segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Meu Nublado, Sua chuva...nossa tempestade.

Chove forte nos recantos da cidade,
em alguns lugares, onde poças se formam.
talvez por tédio, talvez por obrigação,
mas as coisas simplesmente parecem não satisfazer.

Agora, em algum lugar,
alguém sente as gotas e pensa em você.
e, talvez, se você parar por um segundo,
vai perceber essa pessoa, bem próxima, em pensamento.

Um imediatismo sem sentido,
que te leva a algum lugar, misterioso.
contudo, você não consegue deixar de questionar,
porque a chuva continua caindo?

Os olhos marejados de compaixão,
e o corpo embebido em amor sem fim.
estouros causados pelas gotículas,
que vão de encontro ao seu coração.

você só quer me ver com clareza,
nós queremos apenas enxergar o agora.
vamos deixar que o sol seque as poças,
mas... que isso seja amanhã...



...quando o tempo não nos pertecer mais, e o que sobrar, carregamos nos bolsos.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Um Círculo Perfeito

Você não me vê.
pode até acreditar que sim, pois jogo as verdades em seu rosto.
tento crer em mentiras escondidas em suas madeixas.
mas sei que no fim de tudo, você simplesmente não me vê.

Contemplo de longe, sua beleza infindável.
e, quando perto, apenas completo sua tristeza, incurável.
deveríamos ser os passos dados em frente, sem medo.
mas você insiste em ficar parada, apenas olhando para trás.

E eu sempre espero demais.
dos feridos, versos perdidos, corações partidos.
solenemente, me é revelada a verdade, única, imutável.
sou apenas uma peça, uma pequena parte, substituível e obsoleta.

Quanto tempo, por algum tempo, se há, realmente, tempo?
porque tentar, de certa forma, correr, em sua direção?
os pés se movem, o corpo cansa, a mente falha.
mas continuo parado no mesmo lugar, até agora, e depois também.

É isso? me pergunto.
te dou as costas, e aguardo alguns instantes.
até que você ponha as mãos nos meus ombros,e com toda sua delicadeza
me permita cair, aqui, onde tudo aconteceu, tudo acabou.

Gostaria dessa tranquilidade.
de toda essa paz, que na verdade não existe.
gostaria de você, olhar nos seus olhos.
e tentar, somente tentar, saber...

...se esse olhar é tudo que eu realmente preciso pra viver mais um pouco.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

Sobre você, nós 2 e o que sobrar do mundo


Partindo de hoje, seremos eu e você, se bem que eu acho que já éramos apenas nos dois a um bom tempo. viveremos o maior e o melhor que pudermos, dentre  todas as mais diversificadas ofertas que a vida tiver.

Seremos  agraciados com todas as maravilhas dos dias curtos e das noites longas...gozaremos de sorrisos, abraços, carinhos e de amores excessivos e ainda assim, insuficientes.

Vamos dividir as emoções, em toda sua magnitude e brilho, sem nem pensar a respeito dos porquês que vão nos perseguir  para sempre.Tudo que tiver de ser nosso, será, e o que não tiver de ser, tomaremos como meu...e seu.

Iremos atravessar os oceanos, sobrevoar os campos, percorrer as mais belas cidades de concreto e vidro e carne e alma.Nossa jornada só terá fim quando o fim em sim deixar de existir.

E eu vou viver apenas do seu sorriso, pela sua felicidade, que será a razão da minha. E se você não sorrir, então o mundo não poderá sorrir, e se você chorar, então toda vida aqui terá de chorar também.

Cheguei a conclusão, engraçada, talvez em vão... de que, posso estar errado, mas acredito que não...nessa minha pobre vida, você é minha razão!

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

E eu voaria até você.

Hoje pela manhã, em minha boca havia o gosto dos teus lábios, que ainda não senti.
os dedos contornando formas no ar, e o coração se aquece, batendo acelerado.
sua imagem se prende em minha mente, e é isso, por todo o dia, incessantemente.
e cada passo que dou, em direção a um qualquer lugar, é um momento inventado que vivemos juntos.

São os segundos mais infindavelmente felizes, em que você me parte em pedaços.
uma ilusão que vale todo o esforço, apenas pelo seu sorrir.
e se os seus olhos brilhassem tanto quanto o fazem em meu mundo fantasioso?
já não quero apenas descobrir, desejo vivenciar!!

Seu doce aroma, da delicadeza finita, para que se preserve até o último suspiro.
e o toque suave de seus dedilhares leves e gentis, que me levam a um lugar melhor.
diante de todas as imperfeições que podem dividir espaço em uma ou todas as pessoas.
seria por fim, o teu beijo, meu derradeiro carrasco, o início do fim, de absolutamente tudo...e nada.

Enquanto estivermos assim, não sei nem mesmo o que se poderia saber, com toda e nenhuma convicção.
o caminho entre nós dois é longo, quase sem fim...uma estrada de tijolos que vai até onde os olhos vêem.
o doce dos seus lábios torna a me desatentar, eu me envolvo um pouco mais, e decido tentar, dessa vez...

...e não importa aonde, quão longe, eu faria de tudo... e eu voaria até você.

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Castelos de sal, Corações de areia.

É, agora as cartas vão se escrever sozinhas.
as mãos se ocupam, secando as lágrimas.
e apontando em direção ao infinito, aonde algo aguarda.
alguém aguarda, um sorriso.

Uma queda inversa, revolução no viver.
atravessar o céu e as nuvens, e o espaço e as estrelas.
entrelaçar os dedos nos teus, para que tenha início.
nossa jornada, sem rumo, sem fim.

