quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Seu.

Essa noite eu falei dormindo.
e tudo o que fui capaz de dizer, ou mesmo tentar.
foi sobre a fuga,  nossa escapatória, e os muitos amanhãs.
penso ter vivido um delírio ao invés de um sonho.

Ao acordar, pela janela eu pude ver.
os pássaros voando, indo em direção ao lugar de paz.
e suas mãos se afastavam do meu rosto.
e você foi se apagando de mim, como a neblina apaga o futuro.

Me visto para o fim.
levo apenas nosso instante, eterno em sua curta duração.
caminho em plenitude até o tilintar de taças se tornar audível.
te encontro aqui mesmo, ou em qualquer noite de paris.

Até hoje não entendi, ainda que já tenha sido explicado.
você deixou as malas prontas, na porta de casa.
correu como jamais pensou ser capaz em toda vida.
me abraçou, olhou nos meus olhos, e sorriu....


....me deu a mão, e partimos .

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Pejorativo, proeminente, pacífico.

Sendo assim, sou sincero, como não poderia deixar de ocorrer.
ouço apenas aquilo que convém, contrapartida aos dizeres condizentes.
será que foram as verdades que lhe foram negadas?
ou as mentiras nas quais você insistiu em acreditar por todo esse tempo?

Questões e questões, simples indagações as quais hão de perdurar nos dias por vir.
em consequências distintas, seus olhos encontram os meus, por pequenos instantes.
decidindo se é cedo, ou  demasiado tardio, prosseguimos em segundos e minutos.
cenas que talvez não sejam capazes de montar um filme de lágrimas e risadas.

As cicatrizes de um outro dia qualquer se escondem do sol forte.
e o seu aroma se torna inebriante, a medida que se aproxima de meu rosto.
assim que suas palavras me alcançam, eu já não vejo nada além da silhueta.
a sombra que reverbera os mais inacreditáveis efeitos nos vales do sonhar.

Em um passe de mágica fajuta e desprovida de sensatez, fica fácil notar.
palavras ainda são palavras, e seu peso sempre desmedido nos mantém distantes do real.
vivemos para acreditar, acreditamos para crescer, crescemos para viver, e ai então o que?
não sei se posso te dizer, talvez a minha resposta seja diferente da sua, apesar dos sinais.

E hoje eu passei por todos os semáforos vermelhos da cidade.
o relógio na central badalava no momento da meia noite, uma vez e outra.
parei no pier, e enquanto olhava as luzes no horizonte se apagando, eu liguei para você.
só pra ouvir o som da tua voz uma vez agora, e te lembrar...


...que para nós dois, ainda que chova, basta viver.


quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Sentimentos: Do fim das coisas e ao início de algo.

Ela é doce, até mesmo diante do fim.
suas palavras são alegres e encorajam o acreditar no amanhã.
o seu olhar é singelo, independente da tristeza ou mesmo da felicidade.
seus beijos são...eu não sei explicar, é como se eles me trouxessem de volta a vida.

Uma tragada no cigarro, um ponto fixo no horizonte, um pensamento.
a chuva se aconchega no ambiente, tornando as luzes de natal um espetáculo a parte.
e junto com elas, o seu sorriso cativante, e meu rosto rubro sem saber explicar.
parece que é um belo começo, ou talvez uma doce ilusão de tentativa.

O que fazer dos dias mais longos? e das noites sem fim?
os sonhos são mais sonhos e os pesadelos moram no inconsciente.
e nossas músicas, aquelas que nunca tivemos, já não tocam mais.
o que me resta é ouvir os trovões e procurar as estrelas para me confortar.

Enquanto minha parte da viagem vai chegando ao fim.
a boca seca e tremula, lágrimas presas nos olhos, soluço preso na garganta.
vejo o sinal vermelho mudar, permitindo que continuemos.
posso estar louco, mas juro que escutei você dizer "Eu Te Amo"...



...E quando me beijou, te garanto, meu coração parou pelos últimos instantes daquele dia.

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Palavras: Sobre o Veneno da Honestidade.

Diferente do habitual, o que será escrito não é poesia.
é apenas sinceridade em palavras, em prol do discernimento.
o que escreve, necessitando ser lido e não apreciado, ou entendido.
imagine que eu quero apenas que você me escute, como se eu precisasse disso.

Vejo os homens, e a necessidade de se impor, vez e outra.
mais do que isso, a necessidade de ser necessário, em alto e bom tom.
reparo nas boas intenções, sempre mal executadas.
e o pecado da inocência, pela falta de saber, pelo querer em demasia.

E cada sentimento, ação ou circunstância.
cada qual que se possa representar ou fazer entender em palavras.
é marcado com as mesmas em uma parte do corpo.
não para se lembrar, e sim para saber, que se viveu aquilo.

Percebo que o medo e a angústia já chegaram aos meus aposentos.
tendo em vista meu erro anterior, e a persistência no mesmo uma outra vez.
confesso que falava a meu respeito nas estrofes acima, para sorte de alguns poucos.
e me falta uma coragem de assumir muitas coisas, por medo do fim, independente de qual.

Talvez um desabafo agora já não adiante de muita coisa.
comumente o tempo não fica a meu favor, e essa não será uma exceção.
todavia, não sou dos que se deixam levar pelos desalentos do viver.
Lutarei como antes, decerto até mais do que isso....

...como se é de esperar do meu jovial, ingênuo e indubitavelmente esperançoso coração.

quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Le Restes

Foi o que restou do teu sorriso na parede pintada de sensatez.
uma mancha enrustida na crosta mal exposta da tua indignação.
lucidez enganosa do pensamento unilateral que seu medo trazia.
as conjecturas mais incríveis em prol de sabe-se lá o que.

