quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

Verdades...

Pensei em você hoje, e em tudo o que eu cogito te dizer, tentando te trazer pra perto de mim.
minha mente passa por um turbilhão de informações, e eu fico até um pouco perdido.
vejo as possibilidades, o tanto que poderia dar certo, e ser simples, e o outro tanto, errado e complexo.
mas acima de tudo, penso na coragem que foge de mim quando você tá por perto.
quanta vergonha uma pessoa pode sentir por estar próxima a outra? é, provavelmente o dobro disso.
talvez seja um pouco mais engraçado do que parece, eu não me vejo, mas sei que faço caras e bocas.
só porque eu perco o jeito completamente quando você decide sorrir do nada, sem motivo.
e quando você está longe, eu vou ao seu encontro, qualquer que seja o lugar, ou a distância.
envelheço olhando para fora da janela desse trem, te esperando chegar, te querendo pra ficar, aqui, já.
os mistérios mantém o empenho em mim, e eu quero te conhecer mais, saber mais de você.
aprender a te fazer sorrir, e te abraçar sem medo de nada, te tomar os medos e te levar no colo.
mas na verdade, é tudo uma história feliz, que só é feliz na minha mente, porque dependo mais de você.
mais do que você poderia depender de mim, ou mais do que eu gostaria, pelo menos por agora.
na verdade, o que eu quis te dizer desde que  te conheci é que...


...Nesse corredor, nossas mãos se encontram, e temos a tarde inteira para sorrir por nada. 

domingo, 19 de fevereiro de 2012

Você sabe o meu nome...

Você deixou sua estrela brilhar solitária no meu céu.
e a centelha que iluminava meu olhar e estiava meus medos,
foi se apagando enquanto um novo dia surgia.
meu pesar foi ter te procurado em mim.

Sabe, pensei algumas coisas...
como eu realmente cheguei a tais conclusões,
isso sempre vai ser um mistério, até para mim.
talvez seja algo que em algum momento, possamos conversar.

Em um olhar, a pureza se esconde.
e as folhas de cerejeira cobrem os pés.
e o tempo para, e assim ele poderia ficar, até as reticências do horizonte.
mas nós temos que galgar isso, sonhos não caem nas nossas mãos.

Confuso quando se tenta entender o que acontece.
penso que pode ser isso que tem de ser.
normalmente, estou equivocado, mais do que gostaria.
mas dessa  vez eu espero que seja diferente, que você seja.

Pode ser uma faísca apenas, uma fagulha, quase imperceptível.
um prelúdio dos epílogos, uma prévia dos finais.
uma coisa qualquer que valha essa ansiedade, esse temor.
uma batida a mais do meu coração que te falha.

Bem, acho que vou parar por aqui.
acho que já corri demais contra meus próprios desejos.
certamente devo adentrar a noite, mais longa que meus passos.
e, com alguma sorte e doses cômicas de paciência, eu possa ter o seu brilho por perto.


...e que os nossos dias nunca terminem até que possamos sorrir.

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Pyro

Era apenas mais uma tarde, como aquelas de verão, com uma brisa agradável, sentados na grama, tocando e cantando canções dos nossos músicos favoritos...uma cena digna de filme.Um momento, apenas por acaso, meus olhos acabaram por encontrar os seus, numa sequência sublime de fantasia e serenidade, que chegou ao seu ápice com um sorrir seu.Acho  que nos olhamos por muito tempo, e eu me perdi em você, de tal forma que esqueci das crianças, e você do bolo no forno, rimos um pouco da nossa simplicidade complicada, e fomos para casa.Eu não sei bem explicar de onde vem essa capacidade de sonhar tão alto, ou de te endeusar, sempre te tendo  nos epicentros dos meus devaneios mais profundos.Talvez seja coisa minha, talvez seja apenas você, mas, certamente é algo que nos une, em laços que talvez o próprio tempo não seja capaz de romper.Como quando o fogo fátuo traz o calor necessário, que leva à ebulição toda água no bule, nos deixando apenas o café, o cigarro e os velhos programas satirizando alguma coisa na tevê.E nesse turbilhão de criações circenses destemidas da minha mente, tudo o que espero fazer, na realidade, é poder te abraçar, com alguma sorte e um bocado de boa vontade e disposição.Durante esses instantes, nossas páginas a serem escritas queimam em algum lugar longe dos nossos quereres, e eu deixo nossa história inventada morrer...tentando criar o conto verdadeiro.

...talvez eu seja o johnny, e você seja minha june...não faz muita diferença, desde que sejamos apenas...e quanto a história inventada? deixe-a queimar...e que o fogo possa nos alimentar...

quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

Some kind of trouble

De uma forma estranhamente engraçada, ela me lembra você.
Mais engraçado ainda, é o fato de que a conheço tão bem quanto a ti.
sei dela o tanto que sei a seu respeito, ou seja, muito pouco.
mas, ainda assim, insisto no desejo de querer saber, conhecer, desvendar.

Sei que existem mil mistérios e além, por detrás desses olhos.
e há também os longos fios vermelhos que, tão hipnotizantes, me levam além.
e completos não estariam, fosse a presença do sorriso, hora sem jeito, hora singelo.
quero apenas o entendimento de que não procuro por nada além.

Até mesmo quando falta sentido, ou falta a falta que na verdade não tem.
fico sem jeito, sem cara, rindo da minha desgraça, como se fosse muito bela.
deixo de lado parte da dignidade que já me foge a alguns momentos.
para uma tentativa a mais de sonhos, uma tentativa a mais de você.

Corro deles, corro sempre, corro incessantemente, corro sem parar.
não quero que me ligue, nem ao menos quero que lembre, na verdade não quero te ligar.
vou até sua janela, paro em frente a sua porta, bate o receio, acabo por recuar.
ainda não entendi muito bem, acho que na verdade não aceitei bem....e nem sei se vou aceitar.

A simplicidade que busquei, a simplicidade que ofereço, acho que nunca vou conquistar.
vou me sentar na varanda, assistir a chuva cair, provavelmente irei divagar.
quero um carinho, um beijo, qualquer coisa que possa mostrar.
só espero não deixar de entender, ou deixar mudar, deixar tudo correr, ou ficar do jeito que está.

...acho que eu não sei o que quero...mas eu sei que quero, e isso deveria bastar.