Permita que a chuva te desperte.
e que o seu sorriso se liberte, ao menos essa vez.
para que, em um único momento da vida, ao menos.
o meu possa encontrar com o brilho do seu olhar.

Vamos ser felizes, apenas.
não quero promessas ou truques e trapaças.
quero seus lábios, quero seu sangue.
viver te fazendo viver, a cada momento de cada instante, todos os dias.

Que a vida escolha o que tem de acontecer.
lutar é lutar, a glória inatingível.
falhar por querer demais, sem nunca deixar de tentar.
Mas nossas mãos vão se encontrar, agora, ou depois...

...nossos lábios provarão, juntos, o sabor da eternidade.

sábado, 10 de dezembro de 2011

Blackheart Supernova

Sumir.
desaparecer nos sonhos enrustidos por bons pensamentos.
ruir diante das quedas, cobrindo os arredores em lentidão.
talvez já, talvez...

o olhar perdido entrega.
ponto zero, ponto final, fatal e adjacente.
acompanha lado a lado, passo a passo, entrega tudo de trágico.
aflição.

Tentar não dizer, aquilo que se anseia dizer.
o que se ter, ou perder, tudo que se puder provar, tudo a se arriscar.
talvez eu amanhã, eu ainda encontre meu caminho para casa.
solidão.

Perdão.
palavras, palavras...então o momento, apenas ele, pelas palavras.
as dores que já transpassam a carne, e a pele, e a mente.
uma alma não quer viver, some, se divide e se espalha pelo ar ao seu redor.

Fim.
o limite ilimitado, das coisas ilimitadas e das unanimidades.
é apenas o que é, ser mais é deixar de ser, somente.
calejados os pés, não concluída a jornada, o caminho, e no caminho.

Prosseguimos enquanto meus pedaços em você se desprendem, um...por um....

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

L'amour

Justamente, a prosa e a flora, os versos perdidos de outras primaveras.
serenidade, compaixão e outras vertentes que um dia já conhecemos, hoje não são mais do que palavras em folhas de papel.

Talvez seja disso que eu precise... mas talvez eu esteja errado, como em tantas outras vezes.

Se partidos estão os laços que já nos uniram um dia, e cansados estão os nossos olhares....
o que devemos, ou seremos capazes de fazer, para amenizar toda a dor que nos assola até hoje?

Nossos caminhos até aqui foram tortuosos e, sem piedade, foram nos moldando à forma que somos agora.

Caminhamos sob o sol escaldante, assim como na chuva torrencial, e as nuvens, cinzentas ou claras, acompanharam nossos passos até os limites dos olhos, agora pequenos e tristes.

A mão que levas ao peito, buscando nele um coração, é também a mão que leva ao rosto, limpando o sal das lágrimas.

Se meus desejos, dentre os mais obscuros que possuo, pudessem se tornar reais, será que você, diante deste singelo e tolo, se permitiria partir na companhia do mesmo, sem medos ou receios, até chegar ao lugar quem te aguarda em seus sonhos?

Como pode ser explicado o amor? amor que bate no âmago da existência, amor que contorce e distorce a fábrica do tempo, do saber e do querer, amor que suga a vida, dando amor, amor que cega e esconde os seus mistérios por detrás da máscara de vidro.

Gostaria de fugir daqui... na verdade, gostaria de fugir, apenas.ir para qualquer lugar mais distante do que se pode contar em passos ou lágrimas.desaparecer pouco a pouco enquanto o tempo corre me mantendo parado no mesmo lugar, inatingível imutável...incapaz.

Dar ao tempo mais tempo, se tempo é tempo, e nada mais, como dar tempo ao tempo se faz?

como prolongar a infinidade daquilo que já não se faz infinito de sempre até a eternidade?

tornar complexo aquilo que outrora se pensou ser simples parece ser a única certeza dentre os fatos.

Motivação para deixar estar, e, em silêncio, aguardar por acontecimentos sem ao menos a pretensão do certo ou errado, do bom ou ruim, deveria ser diferente, mas é isso que será, e será até que não haja mais porque.

Não me questione, não sou detentor das respostas, muito pelo contrário, tenho tantas, quiçá algumas a mais, duvidas quanto você.Mas podemos caminhar, ou correr, lado a lado, em direção as respostas... ou qualquer coisa que nos traga um pouco mais de conforto... por você, nunca por mim, hoje, amanhã.... sempre.

sábado, 3 de dezembro de 2011

5:00

Acordei com um gosto amargo na consciência.
e o agridoce dos lábios que já não me lembro.
o mundo girando, rápido e impiedoso.
e, somente dessa vez, o relógio não despertou.

Vou me contorcendo, sem sair da cama.
já não é sono, nem cansaço, ou ressaca.
é uma insatisfação, como se algo estivesse pendente.
abro os olhos, com convicção....estou consternado, ainda.

Quero me levantar, mas não consigo.
sinto as pernas queimando, uma dor que apenas é.
me lembro das responsabilidades, que preciso manter.
e das noites que, hoje, não faço questão de viver, de novo.

Eu fecho os olhos, tento voltar para lá.
aquele mundo onde tudo é mais simples, as coisas funcionam.
campos onde a preocupação é apenas um detalhe, sem muita importância.
e nesse processo, eu falho, miseravelmente, sem esperança ou glória.

Os ponteiros do relógio não param.
o tempo passa, o dia passa, e eu ainda estou ali.
não sei porque, ou com que razão, mas dali eu não saio.
não sei se por mim, por você, por tudo, ou por nada...


...Apenas sei que estou, e que preciso...



sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pseudônimos, colapsos e desertos de vidro.