O olhar engenhoso que só você sabe fazer, é a treva que ronda meu mundo.
e a brisa do teu sussurro me inebria de tal forma, que já não sei explicar.
me perco, perdi, ganhei, não sei, sorri, sonhei, e você apenas observou.
e toda a fumaça dos cigarros no caminho, se interpondo entre o agora e o porém.

Procurando respostas que eu sempre soube, dentro de razões e ações que já existiam.
você pega minha mão, e caímos dessa vez, ascendendo no final de um dia.
somos dois desejos, duas vontades, duas vozes, meu coração

...e estou trilhando um caminho para chegar ao seu. 

domingo, 28 de outubro de 2012

Pecados Inocentes.

Eu caminhei, convicto.
titubeei em um dado momento.
trepidei em pensamentos profanos à sua existência.
e perdi a fé, no que quer que fosse.

Observei a torre.
lá estava você, em toda sua simplicidade.
e eu ousei duvidar de mim mesmo.
quis partir sem ao menos tentar.

Apenas neguei.
por todo esse tempo, e antes também.
que a verdade, incondicional, era apenas uma.
no fim, eu estava sendo salvo por seu olhar.

Em minha inocência, me vi herói.
e pequei, não por falhar.
somente a crença me condena, em sua totalidade.
e isso, mais do que suficiente para  tombar o orgulho.

Hoje eu busco sua voz.
uma forma que seja de ir ao seu encontro.
sem esperança de que qualquer bravura me torne digno.
procuro minha salvação em seus lábios.


...onde o seu doce veneno  será a incerteza dos dias por vir.


quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Sorrisos, Presentes e Promessas.

Foda-se, isso é uma revolta.
quando o seu coração te condena, você mesura a justiça ausente?
se o seu  pequeno deslize descompensa todos os consideráveis acertos.
quão próximo dos olhos a lágrima pode chegar?

É possível que isso seja apenas uma ilusão.
que sua presença  fascinante em minha vida seja apenas um sonho.
sonho este do qual não consigo acordar, e nem desejo.
me sinto um perdedor sempre que seu sorriso se vai.

Junto a ele estão minha força de vontade, e minha felicidade.
sempre fui um maldito perdedor, apesar de nunca realmente ter ligado.
mas eu te quero tanto, e tão bem.
não posso deixar de tentar alem das minhas forças, te fazer feliz,

tenho um medo de te perder para qualquer imbecilidade.
originada partindo de uma ação minha, ou algo que eu possa dizer.
me esforço para conhecer e não falhar.
quero poder ser aquele para quem você realmente vai dizer "sim".

...sempre fui um maldito perdedor.

domingo, 9 de setembro de 2012

Ode Eterna

Você veio ao meu encontro.
e parece que tudo que faço agora, é por você.
e que esse tudo, ainda é muito pouco, perto do que espero poder fazer.
você me deu uma razão para prosseguir.

As pessoas falam sobre o cara.
aquele que espera pela menina.
não sabem que falam de nós.
não sabem nem mesmo o que falam.

Tudo se transforma, tudo é paz.
você por perto, sorrisos ao vento, é coisa tua.
e seu olhar como sempre, me levando mais longe.
até que eu saiba que é o limite, e seja surpreendido mais uma vez.

E hoje talvez vá chover, mas sei que vou te encontrar.
um dia longo demais longe de você, uma noite muito curta ao seu lado.
mas ser feliz contigo não depende do tempo, não agora.
apenas poder te ter por perto já torna tudo perfeito.

e talvez você não saiba, mas eu realmente te amo.

quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Erste

Hoje é o primeiro dia, de uma sequência inexplicavelmente importante, em que o tempo segue mais devagar e ocioso do que o de costume.É o momento inicial e de suma significância para ambos, dado o fato que é o início de algo.

As mãos estão distantes e os dedos não estão enlaçados.A estrada parece mais longa e o caminho se mostra sutil e engenhoso, provido de obstáculos que deveriam nos fazer ceder diante das dificuldades.

Mas há algo que talvez não tenha sido exposto ao grandioso criador da tal estrada distante, algo que será, em algum momento futuro, mais importante do que o caminho em si.

A razão.Se você for displicente ao ponto de não tentar desvendar qual é a razão, então já pode se sentar ao lado do benfeitor que me dispôs este belíssimo caminho de areia e grama.

Os desejos adolescentes afloram e regressam em momento e momento, quando se é recordado das marcas no tronco da velha árvore...teu nome está lá, e o meu também.

E pode, realmente, ser que tudo isso não passe de um sonho bobo... mas é um sonho com você, um sonho do qual não quero acordar.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Sobrevôo.

Existem mistérios escondidos na névoa que encobre essa cidade.
seus olhos reluzem o brilho artificial dos holofotes que iluminam os céus.
os carros se movimentam por entre as ruas, desertas  e ainda assim, vivas.
me indago por um instante se isso realmente, ainda é um jogo?

Os dias correm, como se as horas não fizessem diferença.
as pessoas se movem por entre as vielas e vitrines, apenas vivendo.
corpos inteiros de almas vazias, uma casca   cuja serventia é ...
...meramente  ilustrativa, se é que se pode considerar.

Até que, em meio ao cinza borrado dos arranha-céus cheios de nada.
no vasto mar que é a multidão de ovelhas perdidas, sempre em direção ao incerto.
havia você, e suas cores, sua luz. seu olhar.
tudo mágico demais, fantástico demais, impossível demais.

