O calor insano da mente com epifanias constantes somado com a morbidez gélida do ócio momentâneo.
segunda-feira, 18 de agosto de 2014
Outono.
Quando nos conhecemos, o dia estava claro.
as folhas nasciam nos ramos.
e a pureza daquele momento perdurou.
fomos poucos, mas os melhores, sempre.
Quando nos encontramos, nuvens percorriam o céu.
suas sombras se mesclavam com as das árvores.
e a felicidade daquele momento viveu eternamente.
eramos as risadas e abraços verdadeiros.
Quando nos reencontramos, o dia estava cinza.
as folhas, envelhecidas, ainda se mantinham nos ramos.
o medo daquele momento existiu por um segundo sem fim.
fomos muito mais do que jamais imaginamos, unidos.
Em nosso último encontro, lágrimas vestiam o céu.
o ramos expostos em suas vergonhas, sem folhas.
a tristeza daquele momento vai nos acompanhar até o fim.
ainda que muitos, o desamparo nos abraçou, individualmente.
Em nosso próximo encontro, será um dia qualquer.
e não vamos nos preocupar com os ramos.
teremos momentos singelos, momentos felizes, eternos.
quantos de nós? eu não sei, quantos sorrisos formos capazes de juntar, eu acho...
...é assim que vai ser agora, eu te cuido, tu me cuidas e esperamos o último dia chegar.
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