domingo, 20 de abril de 2014

A calada.

Foram quatro dias...quatro dias em que tudo o que eu fui capaz de fazer foi fechar os olhos.
fechar os olhos e esquecer. me ver como uma verdadeira criança que sabe dar nós na vida.
em contrapartida, é totalmente incapaz de desfaze-los.
e o cheiro dela era doce e venenoso, uma recordação de outro tempo.
não existe justiça se não existe crime, encaramos as coisas, olho por olho e dente por dente.
se é assim, então eu não sou nada além de um cego desdentado.
mesmo com a alma infante, pude sentir a perdição que era o olhar que ela dava.
o arfar no pé do ouvido, e a fumaça dos cigarros, sou só um garoto, não entendo essas coisas.



...outra vez,  o mundo é silenciado ao meu redor, e fico a ver navios.
navios distantes, estão chegando? não, droga, estão partindo.
e através da chuva eu caminho, de volta a minha reclusão confortável e psicótica.

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