quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Seu.

Essa noite eu falei dormindo.
e tudo o que fui capaz de dizer, ou mesmo tentar.
foi sobre a fuga,  nossa escapatória, e os muitos amanhãs.
penso ter vivido um delírio ao invés de um sonho.

Ao acordar, pela janela eu pude ver.
os pássaros voando, indo em direção ao lugar de paz.
e suas mãos se afastavam do meu rosto.
e você foi se apagando de mim, como a neblina apaga o futuro.

Me visto para o fim.
levo apenas nosso instante, eterno em sua curta duração.
caminho em plenitude até o tilintar de taças se tornar audível.
te encontro aqui mesmo, ou em qualquer noite de paris.

Até hoje não entendi, ainda que já tenha sido explicado.
você deixou as malas prontas, na porta de casa.
correu como jamais pensou ser capaz em toda vida.
me abraçou, olhou nos meus olhos, e sorriu....


....me deu a mão, e partimos .

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