Foi quando veio a chuva, torrencial, incessante, única.
as cascas vazias continuavam a se mover, sem mesmo notar as lágrimas do céu.
mas você não, você correu, pulou, se divertiu em meio ao caos silencioso da cidade.
e por fim, você sorriu, e tudo ganhou uma nova perspectiva, tudo passou a ter vida...


...e  foi pelo seu sorriso, que eu decidi viver...e sorrir também.

domingo, 29 de julho de 2012

Ajuste de cordas

Você é como uma mentira.
que vai descolorindo o sorriso que um dia foi meu.
e cai sobre o olhar sincero que me restou.
tal qual o véu da noite que nos encobre .

Sua voz é doce como sonhar.
com palavras que formam mentiras que destroem  o que encontram.
e deixam seu caminho trilhado, com tristeza e tragédia.
para que você sempre saiba voltar para casa.

O teu olhar é gentil, protetor.
destrói o medo de todo o resto, e deixa apenas o medo de você.
da sua desfeita, do descaso e abandono.
fazendo de suas mãos o palco no qual dançamos feito fantoches.

O toque de seus dedos é aconchegante e suave.
leva  minha vontade ao chão, uma vez mais, e outra, talvez.
e torna sua vontade em regras e dizeres.
as farsas bem moldadas que me iludem com a sua palavra "Amor".

E as piores coisas da vida, são gratuitas para nós.
e vamos enlouquecer por apenas um pouco de algo que desconhecemos.
e nessa noite fria, não sairemos de casa, assim como os anjos.
vamos nos esconder no nosso infinito particular, e viver de sonhos e ilusões...



...você é uma mentira na qual eu escolhi acreditar.

quinta-feira, 19 de julho de 2012

(Des)conjunto.

Solidão é uma estrada sem fim.
escura, deserta, e  mais longa do que os olhos enxergam.
é  como uma droga que você compra, ou vende, ou usa.
algo que de qualquer forma, estará sempre ligado a você.

Um sentir, uma forma que existe ao seu redor.
capaz de gerar uma raiva, e nutrir uma incompreensão tamanha,
que você, em algum momento, se pergunta quando isso começou.
e o seu medo, acaba sendo não saber quando, ou mesmo se, isso terá fim.  

Em um determinado ponto, seus olhos se fecham.
sua mente escolhe ignorar a realidade, e aceitar só o que convém.
seu mundo magico e fantástico abre as portas e é  para la que se tem de fugir.
mas, algo começa a te assombrar, incessantemente...


...e tudo que deixei para trás?

Exatamente ali, tudo perde o sentido, inclusive você.
o magico se torna trágico, e o feliz se torna triste.
o real se torna surreal, e o concreto, abstrato.
o certo se entorta, o verso se desdobra e você, nada mais.

Pode ser que estejam apenas jogando, sim, sim, tudo um simples jogo.
um jogo de ser, um jogo de fingir, jogo de sofrer.
qualquer coisa que faça isso parecer algo mentalmente sólido.
um jogo de você.


Uma mentira que se esconde na verdade em que seu viver deixou de acreditar...















quarta-feira, 11 de julho de 2012

Amar Figurativo.

Apenas mais um dia mágico.
em que a tal da magia, tão incrível,
consiste apenas em crer que estamos
seguros aqui, por agora.

é tudo um jogo de você.
um quebra-cabeça sem solução.
mistérios e delírios, noites sem fim.
prelúdios e noturnos e tragédias e desgraças...você

um encontro entre as sombras.
e a luz que reflete sua silhueta no asfalto molhado.
saber que é tudo um jogo, mesmo que não.
ou ter uma certeza sobre uma dúvida que talvez não tenha resposta.

mas eu corro até você.
procuro alguma solução que não há, no âmago do seu olhar.
tento entender os porquês que cercam o seu sorriso.
e me desfaço em ruas sem saídas nos meus pensamentos.

retratos que queimam com o sol.
e as tardes que já não vamos viver.
sei dizer o que me afastou da verdade.
mas ainda me pergunto...


....o que te levou com o vento para longe de nós dois?

sábado, 30 de junho de 2012

Taxa Existencial.

Sejamos francos, tão honestos quanto se possa ser.
havia, realmente, um deserto tão vasto nos separando?
um ponto, uma poça d'água sob o céu cinzento, distância.
dai então, tudo se apagou, você sumiu, silêncio.

É uma vida engraçada, essa que vivemos, não é?
uma felicidade contagiante sempre surge.
sempre por uma pessoa que surge de repente.
e que se afasta tão rápido que parece que nunca esteve ali.

Quando estamos sós, diante do destino, hora trágico, hora incerto.
por mero acaso esse vem a ser o momento em que podemos ver.
somos a razão dos nossos problemas...e não conseguimos enxergar.
decerto que o mais curioso é a ausência de solução para nós mesmos.

Vejamos se a sorte não vira a nosso favor.
tentativa e erro? não, tentativa e aprendizado.
esperança de mudar, força para acreditar, empenho e conquista.
eu não sei se você já sabe, talvez eu realmente não tenha te contado...



...mas o sol brilha mais forte quando você sorri.

segunda-feira, 18 de junho de 2012

Paladar em Technicolor.

Todos os dias, um santo para louvar.
dia mais, dia menos, uma mentira temos que driblar.
hora passa, o olho tenta fechar, algo mais a esconder.
e por quanto tempo mais isso vai se prolongar?

