quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Bravura.

Seria uma singela mensagem.
a bravura do olhar, resplandecente.
em meio a multidão em cinza.
tudo o que se tem, é tempo, eu creio.

Se eu decidir que é verdade.
você partiria, se tivesse meia chance?
acordar na cama, e perceber.
não acreditar, até que me fosse realmente...

seu nome, no meu telefone.
listas e mais listas, intermináveis.
ainda não mudei esses pormenores.
a tristeza me travou.

impossível não lembrar.
todos os deslizes que você deixou passar.
como que alguém que sabia, sem saber.
nossa verdade sempre foi um sonho bom.

Agora é recostar sobre a grama.
confiar, e deixar ser...
fechar os olhos, te ver e sorrir.
e acreditar que teu sorriso é meu também.


Nunca foi bravura, apenas medo...ou amor.

quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Ostracismo e a Glória



Vi o sol queimar o último fio de esperança.
e  o inverno congelar os resquícios de fé.
restando apenas as marcas violentas.
do vermelho das madeixas tuas.

Por motivo que não se sabe.
as marcas foram seguidas, com ou sem pegadas.
qualquer que fosse o rastro, nessa direção.
a última....única esperança.

Você fugiu, ou apenas decidiu seguir.
levou a folia, e as graças e sorrisos.
abandonou o meu pesar em custódia.
acreditei ter  feito algum mal na tua vida, algum dia.

Entre luzes de postes que se prostram a iluminar as sombras.
nas esquinas que encontram com as noites de neve.
qualquer caso ou acaso que pudesse vir a ser.
me trouxe de encontro aos olhos azuis e castanhos.

Aí veio o término, que não era um fim.
apenas reticências para uma outra página, outro dia.
conseguimos viver, logo após sobreviver as turbulências e ao medo.
não se fala mais nada, apenas se diz, sem mesmo trocar olhares...



...se conhecer é uma ciência, se entender é uma arte, ser....ser é algo que só nós sabemos fazer.

sábado, 19 de outubro de 2013

Saber.

É exatamente o que fazemos, com uma frequência até saudável e digna de inveja.
nós nos seguramos, uns aos outros, ou ao que estiver mais próximo e que passe segurança.
lembrei disso no teu jeito meio sem jeito de falar coisas que não cabiam no momento.
mesmo assim, tu disse, e eu ouvi, e quando pensei em dizer, já tinha acabado por acabar.

Nessas loucuras que persistem mais do que eu ou você, em ir e vir o tempo todo.
se perder ao te perder ou te perder por me encontrar, algo bem parecido, ou nada igual.
tudo uma simplicíssima questão de ponto de vista, no final... ou não, vai entender.
ontem choveu, e eu tive de tirar todas as roupas do varal sozinho, só pra você saber.

Quem diz que nós não damos certo, não conhece mesmo as peças que tem.
nessas idas e vindas com tempo ou acaso, te completo nos detalhes e você, os meus percalços.
quando te falta, te completo, e se me faltar, tu me agrega, sem deixar ou mesmo levar.
somos assim complicados, simples, sempre dispostos, e com aquela preguiça gostosa.

Hoje é inverno, vamos as compras, é um dia do próximo mês do ano seguinte.
mil conversas, mil dilemas, todas as divergências, dois sorrisos, um motivo.
vou parar o carro, abrir a mala, e vamos entrar em casa, afinal, é o inverno.
e agora, só vai nos restar, pura e simplesmente, ser felizes...


...e guardar as compras, é claro!

domingo, 6 de outubro de 2013

Grama.



O paraíso é
uma cidade fantasma.
que traz consigo
solidão e vazio desmedidos.

Me lembro que
você havia dito.
um belo lugar para
se sentar ao longe e observar.

Tudo errado
tudo mentira, suas mentiras.
eu parei e observei
e não vi nada bonito, de verdade.

Pode perguntar ao botas
o meu gatinho laranja.
ele esteve lá
e também não viu nada.

Vamos ficar aqui
sentados na grama.
ela é fofinha
bem verde e confortável.

Isso apenas para
tentar te mostrar.
que apesar de tudo
eu estive aqui, esperando você