Toda essa ausência, expondo o lado obscuro.
em seu sorriso distante, as minhas trevas se expandem.
a guerra que meus olhos encontram, a paz que foge.
um medo, seu medo, meu perdão.
Aparentavam ser luzes ao fundo.
ficando mais e mais distantes da sinceridade.
e um beijo em mãos calejadas pelo horror.
essa noite você perdeu a vontade de ser algo além.
Com aquela pontada no peito, a brasa se mantém.
quem sabe um outro momento seja mais enaltecedor.
ungindo até mesmo a caneca que perpetua o prazer da cafeína.
a mesma gota de chuva desliza por um percurso já feito antes.
Vamos debulhar por toda a lesão causada pela displicência.
perjurar uma única e singela omissão em sua justaposição no dia futuro.
enclausurar tudo o mais que for capaz de ferir a tenacidade da qual pouco dispomos.
viver uma única ideia, como um ideal, apenas...esperando unicamente por...Luz.
O calor insano da mente com epifanias constantes somado com a morbidez gélida do ócio momentâneo.
sexta-feira, 26 de abril de 2013
segunda-feira, 1 de abril de 2013
Odioso Prazer, Fulminante Desperdício
A terra maculada chora uma perda inexplicável.
o real passa a ser sonho, coincide com o nada.
o sonho é verdade maquiada de sangue e lágrimas forçadas.
qualquer coisa em comum é consequente do acaso.
Nem mesmo o sol, grandioso e benevolente.
Nem mesmo o sol, grandioso e benevolente.
permite que nossos olhos o encontrem, se escondendo.
fugindo para longe desse lugar abandonado por tudo.
fomos realmente deixados para trás, por quem quer que seja.
Ainda que fossem apenas algumas avarias.
fugindo para longe desse lugar abandonado por tudo.
fomos realmente deixados para trás, por quem quer que seja.
Ainda que fossem apenas algumas avarias.
entretanto tudo se foi, o mar, natureza, a terra, a graça divina.
se é que houve, em algum momento, uma graça divina.
o que restou, enfim? somente nós, eu e você e outros mais, talvez.
Essa tristeza que se acumula, amargura que transborda.
Essa tristeza que se acumula, amargura que transborda.
uma solidão somada de arrependimento, beirando o inenarrável.
aqui não há espaço para sorrisos, ou risadas.
e todas as promessas foram quebradas, pela última vez.
O que se pode ser feito? algo ainda pode ser feito?
O que se pode ser feito? algo ainda pode ser feito?
começar do zero, com tudo o que sobrou.
um belíssimo quadro do alfa e ômega, se movendo incessantemente.
guiado pelas cordas da existência, no teatro sádico da vida.
...Aqui ainda temos espaço para uma única coisa: Esperança.
...Aqui ainda temos espaço para uma única coisa: Esperança.
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