quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

L'amour

Justamente, a prosa e a flora, os versos perdidos de outras primaveras.
serenidade, compaixão e outras vertentes que um dia já conhecemos, hoje não são mais do que palavras em folhas de papel.

Talvez seja disso que eu precise... mas talvez eu esteja errado, como em tantas outras vezes.

Se partidos estão os laços que já nos uniram um dia, e cansados estão os nossos olhares....
o que devemos, ou seremos capazes de fazer, para amenizar toda a dor que nos assola até hoje?

Nossos caminhos até aqui foram tortuosos e, sem piedade, foram nos moldando à forma que somos agora.

Caminhamos sob o sol escaldante, assim como na chuva torrencial, e as nuvens, cinzentas ou claras, acompanharam nossos passos até os limites dos olhos, agora pequenos e tristes.

A mão que levas ao peito, buscando nele um coração, é também a mão que leva ao rosto, limpando o sal das lágrimas.

Se meus desejos, dentre os mais obscuros que possuo, pudessem se tornar reais, será que você, diante deste singelo e tolo, se permitiria partir na companhia do mesmo, sem medos ou receios, até chegar ao lugar quem te aguarda em seus sonhos?

Como pode ser explicado o amor? amor que bate no âmago da existência, amor que contorce e distorce a fábrica do tempo, do saber e do querer, amor que suga a vida, dando amor, amor que cega e esconde os seus mistérios por detrás da máscara de vidro.

Gostaria de fugir daqui... na verdade, gostaria de fugir, apenas.ir para qualquer lugar mais distante do que se pode contar em passos ou lágrimas.desaparecer pouco a pouco enquanto o tempo corre me mantendo parado no mesmo lugar, inatingível imutável...incapaz.

Dar ao tempo mais tempo, se tempo é tempo, e nada mais, como dar tempo ao tempo se faz?

como prolongar a infinidade daquilo que já não se faz infinito de sempre até a eternidade?

tornar complexo aquilo que outrora se pensou ser simples parece ser a única certeza dentre os fatos.

Motivação para deixar estar, e, em silêncio, aguardar por acontecimentos sem ao menos a pretensão do certo ou errado, do bom ou ruim, deveria ser diferente, mas é isso que será, e será até que não haja mais porque.

Não me questione, não sou detentor das respostas, muito pelo contrário, tenho tantas, quiçá algumas a mais, duvidas quanto você.Mas podemos caminhar, ou correr, lado a lado, em direção as respostas... ou qualquer coisa que nos traga um pouco mais de conforto... por você, nunca por mim, hoje, amanhã.... sempre.

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