segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Tales of The Amani - Flesh and Blood

Nós caminhamos...por entre essas ruas desertas.
o silêncio ecoava horrendamente por nossos ouvidos.
no fim, não estavamos realmente sozinhos.
eles estavam ali, observando.

Os carros parados na rua, as casas vazias.
o som causado pela própria respiração.
o terror vem vindo...o terror...
prepare-se para o medo.

o asfalto começa a tremer, um som surge derepente.
e vai aumentando, até que ao longe se podia ver.
a horda de criaturas, surgidas de lugar qualquer.
correndo sedentas, em nossa direção.

observamos, nos mantendo parados.
e eles se aproximavam, pouco a pouco.
e quando eles estavam à palmos de distâncias.
nós decidimos acabar com a brincadeira.

O sangue que jorrava, as risadas insanas.
os sorrisos sádicos, e os gritos de dor.
no fundo no fundo, nós nos divertiamos com aquilo.
e que tenha início a chacina.

E eis que veio a chuva, sem que percebessemos.
para lavar as ruas, limpar a sujeira que fizemos.
o sangue pútrido se mistura com a água,escorrendo aos esgotos.
nós observamos novamente, por alguns segundos.

Voltamos a seguir caminho, deixando tudo para trás.
a cidade, a calma, o ódio...os corpos.
a chuva limpou o sangue de nossas mãos, apesar de não ligarmos muito.
voltamos a caminhar, indo em direção ao desconhecido.

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

The Madness

A besta que reside em cada um.
sou um animal, sedento por brutalidade.
a loucura que faz o monstro.
e consome a tudo e todos que surgem no caminho.
Não há paz, tal coisa é no mínimo, inexistente.
há a fúria, inebriante em um êxtase momentaneo.
fugaz, inconsequente, quase que mundano.
algo que corrói as veias das mentes mais convictas.
A sua sanidade não é nada diante de mim.
eu sou as vozes que ecoam na sua cabeça.
o seu talvez, aquele que te impede, te segura.
que te enlouquece, que te mata.
sou um parasita no seu subconsciente.
sou sua sede ausente, sua fome nula.
sou a sua saúde, que se esvai pouco a pouco.
sou aquilo que você sabe o que é, mas não se atreve a dizer.
Sou a loucura, sim eu sou.
Não precisa acreditar, pode negar o quanto quiser.
Continuo sendo a loucura, hehehehehehe....
hahahahaha....HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAAAA!!!!

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Indo pra casa...

Sou apenas uma gota, diante da tormenta.
vejo o movimento incessante das chamas alheias.
os olhos perdidos em meio ao tilintar de taças.
mentes vazias procurando redenção, ou algo ao que se prender.
Fiquei diante do início do fim, e lá eu parei.
enquanto as nuvens se moviam devagar, no céu nublado.
o inverno chegou rápido, eu me afirmo.
a fumaça dos cigarros sobe por entre as gotas da chuva.
Nunca deveriamos ter ido para lá.
a ingenuidade toma conta, e o corpo estremece.
melodias vão perecendo diante dos desatentos.
e você decide se questionar sobre algo, qualquer coisa.
Aos bons amigos, fica apenas o aviso.
não há conforto na verdade, dor é tudo o que irá encontrar.
buscando seu caminho pra casa, você fecha os olhos.
e deixa a noite te guiar.
Poderia ter sido tão bom juntos.
poderia ter sido uma dança eterna.
e agora, quem vai dançar comigo...
sei que nunca vou descobrir.
deixo o sentido a cargo da determinação.
abro mão da justiça, que é vã e cega.
entro pela última porta que decido abrir.
e sigo em frente, cego pela luz que me consome conforme vou...