo, um dia que ainda não chegou.
neblina na vista do coração molhado, esperando o dia chegar.
um dia esse, que talvez seja um delírio...
...de uma mente que falha por amar.