As cores morrem nos céus, mares e terras.
mas, na verdade, estão vivendo em você.
seus olhos, seu cabelo, seu sorriso.
e sua vida passa a ser a razão, sem um porque qualquer.

E enquanto você caminha, sem saber.
leva consigo o ar, e todo o  resto.
e eu fico aqui, te vendo partir, sem ter argumentos.
sem poder dizer, se um dia vou te ver voltar.

Como um humano, algo que falha.
carne que sangra, ossos que quebram.
alma que sofre, e vida que se esvai com o tempo.
vamos nos esforçar, vamos desejar, vamos possuir.

Pode ser que a maré nos engula.
e o céu nublado nos cubra com chuva.
pode ser até que a terra morra ao nosso redor.
mas uma de uma coisa não há duvida.

enquanto você viver as cores, e as cores viverem em você...

....você será meu salvo conduto, meu caminho seguro....e minhas esperanças.

quarta-feira, 13 de junho de 2012

The train, the rain and the road.

É, parece que vai ser isso.
mais uma caminhada por essa estrada.
tortuosa, e, fatidicamente, dividida.
outra vez, somos desafiados pelas mãos do destino.

dessa vez, eu te ponho no ônibus e volto na chuva.
não tão reconfortante quanto antes.
talvez um pouco mais solitária.
deveras singela, acompanhada do silêncio.

me pergunto o que vai ser.
como viver esses dias?
e suportar essa ausência, esse espaço vazio?
como preencher um lugar que não pode ser preenchido?

as noites sem dormir talvez se prolonguem.
posso arriscar dizer que o medo irá prevalecer.
mas espero que apenas por alguns instantes.
pois a noite é densa...e longa.

não te dou um adeus, não nascemos para isso.
apenas um até breve, e um beijo na testa, sorte.
desenlaço os dedos, uma última vez.
antes que a distância seja o nosso tempo...

...e até aquele dia, minha doce irmã, eu vou crescer por nós.

segunda-feira, 4 de junho de 2012

Os grandes dias que ia conhecer.

Talvez tenha sido um acaso.
um vermelho forte, fosco, denso.
perdi de vista da vida o traço.
te vi na rua e logo o corpo tenso.

Apenas um alguém a mais.
um olhar, um sorrir, um querer.
vontade cresce, desejo nasce, razão se desfaz.
palavras e versos, algo qualquer, o meu querer você.

A insanidade que brandimos.
rasgado está o manto que escondia nossos segredos.
estamos correndo, fugindo, nos esgueirando.
vou proteger, vou lutar por isso, até que salvos estaremos.

E tudo que eu sempre sonhei.
não passa de uma realidade deturpada, talvez?
você pode parar de fazer algo que não sabe.
e procurar as respostas comigo, sim?

Somos com um, o mistério e a verdade.
algo que crescer toma de você.
compreensão de um sentimento livre, como a própria liberdade.
consequência do teu sorriso, é o meu "eu" feliz.

Agora me diz qualquer coisa, me mostra você.
sente o coração pulsar, e o corpo chorar.
deixa que a alegria transborda e vamos comer chocolates na chuva.
deixa que o velho se recicle, o novo se preserve e o que está por vir...


....Ah, o que está por vir encaramos juntos, se você quiser.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

O Vale do Horizonte sem Fim

Me encontre aonde o sol se esconde.
por entre as árvores que nos protegem.
os mistérios e loucuras vão nos perseguir.
e um muro chamado honra vai nos separar.

Honestidade nos entrega.
Consideração vai nos trair.
e tudo o que irá restar depois do "até logo".
é uma vontade mal contida de fazer aquilo que não se deve.

Mas o ponto que define onde tudo para.
é  somente uma reticência que esclarece.
o amanhã e suas oportunidades, infinitas.
talvez, a esperança seja tudo de que precisamos.

Uma luz vai adentrar a janela do quarto.
e com ela, os sussurros de uma manhã gloriosa.
um sorriso, um afago, um beijo, amor.
dormir com você e saber que é maravilhoso.


....acordar ao seu lado, e saber que é pra sempre.

domingo, 20 de maio de 2012

Kezia's Hope

É só uma questão de tempo.
até que estejamos em tempo.
e que o próprio tempo.
já não possa ser salvo.

Os olhos vão estreitando.
como as ruas que nos guiam.
e levam até os lugares desconhecidos.
e todo esse mistério fascina, e corrompe.

E enquanto o mundo não para com os ciclos.
talvez os ciclos já tenham parado com o mundo.
e tudo o que poderíamos fazer hoje.
se torna uma incessante dúvida em nossas manhãs seguintes.

A esperança que te traz qualquer paz.
é uma ilusão de coerência e honestidade.
que mascara a discrepância da qual necessita.
e se torna uma luz que vai te cegar até o fim.


Isso é tudo o que somos capazes.
o mais longe que eu posso chegar é aqui.
por fim, verdade seja dita para nós.
eu dependo totalmente de você...

...sua voz me guia em meio a escuridão.

terça-feira, 8 de maio de 2012

Vitórias e Ilusões

Meu mundo salvo por você, até que se possa ter fé.
essa é a história que deve ser contada, para os filhos dos filhos.
essas deveriam ser as nossas vitórias, citadas em canções.
acreditar que nós deveríamos ter sido recompensados pelo esforço quase que sobrenatural.

Uma ideia que vai nos sustentar até o fim do inverno.
somente um grito desesperado por qualquer coisa em que se apoiar.
os olhares misteriosos daqueles que nunca, em toda a vida, irão nos entender.
e tudo que eu consigo te dizer é: "Corra, e não pare nunca."

