segunda-feira, 14 de abril de 2014

Pertencente.

Vou assistindo de camarote enquanto minha vida vai tomando forma e rumo.
sinto os medos nascendo e se acumulando na porta do meu futuro, sem me preocupar.
vejo as oportunidades vindo apertar minha mão, me entregar um diploma e partir.
e mesmo com tudo isso, esse tanto de coisas me ocorrendo, eu só penso em uma coisa.
só me faço uma mesma pergunta, incessantemente, chegando a ser chato.
Existe uma pessoa a quem eu possa denominar de "ela"?
um alguém específico o suficiente pra me enquadrar nos moldes da sociedade sentimental?
em verdade, revelo que não me importo muito com tais exigências do resto do mundo.
sendo bem franco, eu não "procuro" por essa idealização fantasiosa que tanto ouve-se por ai.
apenas caminho pelas ruas, dia sim, dia sempre, sem qualquer expectativa evidente.
e quem sabe eu esbarre com um sorriso que possa ser meus dias claros.
e também minhas noites tempestuosas....afinal, quem quis que acreditássemos que a vida é só risadas?
Só espero não bater de frente com um coração inocente perdido, eles são sempre lindos, contudo, brutalmente frágeis à palavras e baixos índices de ternura...


...e eu sempre tive um péssimo hábito de quebrar todos os que encontrei até hoje.

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