segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

Blair's 3°


O maior dos três mistérios.
a juventude inexplicável.
um alvoroço partido do sorriso.
e magnetismo no olhar, que petrifica.

Ela cresce, aprende.
uma filha da poderosa mãe, de fato.
em dados momentos, até ensina.
e te acompanha, a favor do vento.


Há mágica no seu toque.
abrigo em teu abraço.
esperança nas palavras.
e um desejo inexplicável de levá-la à qualquer lugar.


A jovialidade das 3.
a última filha, protegida.
o ciclo que se encerra com a lua.
e como tem de ser...



...me encontre com o olhar, e tudo vai ficar bem.

domingo, 8 de dezembro de 2013

Canto Selvagem.


Somos os olhos da fúria.
o semblante do terror.
sorriso sádico que instiga o medo.
enquanto sangue escorre no rosto.

Nos temer é justo.
nos subestimar é, no mínimo, tolice.
estar conosco, desejo de vitória.
contra nós, abraçar a morte.

A glória é nossa obrigação.
o lar dos campeões, um direito.
cair em batalha, uma honra.
Sobreviver, um sinal do destino.

Diante do fim, resistiremos.
não há regozijo na fuga.
que os deuses venham, e lutem.
estaremos com eles, e Valhalla nos receberá.


...Nunca houve um fim....apenas recomeços.

terça-feira, 26 de novembro de 2013

Blair's 2°

Você esconde suas chamas na escuridão profunda.
resguarda suas naturezas, e expõe ao mundo somente mistérios.
muitos tentam entender, outros, decifrar, um único, observa.
dos teus trejeitos, pouco se sabe. tua presença, desejada e rara.
os versos correm, entre as linhas que te circundam nos dias chuvosos.
o único pensa que tu busca salvação na solidão, mas não sabe ao certo.
tem vontade de te acalantar e escutar o que o coração pequenino teme.
afastar os medos e anseios, e te tornar a liberdade que tanto quer.
não se sabe muito a teu respeito, apenas que és o encanto dos olhos.
e um doce da voz, que suaviza o peso das consciências que cercam....e os bolinhos de chocolate,
nunca se esquecendo dos bolinhos de chocolate.


Se você fosse uma ilusão, único viveria um sonho sem fim.

Shame, fame, blame.


Teu olhar traça desespero.
em meio a face do tempo infindável.
contempla o inevitável.
desvia incessantemente do perdão.

Nas profundezas da tua íris.
sem amor, sem trégua, sem medo.
o clamor das nuvens no céu.
límpido e pálido diante dos medos que te tomam.

Confiante ante a partida.
o sorriso morto sobre a mesa posta.
manchas de términos por vir.
e a surpresa do efeito...


...o encontro das nossas almas.

domingo, 24 de novembro de 2013

Darkest days


Quase um ano e meio.
distância, sofrimento, tristeza.
todo esse tempo longe.
e todo esse medo.

Medo de todas as mudanças.
tanto em mim quanto em você.
medo da verdade.
não saber lidar com o que é real.

Tanto tempo.
segundos e minutos.
horas e dias, meses e ano.
e todo o amor que sempre vai haver.

Se me perguntarem o porque.
porque isso, porque agora.
não vou saber responder.
mas a verdade é que não preciso...responder.

Somos nós dois contra o resto do mundo.
o Chamarelli e a Sanches.
os bruxões, a dupla dinâmica.
eu e você, e quem estiver conosco....

Pode parecer meio doido.
normal, sou eu, sempre vai parecer.
mas a verdade é que...
...eu tenho sofrido tanto...

...que tive que te guardar aqui, pelo menos pra passar uns dias lembrando...e sorrindo.


terça-feira, 19 de novembro de 2013

D. King's Head

Vivo ou morto.
respirando pelos anos.
vendo o passar de todas as coisas.
não me alimente com mentiras.


Caminhamos muito.
dançando através do fogo.
caindo como a chuva torrencial.
você me prometeu que o fim seria claro.

Apunhalado por sua frieza.
nunca me permitindo, sequer uma vez.
perceber que era mesmo invisível.
dinheiro não compra perdão.

Abra a porta e vá.
não me permita saber de tal fato.
abandone a escuridão em minha companhia.
desaparecer até que não reste nada de mim.

O som dos passos, inesquecível.
a fuga, inevitável.
a separação, imprescindível.
o medo, inenarrável...


