terça-feira, 21 de junho de 2011

Scratches

Se as estrelas da noite.
escondidas no luar da complacência.
fossem capazes de te tocar.
você permitiria ao seu coração, expor-se uma última vez?

Se o tempo do mundo fosse seu.
e na ausência de seu senso.
estivéssemos esvaídos e exaustos.
o sonho, faria alguma diferença?

Constantemente somos delatados, pensando.
no acumulo das cicatrizes do tempo, e sua validade.
quando toda a esperança foge.
e o abandono te abraça com tristeza.

Se o sol, que aquece aos desafortunados.
presenteasse o seu coração com carinho.
deixando para trás as marcas do caminho solitário.
seria você capaz, de se deixar caminhar na neve fofa?

E eu estou tão contente por você ser minha.
a luz que reluz o ouro da minha desgraça.
e isso desacelera e desestrutura as construções do tempo.
e reflete na tragédia de últimos romances, que é a nossa vida.

aonde os caminhos terminaram, e os desejos se perderam...
...e você sabe que eu tentei, eu tentei...


...eu tentei, eu perdi.

Once upon again...


E cá estou, novamente.
dispondo de minha solidão, embriaguez e silêncio.
afastando, decerto e adiante,
os males que me são propostos.

Encorajado pela sensatez que me falta.
cortejado pela lucidez que me falha.
e onde eu estive com você? e onde você esteve comigo?
aonde você está, agora?

Deposta e desiludida...a ponte segue.
até um ponto morto no ar, aonde o espaço se desfaz.
acalantando o tempo, me aconchego nas beiradas.
ouvindo os pássaros cantarolando polidez.


Inebriante é a sensação que me consome.
quando observo os arredores,
e me recordo de seus aromas e toques,
tão leves e suaves quanto a alma pode ser capaz de sentir...

...e me deixo levar por esse sentimento que me afoga em um oceano de incertezas.