quinta-feira, 12 de abril de 2012

Perfumes, Perséfones e desejos escondidos.

Aquela sensação engraçada que você tem.
de como se estivesse em casa, apenas quando está com ela.
é um saber sem notar, perceber que as coisas estão mais vivas.
um estalo de dedos, e tudo voltar ao normal, monotonia e paz.

Uma voz, vivaz e solene, intervindo pela sua força.
o último brilho que há, dentro da sua mísera existência.
aquilo que, provavelmente, deveria te fazer falhar.
é, agora, única e exclusivamente, aquilo que te salva.

É o seu ultimato, sua pequena parcela de culpa.
uma dor excruciante, inexplicável, o fim.
subir todas as escadas, chegar no topo,
ai olhar para trás e apenas se arrepender de cada passo.

Ela deveria ser seu desejo, sua maior ansiedade.
novamente, sua mente se desentende do seu coração.
ela se torna apenas uma voz fora do alcance dos olhos.
e tudo que se pode ser preservado, é uma lágrima.


Agora fuja, mas não se desespere.
deixe que o ar lhe falte, suma de você.
seu peito vai encher de amor, transbordar de querer.
e assim, sozinho, você vai se esvair, pouco a pouco...



...até que ela se dê conta que você, um dia, existiu.

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