E como os nossos sonhos despedaçados outrora.
a nossa força de vontade e determinação nos confortam.
enquanto as outras palavras invadem o salão em uma  única voz alarmante.
gritando a mensagem de que nossas ilusões não nos deixaram.

Por fim,  o que nos sobra é a morada.
fortaleza que preserva nossos desejos, e nosso altruísmo.
algo que vai permitir sempre que você acredite naquilo que estiver convicto em ti.
uma fuga, única, branda, ligeira e solene, que vai te fazer perceber o fato...

...que a verdade talvez, seja uma mentira bem contada.

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Mr. Brightside

Se fosse apenas mais um dos seus mistérios.
talvez jogasse na cara do cara, 
que fica sem cara pra forçar a barrar e tentar expor.
quem sabe, talvez se impor, afinal, é só amor, certo?

No olho da cara, perdido na praia.
mudando de ares, sempre sem direção.
seguindo sozinho, sem você, a mercê do olho do furacão.
eu tento voar, me arrisco no meio do céu, acima de todo o mar.

E quando se senta, no beiral do terraço.
te procuro em mim, mas nunca te acho, fico sem saber.
e ai me cercam os porquês, os talvez e os poréns.
faço um afago, roubo um carinho, perco um abraço, e mais uma vez, não é você aqui.

Quando sua noite chegar, ai sim poderemos saber.
o que deve ser feito, como iremos viver.
e o seu sorrir vai ser minha salvaguarda, aquilo que terei por último.
seu beijo será a perdição, a apelação, talvez em prol da minha condição.


...e o meu olhar será o nosso adeus, as palavras mascaradas em compaixão.


quarta-feira, 18 de abril de 2012

Imbranato

Deveras, os dias passam, e me lembro como se agora fosse.
o acidente gracioso que era o teu olhar, 
e os lugares maravilhosos em que cheguei através dele.
e o tilintar das taças dos vinhos caros e sussurros que nos acompanhavam.

E o quão profunda foi minha voz, na sua consciência?
um saber arredondado que talvez estivesse melhor pela metade.
metade então, que possivelmente seria completa por você.
apenas um jogo de palavras, e o mistério envolto em seus passos no salão.

A falta de saber que nos levou aquele encontro.
e a falta de querer que nos levou aquele quarto.
e o desejo mal contido de conter o desejo que nos levou aquela cama.
eramos apenas dois amantes em paris, ou assim sonhamos.

Sou um bobo atrapalhado, ou assim tento me colocar.
mas um carinho traz a tona uma palavra: Fofo.
e a doçura dos lábios que jogam paixão no ar.
as janelas se fecham, as portas se trancam, o corpo queima.

Mais uma noite, os carros vão passar, novamente.
e agora, os olhos não vêem, os lábios não sentem.
tudo o que faz é olhar para o rio refletindo as luzes, incessantemente.
Talvez eu tenha me perdido em você, talvez você tenha me perdido em você...


...talvez seja apenas cedo demais.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Perfumes, Perséfones e desejos escondidos.

Aquela sensação engraçada que você tem.
de como se estivesse em casa, apenas quando está com ela.
é um saber sem notar, perceber que as coisas estão mais vivas.
um estalo de dedos, e tudo voltar ao normal, monotonia e paz.

Uma voz, vivaz e solene, intervindo pela sua força.
o último brilho que há, dentro da sua mísera existência.
aquilo que, provavelmente, deveria te fazer falhar.
é, agora, única e exclusivamente, aquilo que te salva.

É o seu ultimato, sua pequena parcela de culpa.
uma dor excruciante, inexplicável, o fim.
subir todas as escadas, chegar no topo,
ai olhar para trás e apenas se arrepender de cada passo.

Ela deveria ser seu desejo, sua maior ansiedade.
novamente, sua mente se desentende do seu coração.
ela se torna apenas uma voz fora do alcance dos olhos.
e tudo que se pode ser preservado, é uma lágrima.


Agora fuja, mas não se desespere.
deixe que o ar lhe falte, suma de você.
seu peito vai encher de amor, transbordar de querer.
e assim, sozinho, você vai se esvair, pouco a pouco...



...até que ela se dê conta que você, um dia, existiu.

sábado, 7 de abril de 2012

Colors of the Heart

Se as cores do meu coração sumirem.
vou te mostrar  os ossos e a carne.
que mantém meus olhos presos a luz brilhante da tua imagem, e eu vou brigar por ti.
e não vou perder a esperança, quem sabe a verdade então acabe vindo nos libertar.

Eu  assisti sua sombra, sumir diante do fim.
corri por todos os caminhos, que a vida pode me dar.
senti no meu coração o céu se abrir, procurei por uma ultima vez.
uma razão para não desistirmos, eu e você.

Quando você disser que vai voltar.
por esse caminho de trevas.
trilharei junto a você, sem medo ou receio.
estaremos enfim, unidos por aquilo que nos salvará, e ai então a escuridão, dará lugar a luz infinita.

Mais uma vez vou gritar pra você.
não deixe seu sonho se esvair.
procure dentro de si, a força  para não desistir assim.
e o vento vai levar embora tudo que te fere, e eu vou querer o teu olhar, eternamente a me guiar.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Sinais de Fogo

Sempre que eu te vejo, me pergunto se vale a pena, manter a chama.
e quando você me vê, eu só tento saber....você realmente vê?
 as articulações e estruturas do tempo, seus alicerces, eles nos escapam às mãos.
talvez tudo o que possamos fazer seja esperar, ou talvez acreditar, com toda força.

