quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Ar.


Desejo ou uma necessidade.
certeza, só dessa vez, certeza.
vontades reprimidas e mais falhas.
obstáculos e fraquezas, coisas que se quebram no caminho.

Paginas queimadas, novo dia.
arrependimentos que te tiram da cama.
e o ar pesado que o inverno traz.
cansaço, dores de cabeça, café.

O fim, até que se finde.
vivendo dias aqui, morrendo dias lá.
palavras, navalhas e piedade.
sempre estivemos cercados?

Mais difícil, ou complicado.
é ser, não temendo o julgo, ou a negação.
posse pertence aos perdidos, filhos da ilusão.
somos melhores...não, somos diferentes disso...


...vivemos de esperança...vivemos de amores...vivemos de sorrisos.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Perdão.



O mundo gira no compasso dos esquadros.
a vida torna tudo em chuva e vento.
no terminal, as pessoas riem e choram.
a despedida de um alguém inexistente.

O ponteiro do relógio atinge seu ápice.
em doze badaladas, o vento cessa.
orgulho e verdades se chocam em guarda-chuvas vermelhos.
existir parece um pouco mais difícil, mais pesado.

Um olhar compensa medos de sorrisos.
portas se abrem e se vão.
medo é uma estrada sinuosa que encontra razões.
e eu não sei mais de você, ou mesmo de mim.

Se tudo não passa de delírio.
e o fel que te levou pode ser o mesmo a te trazer.
teria eu o poder, de me mostrar e fazer perceber?
quem sabe viver seja mais simples do que compreender...




...que o motivo para o sofrimento é sempre ter de esquecer.

terça-feira, 14 de janeiro de 2014

Marca.

Naquela mesma esquina.
onde antes houve um início.
hoje a chuva reina, soberana.
e o vazio preenche os espaços da saudade.

Da minha janela eu posso te ver.
na lembrança dolorosa do adeus.
e o sorriso refletido nas gotas.
sorriso da agonia apaziguante.

A única esquina, sempre.
em que parei meu carro só pra você.
o primeiro presente de amor.
o último presente da dor, rancor.

Esquina que hoje, avisto ao longe.
raios cruzam os céus, e gotas se chocam
contra o chão, numa sequência infindável de explosões.
eu perdi algo ali, eu te perdi, eu me perdi....







....eu me prendi.

segunda-feira, 13 de janeiro de 2014

Ordem.


Uma vontade que poderia ser representada por palavras.
mas a consciência sempre teve mais poder do que o todo,
algo com o qual já nós acostumamos.
Até mesmo esse coletivo ilusório do subconsciente,
que apesar de tudo, é conveniente,
se mostrou corriqueiro em sua plenitude.
Nunca são as mentiras, assim como nunca é algo tipo
uma única coisa ou pessoa, ou outra única pessoa ou coisa.
sempre é algo mais, intenso, preocupante, sempre algo mais.
e quem de nós, ou vocês, vai realmente entender, ou mesmo se importar?
quando isso for um problema, e quando se diz problema, é completamente fora
do pejorativo que se usa habitualmente, talvez haja um consternado, ou dois.
o que se quer dizer com tudo isso no fim?
São apenas palavras, e palavras não mudam nada....


...como nunca mudaram, e provavelmente, não mudarão.

sábado, 11 de janeiro de 2014

Reflexos.

A finitude das coisas
como as mentiras do mundo.
alimentam nossas ilusões
e sustentam desejos.

Se há uma redoma
que limita nossos horizontes.
qual de nós será capaz
de chegar até o fim, ou ir além?

O reflexo do mundo
aprisiona vontades e anseios.
a curiosidade
desmantela receios e incertezas.

Fugir? não existe fuga, apenas medo... e conformismo.

terça-feira, 7 de janeiro de 2014

Blair's 1°


A primogênita, enfim.
com todos os prantos, e calos.
em copos que se lavam.
e corpos que se contam, pra sorrir.

Filha que honra a mãe.
irmã que guia, traz auxílio.
torna legítimo o tesouro deixado.
e a benção na terra morta.

Voz melodiosa.
inebriante e caridosa.
como o dedilhar das cordas da harpa.
ou mesmo o canto dos celestiais.

Um início, três finais.
três olhares, um sorriso.
e a magia se faz, com acordes e doçura.
e o bem-querer retorna ao seu coração...


...como se a chama nunca tivesse apagado.

quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

14

Cá estamos, uma outra vez.
novas tentativas, velhas esperanças.
um sonho a mais, querer.
uma crença a menos, sofrer.

Em dias que começam com perdas.
o sol te prende ao longe.
não consigo te perder, ou me importar.
e isso me confunde, me ilude.

Falsas promessas, suas promessas.
coisas que poderiam ferir.
me ferir, sangrando aos poucos.
coisas que eu deixei para trás.

Eramos dois, num mundo de flores e cores.
hoje sou eu, sozinho com as cores.
amanhã serei eu, sozinho.
e por fim...

...você.