Horizontes inconstantes, infinitos, distantes.
o olhar que goteja a displicência da qual sentimos falta.
caminhos entrepostos, escondidos e supérfluos.
uma estrada de tijolos composta apenas por nuvens e sonhos.

Ilusões encadeadas, preciosas, mascaradas.
Um arpejo que, milimétrico e comportado, desperta o desejo.
Vitórias que são derrotas, derrotas que não são nada além de tudo.
A necessidade normal de não se sentir necessidade.

Uma fina camada de vidro, nada além do chão sob seus pés.
através dele, você consegue ver? a fantasia do mundo perfeito.
Nada mais que sorrisos, alegria, e uma felicidade que não é.
tanta farsa que a desgraça quase cai na gargalhada.

Excentricidade de dar dó no coração, ainda que não haja um.
Os tiros de ousadia resvalam em nós.
Mas nossos escudos de indiferença já não funcionam mais.
Alvos fáceis na selva de concreto e mentiras, incessantes.

Brilho eterno, vivaz, caloroso, leve.
guia a luz clara e maravilhosa em direção aos nossos pés.
Brilho único, sereno, hipnotizante, pouco.
que de nada vale, se a mente será para sempre sem lembranças.

Olho nos seus olhos, procuro aquilo que não sei.
vejo a verdade em seu rosto, que cora logo em seguida.
sei que tenho todas as respostas, por toda a vida.
descubro que não me pertencem as perguntas, vejo você, fujo...


...e sumo nesse deserto, em meio a escuridão.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Solidão Ensurdecedora.

Era madrugada, e eu havia acordado.
um som, bem baixinho, entrava pela fresta da janela.
apenas a chuva, vivendo no mundo lá fora.
e o ventilador me passava uma sensação de conforto.

Me levantei, rapidamente me sentando na cama.
por alguns instantes, mantive-me ali, parado.
por fim me indaguei a respeito de minha vida.
eu estava sozinho, como sempre havia sido.

Novamente, me percebi parado, como 5 minutos antes.
decidi me levantar, sem muita pressa.
os pés tocando o chão gelado, e eu não me importo muito.
e em momento algum me dou ao luxo de cogitar o porquê.

Eu estou cansado, sinto o peso do infinito em meus ombros.
somado a essa amargura que não me acompanha, mas vive em mim.
e aquela tristeza que já deixou de ser confortável.
eu vou me arrastando, quase que sem vontade, em direção a cozinha.

Meus passos são largos, sorrateiros.
desprovido de qualquer força de vontade, que maior ou não.
Rege, ou deixa de ser em mim, em dado momento.
ponho água em um copo, lentamente, quase como que vivendo um pouco mais a cada gota.

Por um segundo, olho para o lado, a janela está aberta.
os ventos cruéis do frio que assola a cidade entram gentilmente.
deixo que eles me acolham, e nem ao menos me pergunto a respeito da janela aberta.
ao voltar minha atenção para o quarto, a silhueta da minha algoz ao fundo, sorri.

A ceifadora me acompanha com a vista, fixamente.
de certa forma, é até estranha, a facilidade com que se nota.
uma certa melancolia nas expressões mais do que indescritíveis dela.
o mais engraçado disso tudo, é que eu nem me dou ao trabalho de me importar.

Piso em uma poça d'água no corredor, paro de caminhar.
observo o meu reflexo na poça...por alguns instantes.
o que eu vejo? quem eu sou? ou me tornei.
uma raiva sem mesuras me consome, e pulo na poça incessantemente, até que....


...um sorriso toma o lugar da raiva.
eu simplesmente não sei explicar como, mas eu não conseguia.
não conseguia parar de sorrir, até o momento em que deitei na cama, novamente.
acho que lembrei de alguns momentos felizes, do seu rosto, seu sorriso....




....e pude dormir de verdade, enfim.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

je ne regrètte rien

Ela é meticulosa.
específica e esclarecida.
em cada pequenino detalhe.
dentre todos, até mesmo os que não fariam diferença.

Desinibida, perfeita até mesmo com defeitos.
defeitos esses, que são apenas um olhar mal dado.
quando a vista passa rápido.
e no momento se vê aquilo que não se tem.

Sempre excepcionalmente bem disposta.
com aquele sorriso espetacular.
ela vira o mundo do avesso.
seja em exposição, ou no nosso particular.

Entrelinhas perdidas ou escondidas.
versos, prosas e um pouco de verdades desmentidas.
se o sujeito se sujeita a tal situação.
nada me resta, nem o amor e nem o perdão.

Decerto que o tempo nos mostrará.
ou que algo nos libertará.
uma forma ou um som, irão proteger.
mas seremos perseguidos, até o fim.

E, capazes, fugiremos.
para longe, além do alcance dos olhos.
aonde as nuvens são claras e belas.
e aonde nossos sonhos são apenas sonhos...


...e apenas o seu sorriso me basta.




segunda-feira, 7 de novembro de 2011

"Wrong" side of a day

Como é corriqueiro dizer, consiste de tudo aquilo que é, está ou dá errado.
Na verdade, não é, essencialmente, dessa forma que funciona.
pode ser apenas um "não", ou mesmo um gesto, sem palavras.
o "errado" parece ser aquilo que, soa pequenino, mas no real, cai sobre nós como uma avalanche.

Um olhar, com a intenção apropriada.
pode tornar um mar de rosas em um deserto gélido.
apenas um sussurrar, outrora tão desejado.
pode se tornar um trauma imortal na sua vida.

O "errado" é uma inconstância.
sublime ação, disposta de verbos e modos.
capazes de trazer abaixo até mesmo a maior das convicções.
algumas vezes até sem esforço algum, incrível que possa soar.