...a canção, indescritível.

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

A Way Of Life.



O farfalhar das folhas era pacífico.
ventos suaves inebriavam os sentidos.
nossa percepção de tempo.
nossas esperanças, e um viver, todas as coisas.

No lugar de onde venho, há um provérbio.
"Respirar é viver."
Poucos compreenderam essas palavras.
e esse tanto que conseguiu, tornou-se capaz.

De que? você me pergunta.
capazes de observar, e caminhar sem medo.
capazes de amparar quando necessário.
perdoar a toda falha, ainda que não haja perdão.

Pessoas costumam falar.
que tudo é difícil...a vida é difícil.
mas...viver é, pura e simplesmente.
respirar, constante e incessantemente.

Sendo assim, não pode ser tão complicado.
é uma singela questão de acreditar.
Abstrair os temores e dissabores.
e sorrir...


...o por-do-sol  irá nos guiar, se você quiser vir.

quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Bravura.

Seria uma singela mensagem.
a bravura do olhar, resplandecente.
em meio a multidão em cinza.
tudo o que se tem, é tempo, eu creio.

Se eu decidir que é verdade.
você partiria, se tivesse meia chance?
acordar na cama, e perceber.
não acreditar, até que me fosse realmente...

seu nome, no meu telefone.
listas e mais listas, intermináveis.
ainda não mudei esses pormenores.
a tristeza me travou.

impossível não lembrar.
todos os deslizes que você deixou passar.
como que alguém que sabia, sem saber.
nossa verdade sempre foi um sonho bom.

Agora é recostar sobre a grama.
confiar, e deixar ser...
fechar os olhos, te ver e sorrir.
e acreditar que teu sorriso é meu também.


Nunca foi bravura, apenas medo...ou amor.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Ostracismo e a Glória



Vi o sol queimar o último fio de esperança.
e  o inverno congelar os resquícios de fé.
restando apenas as marcas violentas.
do vermelho das madeixas tuas.

Por motivo que não se sabe.
as marcas foram seguidas, com ou sem pegadas.
qualquer que fosse o rastro, nessa direção.
a última....única esperança.

Você fugiu, ou apenas decidiu seguir.
levou a folia, e as graças e sorrisos.
abandonou o meu pesar em custódia.
acreditei ter  feito algum mal na tua vida, algum dia.

Entre luzes de postes que se prostram a iluminar as sombras.
nas esquinas que encontram com as noites de neve.
qualquer caso ou acaso que pudesse vir a ser.
me trouxe de encontro aos olhos azuis e castanhos.

Aí veio o término, que não era um fim.
apenas reticências para uma outra página, outro dia.
conseguimos viver, logo após sobreviver as turbulências e ao medo.
não se fala mais nada, apenas se diz, sem mesmo trocar olhares...



...se conhecer é uma ciência, se entender é uma arte, ser....ser é algo que só nós sabemos fazer.

sábado, 19 de outubro de 2013

Saber.

É exatamente o que fazemos, com uma frequência até saudável e digna de inveja.
nós nos seguramos, uns aos outros, ou ao que estiver mais próximo e que passe segurança.
lembrei disso no teu jeito meio sem jeito de falar coisas que não cabiam no momento.
mesmo assim, tu disse, e eu ouvi, e quando pensei em dizer, já tinha acabado por acabar.

Nessas loucuras que persistem mais do que eu ou você, em ir e vir o tempo todo.
se perder ao te perder ou te perder por me encontrar, algo bem parecido, ou nada igual.
tudo uma simplicíssima questão de ponto de vista, no final... ou não, vai entender.
ontem choveu, e eu tive de tirar todas as roupas do varal sozinho, só pra você saber.

Quem diz que nós não damos certo, não conhece mesmo as peças que tem.
nessas idas e vindas com tempo ou acaso, te completo nos detalhes e você, os meus percalços.
quando te falta, te completo, e se me faltar, tu me agrega, sem deixar ou mesmo levar.
somos assim complicados, simples, sempre dispostos, e com aquela preguiça gostosa.

Hoje é inverno, vamos as compras, é um dia do próximo mês do ano seguinte.
mil conversas, mil dilemas, todas as divergências, dois sorrisos, um motivo.
vou parar o carro, abrir a mala, e vamos entrar em casa, afinal, é o inverno.
e agora, só vai nos restar, pura e simplesmente, ser felizes...


