sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Pseudônimos, colapsos e desertos de vidro.

Horizontes inconstantes, infinitos, distantes.
o olhar que goteja a displicência da qual sentimos falta.
caminhos entrepostos, escondidos e supérfluos.
uma estrada de tijolos composta apenas por nuvens e sonhos.

Ilusões encadeadas, preciosas, mascaradas.
Um arpejo que, milimétrico e comportado, desperta o desejo.
Vitórias que são derrotas, derrotas que não são nada além de tudo.
A necessidade normal de não se sentir necessidade.

Uma fina camada de vidro, nada além do chão sob seus pés.
através dele, você consegue ver? a fantasia do mundo perfeito.
Nada mais que sorrisos, alegria, e uma felicidade que não é.
tanta farsa que a desgraça quase cai na gargalhada.

Excentricidade de dar dó no coração, ainda que não haja um.
Os tiros de ousadia resvalam em nós.
Mas nossos escudos de indiferença já não funcionam mais.
Alvos fáceis na selva de concreto e mentiras, incessantes.

Brilho eterno, vivaz, caloroso, leve.
guia a luz clara e maravilhosa em direção aos nossos pés.
Brilho único, sereno, hipnotizante, pouco.
que de nada vale, se a mente será para sempre sem lembranças.

Olho nos seus olhos, procuro aquilo que não sei.
vejo a verdade em seu rosto, que cora logo em seguida.
sei que tenho todas as respostas, por toda a vida.
descubro que não me pertencem as perguntas, vejo você, fujo...


...e sumo nesse deserto, em meio a escuridão.

Um comentário:

  1. sozinhos, não sei se consigo encarar essa escuridão. Não sei o que fazer com esses sentimentos que vivem dentro de mim.
    vivo esperando o momento certo para partir.

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