As poucas verdades, sempre presentes em nossas vidas.
se desfazendo em meio ao caos interminável do "errado".
e o mais triste e desencorajante de tudo isso.
é a certeza de que esse mal vem, e algumas vezes...fica.

Mas tudo que tem um início, tem um fim.
e como o vento frio, que vem e vai, com apenas um soprar.
os males vem, no cair da noite mais escura de todas.
e se vão, sem que se possa perceber sua ausência...


...diante do nascer do sol de mais um dia.

"Right" Side of a day.

Normalmente, é, ou seria, o mais complicado de se expor.
Um amontoado de incertezas, uma ausência excessiva de falta de coesão.
são os fatos que não são, ou que deixam de ser.
o pouco que é muito, e de muito passa a ser tudo, apenas por um encontro.

O "certo" em um dia é mínimo, com efeito máximo.
uma minúscula sequência de ocorridos, que traz o infinito para uma vida.
num milésimo de segundo, em que um sorriso dá vida a um jardim de flores.
Abraços que fazem com que um minuto pudesse ser apenas o necessário para se viver e morrer.

"certo" não consiste em atitudes corretas, ou mesmo índole certa.
aqui, conceitos são apenas conceitos, e um momento pode ser "certo".
muito mais do que qualquer atitude baseada em índoles.
aqui, um afago é um mês, um abraço, um ano, e um beijo...duas vidas.

Tudo que acontece em um dia como esses, vale para sempre na mente.
é a sensação mais simples do mundo inteiro.
capaz de fazer o poço sem fim da solidão parecer apenas uma poça d'água a ser pulada.
e a tristeza das noites de chuva soar como as gotas de orvalho de uma manhã de primavera.

Enfim, definir ou mesmo delinear o que é o "certo" não cabe a nós.
somos detentores apenas da responsabilidade de presenciar e participar de tais momentos.
usufruir de um instante que sente-se como o "para sempre" é no minimo, sensacional.
seriamos agraciados com nosso infinito particular, uma vez mais...



...e um sorriso, novamente, nos trará ao fim.

Sides of a day

Os dias consistem de lados.
algumas vezes, um dia tem vários lados.
em contrapartida, outras vezes cada dia é um lado
na essência, crê-se que hajam apenas dois lados.

Em uma ponta, há o "certo".
por sua vez, do outro lado, temos o "errado"
ambos surgem de forma aleatória e desconexa.
e um não precede, sucede ou acompanha o outro, em sua totalidade.

Compreender que ambos não são, essencialmente certo e errado.
esse é o desafio, dado o fato seguinte.
não são definidos por coisas certas e/ou erradas.
são as minúcias das entrelinhas que definem cada um.

Toda essa pompa, será desmantelada em explicações.
constituídas das palavras que virão.
seguintes a essas que foram aqui expostas.
e desmistificado estará, o segredo de um dia com "lados".


"Através do tempo, das cicatrizes e marcas, pelos horrores que a vida joga em nossos braços, caminhamos com bravura e tenacidade."

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Solitude.

É, parece que vai ser isso.
Um instante suscinto, um respirar mais ofegante.
aonde o momento é tudo, e é nada.
seus medos são expostos, e você estremece.

Olha entre as folhas.
e vai ser ali, nas minúcias que não tem explicação.
naquele pequeno canto de um mundo inteiro.
onde perderá tua vontade, sua tristeza, sua razão.

Sempre que esgotamos nosso suor, nosso sangue.
ou o amor, o amor que se esvai, meticulosamente, de nós.
basta lembrar, e apenas lembrar, por minutos ou segundos.
que foi tudo o que nos pertenceu, somente por uma vida.

Mediante o amargo da compostura, somos complacentes.
entrepondo desfeitas, mesquinharias e um descaso inexplicável para com os pormenores.
perante o temeroso amanhã, incerto e inconclusivo como o agora.
somos as sementes recém colhidas que aguardam por um pouco de paz.

As histórias antigas nos ensinam, até onde se torna possível.
das virtudes, sempre indispensáveis no viver insípido de outros verões.
e dos vícios, por sua vez triviais e constantes em casos e casos.
e tudo o que aprendemos com isso...é a complexidade do compreender.

Outrora os fios que seguem tecendo as existências...lineares e convictos.
hoje são apenas pedaços de lã, puindo com o tempo, cedendo pouco a pouco.
a fábrica do querer desestrutura a pureza dos olhos claros como a neve.
por fim uma voz ecoa nas colinas mais altas da esperança e da fé...



....sussurrando que sua vontade é o que te move.


sábado, 29 de outubro de 2011

E o que mais couber nas entrelinhas.

São dias confusos, esses em que temos vivido, não concorda?
chegando a passar uma impressão indevida, de que tudo é muito difícil...
...muito chato, ou mesmo muito desagradável.
E isso acaba tornando os dias mais longos, para nosso infortúnio.

Até mesmo atos simples como caminhar pela cidade.
durante os últimos meses, até mesmo isso tem sido difícil.
daí você para, olha para si e pergunta o porquê?
sua consciência e seu coração te abandonam por um instante, e você se perde.


Mas o sol dos nossos momentos, vai firmar seu brilho com intensidade.
vamos poder descansar, viver, chorar, amar e não julgaremos.
nossos destinos se tornarão poeira ao vento.
e caminharemos em direção à um horizonte desconhecido.

Deixaremos o tempo ser o tempo, e os sorrisos preencherem a sala.
veremos a chuva, enquanto bebemos café e falamos sobre coisa alguma.
iremos pensar em pensar a respeito de algum tipo de pensamento.
seremos um olhar sincero, um beijo vivaz, um abraço caloroso....