...e guardar as compras, é claro!

domingo, 6 de outubro de 2013

Grama.



O paraíso é
uma cidade fantasma.
que traz consigo
solidão e vazio desmedidos.

Me lembro que
você havia dito.
um belo lugar para
se sentar ao longe e observar.

Tudo errado
tudo mentira, suas mentiras.
eu parei e observei
e não vi nada bonito, de verdade.

Pode perguntar ao botas
o meu gatinho laranja.
ele esteve lá
e também não viu nada.

Vamos ficar aqui
sentados na grama.
ela é fofinha
bem verde e confortável.

Isso apenas para
tentar te mostrar.
que apesar de tudo
eu estive aqui, esperando você

segunda-feira, 30 de setembro de 2013

A luz, as flores e o sol.

E lá estava você.
lembrando de coisas que ferem.
das conversas e das noites.
dos cafés e cigarros que eram nossos.

Apenas nossos, como eu e teu sorriso.
perdida, continuou a divagar.
por entre sonhos.
sonhos que criamos juntos, em um dia qualquer.

No agora, distância, crua.
as milhas sem fim que persistem em separar.
sua voz do meu sorriso, e nosso cantar.
o sal das lágrimas que pintam meu rosto.

Sem voltas para casa.
ou quem sabe as saídas noturnas.
tudo que fazemos agora, ou ao menos tentamos.
é tornar esse amor proporcional ao abismo que nos separa.


...e eu nunca vou aprender a viver sem você.

quinta-feira, 26 de setembro de 2013

Portas e Janelas de uma festa singular.

Olhares transversais.
abrimos as portas, faz frio lá fora.
um vazio que não se entende.
aquele dia em que questionamos sobre o tal amor.

Você fecha a janela.
as cortinas, ainda coradas.
noticias sempre dirão que não.
qualquer coisa, feridas abertas.

Tempo bom, ruim.
tempo que não para, não mesmo.
linhas a mais ou palavras a menos.
a pele, porcelana, vivaz.

O arfar do cansaço.
mesma indagação, o velho porque.
resposta, apenas um talvez.
"Talvez não possamos mais parar de correr....




...ou viver."

terça-feira, 10 de setembro de 2013

Recortes em preto e branco.

Ela se perde, entre linhas e sonhos.
passos e receio, no compasso de uma razão.
olhos no relógio enquanto o tempo não ousa parar.
por fim, a sensação de solidão, inexplicável e pura.

Emoções simuladas a compõem.
como uma canção, ou mesmo a realidade.
se indaga sobre o que é, ou como é.
apenas sabe que é, e isso lhe basta, por agora.

As luzes se projetam através da janela.
e no quarto, ela contempla o som do silêncio, seu.
lábios secos, pele macia, ó céus, quem diria...
delírios de um momento completo, sob os lençóis.

Por entre as cores desvanecidas, te encontrarei.
nos segundos que estivermos juntos, infinito e eternidade.
deixo minha realidade, em prol de uma ilusão nossa.
quem sabe o viver não nos permita isso...


...ao menos essa vez?

quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Cadeados.

Uma ou duas, ou duas.
serena, confesso, não imaginava.
as minhas, mentiras, as suas.
se escondiam, ou a verdade escapava?

Fotos, panoramas, esperança.
uma faísca que seu coração permitiu.
o desejo que a alma não alcança.
trincheiras, canseira que te partiu.

Vento firme, voo livre.
pássaro e céu, comunhão.
em preto e branco, as cores formam um clipe.
você me pede, e não consigo dizer "não".

Os sons ecoam pelos vales.
nítidos, lúcidos, discrepantes.
um riso qualquer, apartando males.
a estática instável, nossos corpos num instante...


...em que eramos tudo, a luz e a sombra, o princípio e o fim.

quarta-feira, 7 de agosto de 2013

Contas.

Oi você, que diz ter que partir.
um sussurro em seu ouvido.
talvez você não me escute.
o tom do silêncio, o som do perdão.

Perdido ou cedido.
à culpa, quem sabe, ou mesmo a solidão.
e essas escadas não lhe servem mais.
aonde irá agora?

entre os escombros, seu sorriso.
enterre meu olhar, e vá.
corra vagarosamente, até o fim.
certa doçura, até no jeito de andar.