Eu te procuro nos becos e vielas mais obscuros em mim.
nem mesmo o seu olhar me entrega qualquer resquício ou pista.
nada que eu possa ter como desculpa para chegar até seu doce sorriso.
e por um instante, apenas o sorrir foi o suficiente para me apaziguar dos medos.

Contudo, o vento rodeou sobre nossos sonhos inebriados.
o cerco estava feito, e a armadilha do coração, pronta.
me lembro de correr como nunca, gritar com raiva e força, chorar de tristeza.
e uma vez mais, aquela cena que na minha mente é como uma foto, imutável, irreversível.

Você me dava as costas, dizia um "adeus", quase sem voz, e partia.
meu coração questionava minha mente, que, por sua vez, questionava a própria sanidade.
antes de acreditar em você, eu tinha que acreditar nas suas palavras ríspidas.
tinha que acreditar que era verdade, que era mesmo o adeus.

Hoje é apenas mais um dia, como qualquer outro.
um dia como qualquer outro, nos últimos dez anos.
somente mais algumas horas, mais algumas semanas, e alguém bate à minha porta.
em suas mãos, a chave, a mesma de dez anos atrás, na minha porta, nas suas mãos...


...me pergunto se o que te segura é o medo do que irá encontrar....ou do que não irá.

segunda-feira, 26 de março de 2012

Postcard

Olá, minha querida.
sim, eu estou escrevendo para você, apesar da minha timidez.
mas não me entenda mal, não espero que você leia isso.
na verdade, é uma situação medíocre, de tão cômica.
estou aqui, diante da aurora boreal, uma das coisas mais fantásticas do mundo.
e, contudo, a única coisa que consigo fazer é escrever essa carta.
e pensar, o quanto seria melhor, se você estivesse aqui comigo.
e está uma bela noite, apesar de tudo, bem bonita.
por alguns instantes, lembrei do seu jeito meigo de sorrir, quando fica sem jeito.
e de como seu olhar consegue ser intenso, mesmo por detrás do óculos.
RÁ....seu óculos, é tão...você, não sei explicar, mas é totalmente você.
assim como seu jeitos de mexer os dedinhos enquanto olha para baixo, quando não sabe o que dizer.
e cá estou, me torturando com esses pensamentos de ti, longe e perto, fracos e intensos.
acho que eu sou o único cara no planeta que escreve uma carta pra uma garota, dentro de uma van.
mas tudo bem, acho que eu escreveria para você, independente de onde fosse.
acho que o importante é você, ser pra você, por você.
já não sei mais o que dizer, acho que vou acender um cigarro e contemplar essa vista.

...mas cara, essa aurora boreal é bonita....queria te ter aqui perto.

quinta-feira, 22 de março de 2012

Sublime onde o silêncio está.

Ela se move, se desenvolve, te envolve, prende.
caminha, saltita, cantarola e por fim se põe na ponta dos pés.
e sobre o muro,  ela caminha, levando consigo sua atenção, mais do que toda.
talvez o velho destino seja bondoso com você, mas....hoje não.

E no decorrer da tarde, no sofá, ela encanta.
deita e rola, pinta e borda, sorri e desmancha sua força de vontade.
você luta contra isso, se esforça., se empenha, até conseguir acreditar que não é.
mas é engraçado quando percebe, que ela se vai, e a saudade nasce no teu peito.

A tua falta de jeito é tamanha, que ela só se diverte contigo.
apesar disso, não consegue entender o porque disso, não faz sentido pra você.
por fim , suas motivações são apenas a felicidade que a põe na ponta dos pés.
ou qualquer outra coisa que encha sua alma de conforto, e seu coração de paz.

Os compassos que embalam essa canção,  soam mais claros.
sua fraqueza se expõe, e tudo que pode fazer, é tentar se tornar mais forte, melhor.
mas ela te olha, te afaga e, com todo carinho, te tem com amor, do jeito que é.
a vida, enfim,  parece estar caminhado ao seu lado, e não na direção oposta.

Deixar o tempo virar, a chuva chegar,  o quebrado se consertar.
com alguma pouca esperança, e um punhado de sorte, um abraço e um local apropriado.
o esforço pode não ser necessário, pode ser melhor apenas deixar levar o que tem de se lavar.
sua alma pode ficar mais clara, seu coração pode ser um com o dela, mas é preciso querer...

...e seu limite sempre vai ser a força de vontade do teu querer.

quinta-feira, 1 de março de 2012

Reflexo

É, parece que nossos dias de sorrisos e fagulhas, estão se esvaindo janela afora.
acho que os cigarros e cafés irão deixar de estar lá, nas próximas noites.
e o que virá depois disso? o silêncio embaraçoso e alguma esperança.
enfim, as palavras começam a fugir de mim.

Eu não me lembro bem quando foi a última vez.
acho que na verdade nunca houve uma última vez, 
decerto não houve um último romance, não para mim.
mas sei que vou me sentar naquela cadeira, e aguardar olhando para janela.

Vamos crescer, envelhecer, e meu perdão não chegará.
creio ter jogado meu maior tesouro no abismo, caindo em seguida.
agora essa solidão e esse sentimento de culpa me afagam.
e eu apenas posso querer te ter de volta.

Se você puder, talvez um querer momentâneo que possa me salvar.
ou qualquer desculpa pra simplesmente não mudar.
infelizmente, vejo que não vou ser capaz de tal feito.
e quanto a nós? eu vou ficar feliz se ainda houver um "nós" quando nascer o dia...


...você era minha esperança, e no fim, se foi.

quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Verdades...