...seremos um amor para recordar, até o fim.



terça-feira, 25 de outubro de 2011

Annie

Annie...
...você se lembra das fotografias?
onde corriamos, por entre as estradas...
...mas algo ficou para trás, não ficou?

Annie...
vi seu nome em um letreiro, outro dia.
e sua imagem era vívida, grandiosa....e reluzia.
como o ouro das nossas vidas que já passaram.

Porque annie você é uma estrela...
que apenas não irá muito longe...
e o infinito é apenas mais uma passagem...
e eu cantarei para você.

Annie...
eu vi você sorrindo a noite...
nós deixamos o tempo passar?
porque se questionar?
a respeito do que nunca existiu...

E se existiu, eu já me esqueci...

Porque annie você é o sol...
que apenas não brilha o bastante...
mas o mundo inteiro irá lembrar...
quando você puder voar...e eu cantarei para você...somente essa canção.




...annie...


segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Fade.


In my face.
the scars of a loveless life.
in my body.
the stains of the time i've lost.

Within me.
i carry the fears and dreams of another person.
through my eyes.
The cold evening brings the horizon...gray as it may be.

Over the head of the unaware.
skyclouds get by.
the rain falls, over and over.
were we lost, in the end?

His fingers.
her breath.
his truth.
her smile...


...my heart, my faith, my senses...




....gone.

domingo, 16 de outubro de 2011

Colorless Fog

Eram apenas madeixas.
d'um vermelho-rubro que fazia arder o peito.
e um corpo esguio, e ainda assim...
...esbanjava uma sensualidade que iludia os olhos.

Era apenas uma noite, como outra qualquer.
com boas companhias, boas músicas.
e em toda sua desenvoltura...
...ela me teve para si, completamente.

Foram apenas horas.
segundos que passavam com intensidade.
e entre os beijos e abraços, e sorrisos e afagos...
...os instantes foram a eternidade.

Deveria ter sido apenas um dia.
mas houve uma noite, e mais um dia, e outra noite.
E os momentos em que a proximidade era resumida pela distância.
pude me perceber estagnado em uma verdade inexistente.

Uma noite, areia, maresia, o horizonte.
chuva leve que clareou a alma.
apenas uma noite de abraços e aconchego, simplesmente isso.
mas no fim das contas foi uma noite...




....em que a eternidade me pertenceu, e meu coração sorriu.

sábado, 8 de outubro de 2011

Fireflies, Ghosts and old cheap bottles of wine.

Illusions.
lost behind us, or maybe it's only you.
anytime, anyhow, just a memory.
when things go breaking in front of you.
the door is locked, from the inside.

Time goes on, taking the prizes.
and no matter how hard she tries.
the tears are falling, one by one.
the sky is just a blue blur of emptiness.

As the moonlight clears the sky.
the lonely old man try to keep himself warm.
the night comes to embrace him.
and the sonata is played, once again.

Dreams are fading away, and you cry.
winter has come, with the sounds and melodies.
the gods abanddon you...just for a moment.
and you ask yourself....why?

Along de road, burning in flames.
the birds keep flying to the north.
as the clock stops ticking.
we try to figure out why...
...why here?
why now?
why us?...




....why me?

domingo, 2 de outubro de 2011

Battle of Hearts

Nós lutamos, bravamente.
enquanto as polaroides queimam
no chão da sala vazia.
eu quero lembrar o porque, eu me esqueci.

As pessoas vão te cercando.
ao longo do percurso, cruel e indolor.
nossos olhos já não se encontram,
benefícios contra nós, ou prejuízos a nosso favor?

Meu conformismo se engrandece.
mais e mais, em um lugar,
que eu acreditei não existir no meu coração,
e hoje me arrasta para o fundo.

Quanto tempo mais ainda nos resta?
até que nossos sonhos
se percam por completo nesse infinito de solidão
que é o querer para sempre?

A fuga que nos conforta.
é a esperança pelo sono dos justos.
aquele que nunca te encontrará.
porque na verdade, morpheu já desistiu de você.

E no momento que as chamas abraçam a casa.
as polaroides ainda queimam.
e junto com elas se vão as lembranças.
e as forças, e a vontade, e a esperança....



....mas dentro das chamas, nosso amor queima eternamente.

terça-feira, 20 de setembro de 2011

Moon Tears.

A lua chora.
as luzes dos postes se apagam.
as lágrimas correm, infinitamente.
e eu me sinto apenas...incapaz.

Ela me pede ajuda.
eu apenas a observo.
me questiono sobre minhas aptidões.
e percebo-me convicto de minha fraqueza.

E...por mais que eu tente.
minhas palavras simplesmente...
...parecem não lhe alcançar.
e eis que a lua torna ao pranto.

Será que sou capaz? me pergunto.
de proteger aqueles que prezo?
eu consigo? CONSIGO?!
ou seria meu esforço em vão?

As perguntas me consomem.
e ao longo da estrada, as luzes voltam a acender.
e mesmo com tanta luz ao redor.
sinto-me emaranhando na escuridão...mais e mais.

Não vou desistir.
até que tenha exaurido minhas forças.
ou que minha alma já tenha me abandonado.
vou cobrir de luz, a escuridão que assola nossas vidas...


...e deixar seus olhos refletirem o brilho que vai nos iluminar.

domingo, 11 de setembro de 2011

Even through the darkest days

O fogo fátuo, salvador.
a benção que pousa em nossos pés.
ao longe, as trevas se expandindo.
um caminho que talvez não deva ser trilhado.

