domingo, 18 de abril de 2010

Estradas

Por onde nós caminharemos amanhã?
se o outono já se faz presente, aqui?
por onde essas estradas vão seguir...
agora que já não há mais nada?

O hoje não passou de uma ilusão...
e o seu vislumbre foi apenas apreensão.
fomos e somos muito mais do que palavras...
desmedidas, imponentes e impróprias.

Seu adeus entristeceu as folhas.
e, avermelhadas de raiva,
nos deram as costas e partiram.
eu quis te acordar desse pesadelo...

...mas não fui capaz.
entre calor e frio, nossos olhos se entrelaçam.
os olhos da manhã cintilam entre nós.
já não sei mais distinguir o real do imaginário...

....mas sei que estamos aqui.