sexta-feira, 18 de abril de 2014

Novos dias.



Ele acorda, abrindo os olhos lentamente, aquela preguiça habitual.
se depara com uma estrada, vazia e revirada, quase como um quarto bagunçado.
o silêncio chega, trazendo consigo a solidão, algo comum, contudo, inesperado.
uma decisão é tomada: seguir em frente, devagar, usufruindo a calmaria.
estranhamente, não há tempestade por vir, apenas a quietude, então, as vozes internas.
elas se intercalam entre sussurros e gritos estridentes, dando início as indagações.
porquê os ajuda? com que motivo, válido ou não, intervém em suas vidas?
e que direito lhe foi dado, em algum momento, existente ou não, para tal atitude?
ele, por sua vez, não responde.eles não merecem qualquer palavra, nunca mereceram.
entretanto, não pode deixar de se perguntar sobre a veracidade de tudo isso.
Afinal de contas, em seus próprios tormentos, ele se encontra sozinho.
enfrenta seus maiores medos, encara a falha direto nos olhos, treme e amargura, sempre sozinho.
sente a dor das perdas, físicas ou emocionais, e soluciona ou guarda, quando pode, sem ninguém.
assim sendo, é válido, realmente, se perguntar o porquê....


...complacência, pura e simples? talvez.
a satisfação de saber que, ao menos os demônios de quem se quer bem, ele consegue exorcizar?
é possível, ele poderia sim, se sentir menos inválido ao te-lo feito.
teria algum motivo particular, egoísta e um tanto sombrio em suas atitudes benevolentes? quem sabe.
Fato é, que ele não saberia responder, e mesmo que soubesse, talvez escolhesse por omitir.
pelo bem dos que lhe importam, que são tantos, e pelo medo de perde-los.
perde-los por perceberem que ele não é, em verdade, aquilo que seus olhos vêem.
No fim das contas, uma única coisa é imutável...





....eu caminho sozinho.

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