Memórias que ferem.
como pedras no caminho, até lá.
entre as estrelas, eu te vigio, te protejo.
de qualquer tristeza que eu possa causar.


...talvez um dia você saiba como é sentir isso.

segunda-feira, 29 de julho de 2013

Silhouette.

Aproveitando seu gosto caro.
levando as cicatrizes no rosto.
aonde a vista alcança, é para lá que eles vão.
os pássaros silenciosos.

Passamos a noite em claro.
pensando nos porquês.
observando cada estrela, e todas as constelações.
e no final, o céu não tinha respostas.

As mãos que um dia, aqui.
possuíram o fogo, e as páginas.
hoje, sem forças, ou desejos.
entregam a liberdade.

No fim correr pode ajudar.
já que voar não é possível.
ou pode ser apenas sua vontade.
te impedindo de fazer tudo aquilo que é capaz...


...um sonho perdido, sua realidade desfeita ou apenas um ponto de vista justo?

sexta-feira, 12 de julho de 2013

Condecoração Extirpada

Algo no seu olhar.
e poucos versos.
a voz vai falhar, dessa vez.
sorriso apaixonante, quase perverso.

Luz incandescente.
o olhar estonteante, só você tem.
feridas aqui e ali, feridas permanentes.
nos dias de hoje, somente desdém.

O espelho reflete os lábios.
te pego no colo, um carinho.
na cama, o beijo nos mesmos lábios.
eu e você, e um caminho.

Dê-me a tua mão.
dedos entrelaçados, o horizonte, paz.
risos, abraços, versos, paixão.
um único instante onde a felicidade desfaz...


...ou apenas uma sentença, ilusão.

segunda-feira, 1 de julho de 2013

Compiacenza di vivere in C

Algo acontece, posso prever.
sorrisos de mentiras e farsas mais reais.
olhos que escutam e ouvidos que enxergam além da carne.
uma pequena dose de surrealismo para entorpecer.

Sim, esses são os meus sentidos.
ao menos foi a ilusão que me foi vendida.
junto a ela, um outro delírio, como bonificação.
algo sobre um tal amor, coisa boa de viver.

Vivência e compreensão não estão juntas.
uma garganta seca de gritos não expostos.
tudo o que o grandioso amor pode representar, ou um pouco mais.
ouso dizer que é até uma epopeia esse dito sentimento.

A correnteza de delírio te sufoca.
a tempestade interminável do alcoolismo te persegue.
a inigualável maldição do fumo não te abandona, jamais.
e o que te sobra? nem mesmo o perdão.

Tente respirar mais esperança, com mais frequência.
se permita uma nova forma de aceitar o que estiver à frente.
direcione seu sorriso para um espelho sem o seu reflexo.
dê, passo após passo, prosseguimento na existência.

ainda que ela possa soar miserável e incrivelmente deprimente...





....sempre encontramos um motivo pra sorrir, e seguir.

sábado, 22 de junho de 2013

Penitência, origem e punição.

E assim, novamente, chegamos aqui.
sinto ser o portador das notícias singelas.
em que a tristeza vem lhe acompanhar.
para cá, ao abandono, viemos parar, infortúnio.

Como saber ao certo, te questiono.
nem mesmo a dúvida deu seu ar gracioso.
do beiral na janela posso ficar e pensar.
a catedral não parece tão distante, tal qual o fim.

Uma desculpa, sem solução, ou soluçar.
olhar que foge da real face do desejo.
descansar um cansaço incurável, perdão.
última noite, voz que grita no peito, o aperto que fere o viver.

Posso me perder aqui, não posso?
respiração torturada pelo afago ausente.
nunca houve uma ferida real, não é?
talvez, afogado em um simples copo de mentiras.

Dê adeus ao amor, se já o conheceu.
sente-se ao lado das escadas, por enquanto.
a sala está vazia, e não podemos mudar isso.
observo, com pouca fé, enquanto a noite abraça...



...Sorrir pode ser um desafio  agora.

terça-feira, 18 de junho de 2013

Jours de ténèbres


Retido, descrente, perdido.
quem sabe qual a razão que o move?
um dia pode ser um sim.
o sol não deixará de nascer.

Despido da beleza de qualquer verdade.
a máscara se esvaindo.
e por entre os dedos, pouco a pouco, você vê.
o rosto putrefato e a complacência fingida.