A mente clareia.
os espaços entre a ponte que te leva a eternidade.
e a estrada que te engrandece com o conhecimento.
o mutualismo esconde as verdadeiras intenções da solitude.

Verdades, mentiras e outros pormenores.
desencorajados pela imposição de algo maior.
melhor seria deixar tudo seguir e observar.
o verdadeiro guerreiro, que sabe o momento certeiro para cada atitude tomada.

Talvez já seja tarde demais.
talvez o sol não retorne.
talvez as estrelas morram.
e o luar se torne tudo o que temos....

Mas nos basta o luar.
e o que com ele estiver.
ou o que dele faltar.
pois assim poderemos entender...


...que o luar é de tudo o que precisamos, hoje, amanhã e até que acabe a esperança.

segunda-feira, 5 de setembro de 2011

My soul is a dark place...

Vivendo em mim mesmo.
sou apenas uma sombra.
os olhos turvos e tristes.
caminho por lugares sombrios e desertos.

A escolha é apenas uma.
todos temos os nossos segredos.
corrompendo a alma, vamos um pouco mais longe.
sem pensar em temer, ou mesmo recuar.

Consequentemente, o ódio consome meu peito.
uma ira e uma melancolia beirando a eternidade.
e até mesmo as lágrimas fogem de meus olhos.
que já não buscam conforto em noites de aconchego.

O horizonte é meu companheiro de viagem.
minhas malas são meus pesares e minhas tristes lembranças.
me locomovo através da ausência de vontade.
o viver é apenas um detalhe...quase que uma consequência, para mim.

Hoje eu deixo esta terra, singela e vermelha.
sigo em direção aos porquês, sempre sem resposta.
vou sentido meus joelhos cansando, e meu corpo padecendo aos poucos.
e mesmo com o fim da minha força de vontade, sigo em frente, sem nunca me esquecer...





... de que minha alma, é um lugar sombrio....até mesmo para você.

quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Stillborn

Me cegue, me induza.
faça com que eu erre, me ignore.
apenas uma linha, significado.
Males, ares, cores que rompem os limites.

O sentimento que eu tive, agora morto e distante.
me traz o adeus a tona, despojado em ternura.
me seduz, me conduz, me entristece.
mas eu esperei por você aqui, por tanto tempo.

A costa se aproxima.
o vento sopra contra o peito.
machuca o pouco que sobrou.
parte do que havia antes, tão pouco quanto se poderia ser.

Esperança é apenas uma palavra.
e as pessoas passam pelo seu caminho, sua vida.
e você não pensa em mais nada.
quer apenas que tudo melhore, se possível.

Decidir sonhar é, talvez, se arriscar.
viver é, definitivamente, falhar e superar.
deixar as feridas viverem em você.
sem se permitir dominar, ou ser dominado.

Tudo ilusório demais.
irreal, impossível demais.
previsível, perfeito demais.
desatento, desajustado, incapaz....demais.

Voar é possível, basta querer.
ir além de tudo e todos.
limites e possibilidades, qualquer coisa.
você pode ser um cometa, ou uma estrela cadente
você apenas tem que...








...deixar de ser os meus sonhos e crenças.


terça-feira, 23 de agosto de 2011

Souls inside neon lights

Até mesmo as luzes podem nos dizer.
aonde foram parar todas as crenças.
se um sonho é apenas um sonho...
...de que vale o sonhar? somos apenas crianças.

Os caminhos trilhados se escondem.
esperançosos, contudo, impacientes.
as curvas e os minutos seguem ferindo.
suntuosos e exacerbados.

E em nossos corações.
ávidos, convalecidos e despojados em compaixão.
seremos apenas capsulas de luz...
...na imensidão dos infinitos porquês.

Quando as incoerências que nos cercam.
se misturarem com as gotas em espiral, constantemente singelas.
os segundos que passam como horas, irão nos abraçar e nos provar.
que cada momento, é apenas uma palavra...


...e que cada palavra, é um pedaço de mim dentro do seu coração.

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Flower

O nosso sonho morreu.
e com ele, nossas expectativas.
agora nos resta, aguardar outra ilusão.
agora me resta, aguardar apenas um sorriso.

E o tempo, que, displicente.
cura nossas feridas, sem saber se há necessidade.
nos torna mais ríspidos por dentro.
e nos deixa ao relento nas noites frias de inverno.

Ao nosso modo, apenas o passado.
e a veracidade de toda a história.
nos tornam apenas os mesmos.
com algumas palavras de conforto a mais.

Hoje temos lágrimas sinceras.
amanhã, sorrisos inertes.
e o para sempre, como se situa?
talvez o para sempre não seja para nós.

E você me disse tentar e não conseguir.
e eu te quis deixar estar.
e no fim nada tivemos, nem antes e nem hoje.
e as flores me dizem que é você....

...que eu devo preservar abrindo mão de mim mesmo.

sexta-feira, 29 de julho de 2011

Story of sadness from the paggliacci clown

O palhaço paggliacci estava de volta a cidade.Sem compreender o porquê de sua melancolia, paggliacci foi ao encontro de um médico, tentar descobrir uma cura para sua tristeza.
ao chegar no consultório, e se questionar com o doutor, a verdade, triste e dolorosa.
o médico lhe sugeriu que fosse assistir ao circo que havia parado na cidade aquela semana, sem saber que paggliacci era, ninguém mais, ninguém menos do que o próprio.

