quinta-feira, 26 de novembro de 2009

Frühling in Paris

A outros sonhos, vos recordaste.
despeito em meio ao caos e as alegrias.
por onde os olhos cegos e tristes costumavam observar.
ela se dipunha a caminhar, sem a mesma pretensão do viver.

Eu a vi, e as lágrimas, e o beijo, agridoce e venenoso.
as árvores cantarolavam à ela, e o lago refletia meu sorriso.
o vento ondulava seus cabelos, e seu caminhar me perdia.
seus dedos se entrelaçavam nos campos verdejantes, que se estendiam até o horizonte...

Os relampagos de chuva se anunciavam.
as nuvens corriam, pelo céu cortejado de sol.
seu andar se acelerou, a respiração pôs-se a ofegar.
nossos olhos se desencontraram, e tudo ficou triste.

Como num passe de mágica, ela atravessou a floresta.
e eu a persegui, e corri como jamais imaginei ser capaz.
e por fim, ao final da relva e dos troncos que transpassam o céu...
...o campo aberto nos esperava, convidativo.

No exato momento em que a chuva caiu, ela esboçou um sorriso.
e, sem reação alguma, tudo que fui capaz de tentar, foi esboçar devolta o seu sorriso...
...uma última vez, até que o próximo dia chegasse.
...uma última vez,antes da primavera em paris.



quinta-feira, 19 de novembro de 2009

A novembro, meu perdão

Novembro, estação...a calada da misteriosa e épica.
o fruto dos furos algozes nos galhos...
a evidência dos olhos inchados de lágrimas regozijadas em relento.
uma ou duas das muitas esperanças que grandes vezes morrem...

aonde tudo acontece, ou nada deixaria de acontecer.
e posteriormente, se olhou aos ventos que sopravam contra a maré...
sem minúcias ou mesmo regalias, como medos e anseios... a brisa encontra a fé...
ponho a remar nosso barco com pouca força nos braços, em direção a você.

E os seu sorriso ofusca a própria luz do sol, e eu contemplo sem reação.
desejo que o seu bem seja sempre presente, que você possa sempre ser você.
e o meu amor...o viver do meu ser como um todo...seu será, agora e além...
que nós possamos ver além das estrelas que vivem no mar, entre o céu e a areia.

As portas se fecham, se fecham lenta e dolorosamente.
uma luz fraca, aos poucos se apaga, deixando apenas os sonhos brilharem.
seguro sua mão...e te prometo uma historia feliz e sem fim.
te beijo a mão, os lábios, o coração...contrapartida à esta, te dou a mão, os lábios, meu coração...

...para que leve contigo até o deserto perdido que é o amor...

sábado, 7 de novembro de 2009

Immortal Legends - Prelude of an Era

O fim irá chegar, para todos nós, todos vocês.
alguns riem, outros apenas verbalizam sua insatisfação.
mas não vai adiantar, nada poderia salva-los.
nem mesmo nós, não podemos alterar o destino do resto do mundo.

Vamos correr, assistir, rir e alguns de nós até mesmo chorar.
mas nossa interferência nesses fatos é impossível.
apenas observaremos, enquanto tudo é engolido pelo vazio.
e ao raiar do último dia, vocês irão se perguntar: Porque?

Poderiamos lhes dar todas as respostas.
mas aí, que graça tudo isso teria?
sim, somos sádicos, sim somos monstros...
...e, sim. Não nos importamos nem um pouco com vocês.

Iremos contemplar a queda de uma raça.
o desaparecimento de nações inteiras, em apenas segundos.
o sangue vai correr por cima da pele, e se misturar com as lágrimas.
e os gritos agudos e graves, se entrelaçar em uma sinfonia eterna de dor.

E enquanto a natureza corrompe e dilacera, você grita.
o ódio invade seu coração e sua mente se perde em angústia e sofrimento.
e enquanto você irrompe as barreiras mortais da raiva e da tristeza...
...nós te encaramos com um riso no rosto.

As horas finais brevemente vão chegar, enquanto as coisas vão se distorcendo.
a terra e os mares tomam as formas do terror...
...enquanto o fogo e o ar se tornam o pesadelo mais horrendo.
e nesse momento, paramos e contemplamos por alguns segundos.

Depois de todo o alvoroço, o fim se dá por inteiro.
as coisas vão sumindo pouco a pouco, ainda se ouve um grito ou dois.
o tempo vai se espaçando, e disforme, se esconde detrás das estrelas.
Já podemos ir, já podemos ir....para casa.