quinta-feira, 16 de agosto de 2012

Erste

Hoje é o primeiro dia, de uma sequência inexplicavelmente importante, em que o tempo segue mais devagar e ocioso do que o de costume.É o momento inicial e de suma significância para ambos, dado o fato que é o início de algo.

As mãos estão distantes e os dedos não estão enlaçados.A estrada parece mais longa e o caminho se mostra sutil e engenhoso, provido de obstáculos que deveriam nos fazer ceder diante das dificuldades.

Mas há algo que talvez não tenha sido exposto ao grandioso criador da tal estrada distante, algo que será, em algum momento futuro, mais importante do que o caminho em si.

A razão.Se você for displicente ao ponto de não tentar desvendar qual é a razão, então já pode se sentar ao lado do benfeitor que me dispôs este belíssimo caminho de areia e grama.

Os desejos adolescentes afloram e regressam em momento e momento, quando se é recordado das marcas no tronco da velha árvore...teu nome está lá, e o meu também.

E pode, realmente, ser que tudo isso não passe de um sonho bobo... mas é um sonho com você, um sonho do qual não quero acordar.

quinta-feira, 2 de agosto de 2012

Sobrevôo.

Existem mistérios escondidos na névoa que encobre essa cidade.
seus olhos reluzem o brilho artificial dos holofotes que iluminam os céus.
os carros se movimentam por entre as ruas, desertas  e ainda assim, vivas.
me indago por um instante se isso realmente, ainda é um jogo?

Os dias correm, como se as horas não fizessem diferença.
as pessoas se movem por entre as vielas e vitrines, apenas vivendo.
corpos inteiros de almas vazias, uma casca   cuja serventia é ...
...meramente  ilustrativa, se é que se pode considerar.

Até que, em meio ao cinza borrado dos arranha-céus cheios de nada.
no vasto mar que é a multidão de ovelhas perdidas, sempre em direção ao incerto.
havia você, e suas cores, sua luz. seu olhar.
tudo mágico demais, fantástico demais, impossível demais.

Foi quando veio a chuva, torrencial, incessante, única.
as cascas vazias continuavam a se mover, sem mesmo notar as lágrimas do céu.
mas você não, você correu, pulou, se divertiu em meio ao caos silencioso da cidade.
e por fim, você sorriu, e tudo ganhou uma nova perspectiva, tudo passou a ter vida...


...e  foi pelo seu sorriso, que eu decidi viver...e sorrir também.