O objetivo é não ser alcançado.
mas é possível, apesar da sugestão real.
as raízes que te prendem ao chão, também te prendem em si.
nada pode mudar ou recriar essa condição.

Vejamos aonde tudo deságua.
e se tiver que ser amor, que seja vivo.
no caso de revolta, seja finita.
e por fim, sendo benevolência, que não seja por mim...


...aonde faltam palavras, falta sentido, falta entender, falta você.

sábado, 4 de maio de 2013

Conclusão Entrópica

Você ganhou vida.
na ponta dos meus dedos.
o tempo passou.
a embriaguez tornou-se ilusão.

As chamas ascenderam.
o sonho te prendeu.
e quanto a nossa paz?
juro que tentei.

troque sua delicadeza.
toque um coração perdido.
não me dê as costas.
estou aprendendo também.

Talvez seja tudo um jogo, mas talvez...



...talvez seja só você.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Escuridão e Paz.

Toda essa ausência, expondo o lado obscuro.
em seu sorriso distante, as minhas trevas se expandem.
a guerra que meus olhos encontram, a paz que foge.
um medo, seu medo, meu perdão.

Aparentavam ser luzes ao  fundo.
ficando mais e mais distantes da sinceridade.
e um beijo em mãos calejadas pelo horror.
essa noite você perdeu a vontade de ser algo além.

Com aquela pontada no peito, a brasa se mantém.
quem sabe um outro momento seja mais enaltecedor.
ungindo até mesmo a caneca que perpetua o prazer da cafeína.
a mesma gota de chuva desliza por um percurso já feito antes.

Vamos debulhar por toda a lesão causada pela displicência.
perjurar uma única e singela omissão em sua justaposição no dia futuro.
enclausurar tudo o mais que for capaz de ferir a tenacidade da qual pouco dispomos.
viver uma única ideia, como um ideal, apenas...esperando unicamente por...Luz.

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Odioso Prazer, Fulminante Desperdício

A terra maculada chora uma perda inexplicável.
o real passa a ser sonho, coincide com o nada.
o sonho é verdade maquiada de sangue e lágrimas forçadas.
qualquer coisa em comum é  consequente do acaso.

Nem mesmo o sol, grandioso e benevolente.
permite que nossos olhos o encontrem, se escondendo.
fugindo para longe desse  lugar abandonado por tudo.
fomos realmente deixados para trás, por quem quer que seja.

Ainda que fossem apenas algumas avarias.
 entretanto tudo se foi, o mar, natureza, a terra, a graça divina.
se é que houve, em algum momento, uma graça divina.
o que restou, enfim? somente nós, eu e você e outros mais, talvez.

Essa tristeza que se acumula, amargura que transborda.
uma solidão somada de arrependimento, beirando o inenarrável.
aqui não há espaço para sorrisos, ou risadas.
e todas as promessas foram quebradas, pela última vez.

O  que se pode ser feito? algo ainda pode ser feito?
começar do zero, com tudo o que sobrou.
um belíssimo quadro do alfa e ômega, se movendo  incessantemente.
guiado pelas cordas da existência, no teatro sádico da vida.


...Aqui ainda temos espaço para uma única coisa: Esperança.

terça-feira, 19 de março de 2013

O silêncio, a fuga e o rugido

Em algum momento, parece que me perdi.
nem mesmo os pensamentos faziam qualquer sentido.
um sorriso ou uma lágrima teriam o mesmo peso.
e talvez ambos não signifiquem nada no final.

Decidi fugir de tudo, do mundo.
e me isolar em algum lugar distante, gélido.
aonde apenas o som do vento seria capaz de incomodar.
e o maior problema é não ter problemas demais.

Quase certo de que o culpado era meu desespero.
por sua vez, me fez pensar sem mesura.
assim sendo, me levando à fuga inconsciente.
e acredito que talvez, assim tenha sido melhor.

Em meu "retiro espiritual", pude observar muito.
um dia, próximo a minha porta, um convidado inesperado.
Tigre dourado, assim nominaram a criatura que ali estava.
passei horas parado lá, apenas observando.

Após uma manhã inteira nos conhecendo em silêncio.
eis que enfim, o Tigre dourado decide partir, sem mesmo um adeus.
uma única palavra após todo esse tempo: Inacreditável.
talvez eu tenha aprendido mais com o tigre em silêncio, do que com tudo o que já escutei até hoje.

