quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Sentimentos: Do fim das coisas e ao início de algo.

Ela é doce, até mesmo diante do fim.
suas palavras são alegres e encorajam o acreditar no amanhã.
o seu olhar é singelo, independente da tristeza ou mesmo da felicidade.
seus beijos são...eu não sei explicar, é como se eles me trouxessem de volta a vida.

Uma tragada no cigarro, um ponto fixo no horizonte, um pensamento.
a chuva se aconchega no ambiente, tornando as luzes de natal um espetáculo a parte.
e junto com elas, o seu sorriso cativante, e meu rosto rubro sem saber explicar.
parece que é um belo começo, ou talvez uma doce ilusão de tentativa.

O que fazer dos dias mais longos? e das noites sem fim?
os sonhos são mais sonhos e os pesadelos moram no inconsciente.
e nossas músicas, aquelas que nunca tivemos, já não tocam mais.
o que me resta é ouvir os trovões e procurar as estrelas para me confortar.

Enquanto minha parte da viagem vai chegando ao fim.
a boca seca e tremula, lágrimas presas nos olhos, soluço preso na garganta.
vejo o sinal vermelho mudar, permitindo que continuemos.
posso estar louco, mas juro que escutei você dizer "Eu Te Amo"...



...E quando me beijou, te garanto, meu coração parou pelos últimos instantes daquele dia.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Palavras: Sobre o Veneno da Honestidade.

Diferente do habitual, o que será escrito não é poesia.
é apenas sinceridade em palavras, em prol do discernimento.
o que escreve, necessitando ser lido e não apreciado, ou entendido.
imagine que eu quero apenas que você me escute, como se eu precisasse disso.

Vejo os homens, e a necessidade de se impor, vez e outra.
mais do que isso, a necessidade de ser necessário, em alto e bom tom.
reparo nas boas intenções, sempre mal executadas.
e o pecado da inocência, pela falta de saber, pelo querer em demasia.

E cada sentimento, ação ou circunstância.
cada qual que se possa representar ou fazer entender em palavras.
é marcado com as mesmas em uma parte do corpo.
não para se lembrar, e sim para saber, que se viveu aquilo.

Percebo que o medo e a angústia já chegaram aos meus aposentos.
tendo em vista meu erro anterior, e a persistência no mesmo uma outra vez.
confesso que falava a meu respeito nas estrofes acima, para sorte de alguns poucos.
e me falta uma coragem de assumir muitas coisas, por medo do fim, independente de qual.

Talvez um desabafo agora já não adiante de muita coisa.
comumente o tempo não fica a meu favor, e essa não será uma exceção.
todavia, não sou dos que se deixam levar pelos desalentos do viver.
Lutarei como antes, decerto até mais do que isso....

...como se é de esperar do meu jovial, ingênuo e indubitavelmente esperançoso coração.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Le Restes

Foi o que restou do teu sorriso na parede pintada de sensatez.
uma mancha enrustida na crosta mal exposta da tua indignação.
lucidez enganosa do pensamento unilateral que seu medo trazia.
as conjecturas mais incríveis em prol de sabe-se lá o que.

O olhar engenhoso que só você sabe fazer, é a treva que ronda meu mundo.
e a brisa do teu sussurro me inebria de tal forma, que já não sei explicar.
me perco, perdi, ganhei, não sei, sorri, sonhei, e você apenas observou.
e toda a fumaça dos cigarros no caminho, se interpondo entre o agora e o porém.

Procurando respostas que eu sempre soube, dentro de razões e ações que já existiam.
você pega minha mão, e caímos dessa vez, ascendendo no final de um dia.
somos dois desejos, duas vontades, duas vozes, meu coração

...e estou trilhando um caminho para chegar ao seu.