Pensei em você hoje, e em tudo o que eu cogito te dizer, tentando te trazer pra perto de mim.
minha mente passa por um turbilhão de informações, e eu fico até um pouco perdido.
vejo as possibilidades, o tanto que poderia dar certo, e ser simples, e o outro tanto, errado e complexo.
mas acima de tudo, penso na coragem que foge de mim quando você tá por perto.
quanta vergonha uma pessoa pode sentir por estar próxima a outra? é, provavelmente o dobro disso.
talvez seja um pouco mais engraçado do que parece, eu não me vejo, mas sei que faço caras e bocas.
só porque eu perco o jeito completamente quando você decide sorrir do nada, sem motivo.
e quando você está longe, eu vou ao seu encontro, qualquer que seja o lugar, ou a distância.
envelheço olhando para fora da janela desse trem, te esperando chegar, te querendo pra ficar, aqui, já.
os mistérios mantém o empenho em mim, e eu quero te conhecer mais, saber mais de você.
aprender a te fazer sorrir, e te abraçar sem medo de nada, te tomar os medos e te levar no colo.
mas na verdade, é tudo uma história feliz, que só é feliz na minha mente, porque dependo mais de você.
mais do que você poderia depender de mim, ou mais do que eu gostaria, pelo menos por agora.
na verdade, o que eu quis te dizer desde que  te conheci é que...


...Nesse corredor, nossas mãos se encontram, e temos a tarde inteira para sorrir por nada. 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Você sabe o meu nome...

Você deixou sua estrela brilhar solitária no meu céu.
e a centelha que iluminava meu olhar e estiava meus medos,
foi se apagando enquanto um novo dia surgia.
meu pesar foi ter te procurado em mim.

Sabe, pensei algumas coisas...
como eu realmente cheguei a tais conclusões,
isso sempre vai ser um mistério, até para mim.
talvez seja algo que em algum momento, possamos conversar.

Em um olhar, a pureza se esconde.
e as folhas de cerejeira cobrem os pés.
e o tempo para, e assim ele poderia ficar, até as reticências do horizonte.
mas nós temos que galgar isso, sonhos não caem nas nossas mãos.

Confuso quando se tenta entender o que acontece.
penso que pode ser isso que tem de ser.
normalmente, estou equivocado, mais do que gostaria.
mas dessa  vez eu espero que seja diferente, que você seja.

Pode ser uma faísca apenas, uma fagulha, quase imperceptível.
um prelúdio dos epílogos, uma prévia dos finais.
uma coisa qualquer que valha essa ansiedade, esse temor.
uma batida a mais do meu coração que te falha.

Bem, acho que vou parar por aqui.
acho que já corri demais contra meus próprios desejos.
certamente devo adentrar a noite, mais longa que meus passos.
e, com alguma sorte e doses cômicas de paciência, eu possa ter o seu brilho por perto.


...e que os nossos dias nunca terminem até que possamos sorrir.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Pyro

Era apenas mais uma tarde, como aquelas de verão, com uma brisa agradável, sentados na grama, tocando e cantando canções dos nossos músicos favoritos...uma cena digna de filme.Um momento, apenas por acaso, meus olhos acabaram por encontrar os seus, numa sequência sublime de fantasia e serenidade, que chegou ao seu ápice com um sorrir seu.Acho  que nos olhamos por muito tempo, e eu me perdi em você, de tal forma que esqueci das crianças, e você do bolo no forno, rimos um pouco da nossa simplicidade complicada, e fomos para casa.Eu não sei bem explicar de onde vem essa capacidade de sonhar tão alto, ou de te endeusar, sempre te tendo  nos epicentros dos meus devaneios mais profundos.Talvez seja coisa minha, talvez seja apenas você, mas, certamente é algo que nos une, em laços que talvez o próprio tempo não seja capaz de romper.Como quando o fogo fátuo traz o calor necessário, que leva à ebulição toda água no bule, nos deixando apenas o café, o cigarro e os velhos programas satirizando alguma coisa na tevê.E nesse turbilhão de criações circenses destemidas da minha mente, tudo o que espero fazer, na realidade, é poder te abraçar, com alguma sorte e um bocado de boa vontade e disposição.Durante esses instantes, nossas páginas a serem escritas queimam em algum lugar longe dos nossos quereres, e eu deixo nossa história inventada morrer...tentando criar o conto verdadeiro.

...talvez eu seja o johnny, e você seja minha june...não faz muita diferença, desde que sejamos apenas...e quanto a história inventada? deixe-a queimar...e que o fogo possa nos alimentar...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Some kind of trouble

De uma forma estranhamente engraçada, ela me lembra você.
Mais engraçado ainda, é o fato de que a conheço tão bem quanto a ti.
sei dela o tanto que sei a seu respeito, ou seja, muito pouco.
mas, ainda assim, insisto no desejo de querer saber, conhecer, desvendar.

Sei que existem mil mistérios e além, por detrás desses olhos.
e há também os longos fios vermelhos que, tão hipnotizantes, me levam além.
e completos não estariam, fosse a presença do sorriso, hora sem jeito, hora singelo.
quero apenas o entendimento de que não procuro por nada além.

Até mesmo quando falta sentido, ou falta a falta que na verdade não tem.
fico sem jeito, sem cara, rindo da minha desgraça, como se fosse muito bela.
deixo de lado parte da dignidade que já me foge a alguns momentos.
para uma tentativa a mais de sonhos, uma tentativa a mais de você.