Toda a calma, paz e tranquilidade que se pode ter.
e um único rugido, capaz de fazer tremer até mesmo o mais bravo dos vivos.
ainda assim, sem perder a graça e a imponência.
tudo em um único animal, com o qual não troquei uma palavra sequer.

Quem sabe isso não possa ser um sonho real?
pode ser que isso seja a solução para todo o problema.
ainda assim, é importante que se saiba como proceder.
pois nem sempre, o saber é o mesmo que o poder.

Precisamos ouvir mais, sorrir mais....rugir mais.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Célebre Conceito Fúnebre do Raciocínio Ilustre.

Acordamos de um pesadelo.
voltamos à realidade, triste e vã.
apagam nossos sonhos com agulhas e sensatez.
desprezam nossos planos, sempre por nada.

Entregam os nossos pontos, sem consentimento.
palmos de distância do desejado.
o mundo gira incessantemente, em apenas uma fração.
somente para nos afastar mais do que é verdadeiro, ou certo.

Não precisa morrer pra ver deus.
mas se morrer, será que vai acontecer?
e se acontecer, será que vai valer?
se não acontecer, é só porque foi falta de querer...é o que vão dizer.

Agora lutaremos sem pensar.
em prol de qualquer coisa que nos faça bem.
e o resto estará sempre contra nós.
não se importar é o que faz a vida fluir as vezes.




porque remar, se a corrente pode nos levar?

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Pro(A)gressivo

A terra  caia por entre meus dedos.
o céu chorou, enquanto os sonhos morriam.
os rostos, ainda muito abalados, não souberam se expressar.
uma vez mais, tivemos que olhar enquanto parte de nós ia para longe, com o vento.

Ar saindo das narinas, o corpo ainda tremia.
parece medo, mas é somente a falta de crença, e aquela fé em demasia.
uma que nunca se teve, mas agora cresce como a vontade de dizer que é mentira.
e o lugar, aquele velho lugar, onde já estivemos uma outra vez, em nada estava mudado.

Parece inacreditável, mas sabemos que não.
honestamente, estivemos nos despedindo já tem algum tempo.
alguns dias até, talvez, não que eu estivesse contando, pra ser sincero.
queria ser mais sensato, como pensam que sou, para poder entender e aceitar, ser ingênuo.

Mas tudo bem, isso já é costume.
por esses anos de convivência, foi uma das coisas que me ensinou.
é tudo muito simples, quando se é aquilo que vai te fazer bem, e se está disposto.
só não consigo deixar de pensar que havia muito mais a ser passado, muito que eu deveria aprender.

No fim eu não te culpo, de verdade.
nem mesmo a mim, ou a qualquer outro, pessoa, coisa ou Deus que seja.
eu culpo algo, culpo o destino, culpo a ironia, culpo o que puder ser culpado, tudo.
nos culpo apenas por termos acreditado, e termos nos mantido assim até o ultimo segundo.

Quer a verdade? mesmo?
isso não é um adeus, nem mesmo uma despedida trágica.
é como uma noite qualquer, em que todos nos separamos no auge da madrugada.
e vamos para casa, descansar e aguardar a próxima noite em que estaremos juntos, vivendo...

...é só uma pequena pausa, até que estejamos todos reunidos de novo...


...ainda assim, as lágrimas secas vão ferir meu coração por algum tempo.

quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

2013

Um novo início, uma outra vez.
um piscar de olhos para cada alvorecer.
uma nova oportunidade para cada dia que surgir.
um momento novo, único, momento de decidir, de viver.

Vimos o céu em cores.
vivas, convidativas, solícitas e perfeitas.
e com elas, a esperança de sempre.
dos dias melhores, das horas mais lentas....dos sorrisos.

E mesmo com a areia gélida entre os dedos do pé.
e o cigarro pela metade preso ao canto da boca.
eu consegui cantar com você, e pude te ver sorrir.
até estourar o champanhe eu consegui, talvez por todos nós.

Parece que vai ser um bom ano.
ser feliz agora soa como uma excelente ideia.
ter preocupações é inevitável, mas não é totalmente necessário.
e estar próximo de quem se quer bem sempre vai ser muito recomendado.

Vamos viver e rir bastante.
vamos comemorar as vitórias que ainda estão por vir.
e esquecer as derrotas que não deixarão de existir.
nos permitir um pouco mais, só um pouco mais...

...e quem sabe, não dá tudo certo no final?