Paggliacci então, desolado com sua tragédia sem solução, pôs seus pés a caminhar, e logo após, a correr...sem saber porque, sem saber para onde...
e por entre a tinta branca e a vermelha, logo abaixo dos olhos delineados, lágrimas singelas e solitárias escorriam, borrando assim a maquiagem que um dia foi o rosto do palhaço paggliacci.

Paggliacci correu por estradas, florestas, cidades, e campos, durante o dia ensolarado e quente, e também através da noite densa e fria, sem mesmo olhar para trás em algum momento.
foi quando após muitos dias, onde já não mais corria, apenas andava, cantarolando deprimentes canções e ainda aos prantos, que paggliacci encontrou uma porta, em meio ao vazio do espaço encoberto pelas estrelas...[Continua]

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Trees

As cores percorrem as janelas
o vento soprou em meus ouvidos.
me convidando a sair.

havia um dia lindo
um dia perfeito.
um dia sem sorrisos.
apenas mais um dia perdido.

as questões que nos dividem.
os porquês que nos calam.
as verdades que se tornam absolutas.
os erros que não cometemos.

as trilhas e estradas seguem.
os olhos desencontram.
por um segundo ou dois.
o tempo pareceu parar junto com as gotas da chuva.

e se é isso que o destino reserva.
o incerto, o pouco coerente ou mesmo o desconhecido.
será em direção ao horizonte que iremos
sem medo de sorrir, sem medo de viver, sem medo de amar.

sem temer a tristeza que nos consome dia após dia.

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Bottles

A crueldade da solidão.
que arrasta sem pena, e sem piedade.
os males que surgem no meio do caminho.
são apenas obstáculos, ou algo mais?

tornamos nossas vidas um receptáculo.
como um pequenino pote de vidro.
onde cada lembrança é um grão...
enchemos, pouco a pouco, nosso pote de vidro.

Quando o tempo ser tornar
o sal que preenche os oceanos.
teremos a nosso favor, com toda a convicção
os olhares caridosos dos deuses e das estrelas.

E aonde toda a escuridão tem seu início.
uma ponta no horizonte, expõe com honestidade.
a luz que cria todas as sombras nas paredes.

Simplicidade é dar as costas.
fugir de tudo quando as soluções fogem de você.
complexidade é amar sem querer.
preservar a pureza infinita de uma coisa que não possui limites.

nos momentos em que sua esperança é tudo que resta.
e você se agarra a ela, sem hesitar ou mesmo retroceder.
o sol, a lua, e as nuvens que preenchem o céu irão lhe mostrar.
que tudo não passou de um simples sonho...


...e que acordar, talvez, não seja a melhor escolha....para mim.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Scratches

Se as estrelas da noite.
escondidas no luar da complacência.
fossem capazes de te tocar.
você permitiria ao seu coração, expor-se uma última vez?

Se o tempo do mundo fosse seu.
e na ausência de seu senso.
estivéssemos esvaídos e exaustos.
o sonho, faria alguma diferença?

Constantemente somos delatados, pensando.
no acumulo das cicatrizes do tempo, e sua validade.
quando toda a esperança foge.
e o abandono te abraça com tristeza.

Se o sol, que aquece aos desafortunados.
presenteasse o seu coração com carinho.
deixando para trás as marcas do caminho solitário.
seria você capaz, de se deixar caminhar na neve fofa?

E eu estou tão contente por você ser minha.
a luz que reluz o ouro da minha desgraça.
e isso desacelera e desestrutura as construções do tempo.
e reflete na tragédia de últimos romances, que é a nossa vida.

aonde os caminhos terminaram, e os desejos se perderam...
...e você sabe que eu tentei, eu tentei...


...eu tentei, eu perdi.

Once upon again...


E cá estou, novamente.
dispondo de minha solidão, embriaguez e silêncio.
afastando, decerto e adiante,
os males que me são propostos.

Encorajado pela sensatez que me falta.
cortejado pela lucidez que me falha.
e onde eu estive com você? e onde você esteve comigo?
aonde você está, agora?

Deposta e desiludida...a ponte segue.
até um ponto morto no ar, aonde o espaço se desfaz.
acalantando o tempo, me aconchego nas beiradas.
ouvindo os pássaros cantarolando polidez.


Inebriante é a sensação que me consome.
quando observo os arredores,
e me recordo de seus aromas e toques,
tão leves e suaves quanto a alma pode ser capaz de sentir...

...e me deixo levar por esse sentimento que me afoga em um oceano de incertezas.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Bullet Proof Skin

Lembra, quando nossos sonhos eram um só?
lembra, quando nós ainda sonhávamos?
esse tempo passou, eu acho.
através da janela, eu vejo fogo e mágoa.

Os ventos que sopram do leste.
alimentam a chama que se alastra.
apodrece, corroe, destrói as estruturas...
...daquilo que um dia, chamamos de lar.

o que eu me tornei,
minha mais doce amiga?
se tudo e todos que conheço,
vão embora, no final...um dia.

esse fogo, nos tirou tudo.
tudo este, que poderíamos ter para sempre.
impérios de luzes, sonhos labirínticos...
...verdades e mentiras, reais ou ilusórias.

se nossas vidas estiverem destinadas.
à ascensão e glória, queda ou catástrofe.
por debaixo das manchas do tempo.
seremos maiores do que tudo e todos...

...viveremos minutos em que os segundos são apenas gotas de orvalho.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Hesitation

A vida ruma.
sempre em frente.
em direção ao fim do mundo.
estamos aqui, presentes, vontade vivaz.

Somos destemidos.
desbravando os sorrisos e as paixões.
vencemos as adversidades, vorazes.
fomos, somos e vamos...além.

E se, de subito, a esperança lhes abandona.
digo-te que não tema, ainda estamos aqui.
e, quando as crianças estiverem crescidas.
as ensinaremos a voar, sem medo algum.