Corro deles, corro sempre, corro incessantemente, corro sem parar.
não quero que me ligue, nem ao menos quero que lembre, na verdade não quero te ligar.
vou até sua janela, paro em frente a sua porta, bate o receio, acabo por recuar.
ainda não entendi muito bem, acho que na verdade não aceitei bem....e nem sei se vou aceitar.

A simplicidade que busquei, a simplicidade que ofereço, acho que nunca vou conquistar.
vou me sentar na varanda, assistir a chuva cair, provavelmente irei divagar.
quero um carinho, um beijo, qualquer coisa que possa mostrar.
só espero não deixar de entender, ou deixar mudar, deixar tudo correr, ou ficar do jeito que está.

...acho que eu não sei o que quero...mas eu sei que quero, e isso deveria bastar.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Atordoante olhar...

Vou levar o seu olhar comigo.
esconder minhas verdades.
a entropia que distorce o que é, o que deveria ser.
se é que há um ser, ou um que possua o dever de tal.

Deixar seus pés guiarem.
por entre os caminhos, até o infinito.
caminhos que já não sei quais.
um infinito que talvez, deveras particular.

Sentir o ar que nos cerca.
puro, meu e seu.
um que talvez possa nos unir.
ou mesmo nos separar, ao se dividir.

Ter tua mão na minha.
apenas nós, eu e você, sempre.
deixar o mundo ser o mundo.
e as pessoas...bem, as pessoas que se resolvam.

Só quero poder, se é que realmente posso.
um pouco de paz, e um sorriso.
viver pelas nuvens, por onde quer que seja.
que eu possa ser a sua razão...

...e que eu divida o fardo com sua felicidade.

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Starting Over...

Caminhando por ai
milhas e milhas distante.
toda vez eu começo do zero.
é, acho que estou ficando bom nisso.

Vou descalço, não me importo.
passo pelas poças d'água e pelo gramado.
eu acredito que já tenha esperado  o suficiente.
decerto não sei nem por onde eu devo recomeçar.

quando eu começo a falar?
posso te contar os nossos segredos.
segredos que ainda não descobrimos juntos.
mas  podemos, se você  quiser me acompanhar.

Podemos fugir.
você se lembra daqueles dias?
agora sei que encontrei meu lugar.
basta que você caminhe pelas poças e gramados comigo.

Sinta nosso desejo crescer.
aprenda comigo aquilo que nos une.
me liberte, uma outra vez, por você, agora.
mantenha um momento, de um outro tempo, um tempo nosso.

Eu danço sobre minha cova.
corro sobre o fogo, durmo sobre o gelo.
eu caio sobre meus joelhos, imploro sem pensar.
não quero te deixar, não quero te deixar, me deixe acertar.


....sentados em um bar, olhando para o mar, apenas te amar...não quero te deixar.

quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

Believe.

Acredite em mim, como acredito em você.
os momentos indescritíveis da sua vida.
onde crucificamos a falsidade, essa noite.
e passamos a ser apenas esperanças e sonhos.

Tempo nunca é tempo, realmente.
estamos sempre contra os segundos.
o sol persistente em nos escapar.
e nossos dedos se enlaçam para o amanhã.

seus olhos morrem um pouco.
essa saudade que ainda vai me levar.
e eu queria apenas...
...você.

Hoje a noite, somos nós.
iremos acompanhar as estrelas.
brilharemos ao lado do sol.
teremos tudo o que precisamos , e um ao outro.

deixar nossos lábios se tocarem.
e a pintura na tela ganha vida.
o céu sorri para você, uma vez apenas.
e seu sorriso me faz vivo novamente.

segunda-feira, 16 de janeiro de 2012

A Fuga

Sabe quando você percebe?
percebe suas fraquezas, suas dependências?
as coisas que te destroem sem que você possa resistir
sabe quando você pensa em fugir?

Já se imaginou ruindo?
vendo tudo ao seu redor indo para longe?
te deixando sozinha, incapaz, totalmente abalada
já se imaginou falhando?

Alguma vez tentou persistir?
lutar, até mesmo pelos que não o fazem por ti?
perseverar naquilo que não se sabe ser o certo
alguma vez tentou atravessar essa barreira?

seria melhor dar as costas?
correr em direção a qualquer lugar?
sem medo, sem receio, sem olhar para trás
seria melhor te deixar aqui?

Não sei de nada disso
fico por você, luto por nós
e quanto a fuga?
da fuga eu nada sei, pois fugir é coisa dos outros.


...sei apenas de nós, e nós seguimos em frente.

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Cintilar Noturno

Pelas razões que não poderiam deixar de ser.
o cadeado se manteve em você.
e corri, um tanto que jamais me imaginei capaz.
apenas tentando encontrar a chave em mim.

Enquanto os momentos vão passando.
os olhos de um anjo caído, olhos de uma tragédia.
se encontram em um instante único.
em que eu continuo esperando por você, sem saber...

Nós jogamos com o óbvio.
permitimos que nos fosse tirado aquilo que prezamos.
lutamos, como loucos, eu te digo, por algo...
e no fim, simplesmente não chegamos a vitória alguma.

Tudo que eu queria era te pedir perdão.
por algo que talvez não tenha minha culpa.
e saber que seu olhar esconde a sinceridade...
...que em tempos pensei ter perdido de você.

Vou deixar  o tempo desaguar na areia que cobre seus pés.
e guardar a chave entre minhas mãos.
quem sabe um dia não conseguimos destrancar nossos sentimentos?
eu:? não me preocupo mais em saber...


....quero apenas olhar  teu olhar, e poder sorrir sem pensar.