quarta-feira, 27 de maio de 2009

O Homem que sabia...


Muito tempo atrás...em um mundo totalmente desconhecido pelos mortais, havia um homem.Era um homem sabido, que já vivia a muitos anos e em muitos mundos.Ele, no começo de sua vivência pelos mundos, visitou belas montanhas, cercadas por cachoeiras e cheias de vida, esteve nos mais belos oasis dos mais vastos desertos banhados sob o sol imponente, sorriu ao nadar nos mais encantadores lagos enaltecidos pelas belas noites de chuva confortante, e assim ele foi adquirindo todo um esclarecimento voraz e até perverso, de uma forma sutíl.


Mas conforme o tempo ia seguindo, o homem em toda sua formosa e imutável imortalidade, vendo a vida crescer, evoluir e acolher seus frutos e filhos, e assim o homem, sabido e perpetuado em torpor inexplicavel, pôs-se a procurar companhia, de forma qual descobriu as amizades que esse vasto e até então generoso mundo tinha a lhe oferecer.


As amizades, dentro de pouco tempo, se mostraram importantes partes que formavam um alicerce na alma do homem, que por si só, se deu por feliz e agraciado pelo fato de ter pessoas importantes em sua vida, que agora, passava a ter um ínfimo, porém concreto, significado.


Em determinado ponto, ele percebeu que as amizades eram importantes sim, mas que faltava uma coisa, uma coisa que lhe preencheria algo muito mais valioso e importante do que a alma...o coração.Ele vagou, buscou, fez por desencontrar, tendo em seu caminho nada senão tombos e pontapés, e assim, decepcionado, deixou o amor afundar no oceano infindável que havia em seu coração.


Foi quando um dia, totalmente sem perceber, e com a mesma pretensão, ele a havia encontrado.Ela era maravilhosa, tinha brilho próprio e um encanto que ele sabia que nenhum outro ser vivo viria a ter.Ele não precisou de provas, nem de respostas pra perguntas as quais também dispensou, ele a viu e soube, naquele mesmo instante, que ela seria o sopro que daria vida a ele, e o manteria vivo pra sempre.


Daquele momento em diante, juntos, ele viveu, e como viveu!.Ele a amava mais e mais pelo simples fato de ela estar ali, presente, e vivia mais e mais por saber que ela se sentia bem.Durante o tempo passado, ele involuntariamente cometeu erros, como todo ser humano, imperfeito, ele falhou em certos aspectos, e depois de algum tempo, ela, em turbilhão de emoções e confusões, decidiu deixa-lo.


O sábio então, entorpecido de um amor decidido e eterno, enlouquecido de uma tristeza confusa e irreal, chorou lágrimas de sal vivo, que escorriam pelo seu rosto enquanto pedia-lhe o perdão do seu amor.Ele chorou, demonstrou que seu amor era infinitamente maior do que qualquer erro que havia cometido, e que não haveria de cometer erros novamente, chorou o seu perdão e viu o amor em seus olhos, mas ainda confusa, sua amada não pode lhe responder.


Assim, o sábio deixou seu amor viver e pensar, carregando sempre consigo o amor eterno do homem que um dia ela fez o mais feliz do mundo.Mas ele por si, e por ela, e por ambos,e pelo maior amor do mundo, não se deixou ferir ou abalar, manteve suas palavras firmes e seu sentimento vivo e intenso à mostra, para que ela soubesse que o amor deles é para sempre, e que não há adversidade ou imposição que seja capaz de alcançá-los quando juntos, pois o amor deles é mais forte,e nossa história à de continuar numa outra noite chuvosa daqui a tempos...

Nenhum comentário:

Postar um comentário