Nossa força de vontade é indubitavel.
em nossos olhos arde a chama do orgulho.
em nossas almas, o mais forte desejo de conquista.
somos imbativeis, imutaveis...heróis.

Nosso momento é tenebroso.
deveras inconstante e horrendo de uma forma inebriante.
mas nossa próxima alvorada brilhará.
com a intensidade de mil sóis...


...em direção a um amanhã infinito

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Run.

Eu olho para você através do espelho.
não sei ao certo o que vejo.
as estrelas encobrem seu rosto,
e sua silhueta é tudo o que tenho.

Sonhos partidos.
estilhaços de lembranças.
nada parecer ser como antes.
o tempo lhe acolheu com a solidão.

seus dedos tremulam.
seus olhos abraçam a chuva.
seu sorriso traz a tona o sol,
que abandona a culpa da tua tristeza.

Seus sonhos te deprimem.
os ventos lhe cantaram velhas canções.
e a esperança de outras conversas,
te puseram novamente de pé.

e todos os astros,
todas as estrelas e constelações.
aguardam ansiosos, perplexos e inquietos.
pelo dia em que você virá ao nosso encontro...


...trazendo seus sorrisos, seus olhares e a doce melodia da sua voz.

sábado, 23 de abril de 2011

Love, lies and Skyclouds

Somos o pó.
aquele que nos cobre e ofusca.
a luz dos seus olhos,
não reluz nos meus.

Nossos sonhos são peças.
pedaços e cacos,
de um espelho que expõe,
a solidão que sentimos, dia após dia.

As estrelas envolvem a lua.
e se confortam em seu sorriso.
nos momentos de ternura,
sua afeição nos encantou.

E se a melodia do amanhã,
com seus tons e luzes,
desejar nossa atenção...
...irei me deleitar nesta inusitada situação.


Por fim, quando o seu coração,
impiedoso e cruel,
vier nos condenar a uma eternidade,
não seremos capazes de feitos grandiosos...



...ou mesmo feito algum, pois nossa eternidade será de amores por ti.

quinta-feira, 7 de abril de 2011

Grão

Os dias passam.
a rotina nos consome.
eis que em um súbito momento.
fui pego pela nostalgia.

Os momentos, eternizados e preciosos.
para nós todo tempo era tempo.
as coisas simples de ser.
e o gosto doce que vinha quando sonhava com você.

E bateu saudade.
uma saudade corriqueira.
como do cheiro da terra molhada de chuva.
e do sabor suave do café nas tardes de garoa.

Da varanda eu podia ver, e ouvir.
o som, o sal e o véu do mar.
encobrindo as encostas, sorridente.
e a nostalgia que não me abandonava.

O olhar marejado.
a secura na garganta.
as mãos, levadas ao rosto.
e uma última pergunta, antes de partir...

....''quando seremos tão felizes novamente?''




















...Seremos?


terça-feira, 5 de abril de 2011

Salvation

Somos perdidos.
o fogo nos recusa.
a luz não nos deseja.
vagamos em busca de conforto.

Os ossos vão rachando.
os músculos contraem.
a carne queima com o sol ardente.
e tudo que podemos, é isso.

Convicção é apenas uma palavra.
força de vontade, um ideal.
integridade, uma necessidade.
vitória, um sonho.

Nos minutos, somos vorazes.
Nos dias, complacentes e desmedidos.
Nos anos e séculos por vir...
...Sanguinolentos e atrozes.

Agora, filhos e filhas da verdade.
o momento de ser, é este.
preservem a fé, dentro de cada um.
carreguem consigo verdade, lealdade e sejam sempre virtuosos...


...para que os próximos tenham em quem se espelhar.

segunda-feira, 28 de março de 2011

Blood.

Por entre o fogo e as chamas.
o calor do corpo se esvai.
e as gotas de chuva consolam,
os derrotados e abatidos.

As lâminas não mais se encontram.
os olhos parecem perdidos.
em meio a um turbilhão de raiva e ódio.
se encontrar parece um desafio imbatível.

O sangue que escorre por entre os campos.
a solitude que consome os destemidos.
e todo o orgulho e honra,
de uma luta jamais travada.

Em guerras, não há vencedores.
nem os que ainda estão de pé.
nem os que já padeceram,
é uma guerra, afinal.

O tempo, é totalmente relativo.
o vento, a chuva e seus fraternos.
em momentos, nos acolhem.
em momentos, nos desprezam.

E fomos,somos e seremos.
isso, e apenas isso.
apenas carne a ser exposta.
carne a ser cortada...

...carne que sangra, que morre, que se eterniza.





terça-feira, 22 de março de 2011

Life's A Cage

A vida é uma gaiola.
ela te prende, te sufoca.
e quanto mais você tenta fugir.
mais preso você fica.

Viver na gaiola é triste.
é como ter seus pés acorrentados.
suas mãos atadas,
e a boca amordaçada.

Não tem porque se esforçar.
deixe estar, se a vida te prende.
ela é uma gaiola a céu aberto.
a chuva irá enferrujar suas grades.

A liberdade vem com a paciência.
paciência, virtude dos bravos.
e aos pobres beócios,
apenas mais ignorância.

O tempo permite as tuas asas.
vôos indubitavelmente altos.
para que elas se exponham diante do sol.
e que ele, por sua vez, ilumine teus olhos.

Agora que a vida perdeu suas garras.
suas armas e grades.
a liberdade lhe abraça, convidativa.
sem esperar pelos dias que virão...

...voarás em direção a imensidão de luz.