quinta-feira, 7 de abril de 2011

Grão

Os dias passam.
a rotina nos consome.
eis que em um súbito momento.
fui pego pela nostalgia.

Os momentos, eternizados e preciosos.
para nós todo tempo era tempo.
as coisas simples de ser.
e o gosto doce que vinha quando sonhava com você.

E bateu saudade.
uma saudade corriqueira.
como do cheiro da terra molhada de chuva.
e do sabor suave do café nas tardes de garoa.

Da varanda eu podia ver, e ouvir.
o som, o sal e o véu do mar.
encobrindo as encostas, sorridente.
e a nostalgia que não me abandonava.

O olhar marejado.
a secura na garganta.
as mãos, levadas ao rosto.
e uma última pergunta, antes de partir...

....''quando seremos tão felizes novamente?''




















...Seremos?


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