sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Indo pra casa...

Sou apenas uma gota, diante da tormenta.
vejo o movimento incessante das chamas alheias.
os olhos perdidos em meio ao tilintar de taças.
mentes vazias procurando redenção, ou algo ao que se prender.
Fiquei diante do início do fim, e lá eu parei.
enquanto as nuvens se moviam devagar, no céu nublado.
o inverno chegou rápido, eu me afirmo.
a fumaça dos cigarros sobe por entre as gotas da chuva.
Nunca deveriamos ter ido para lá.
a ingenuidade toma conta, e o corpo estremece.
melodias vão perecendo diante dos desatentos.
e você decide se questionar sobre algo, qualquer coisa.
Aos bons amigos, fica apenas o aviso.
não há conforto na verdade, dor é tudo o que irá encontrar.
buscando seu caminho pra casa, você fecha os olhos.
e deixa a noite te guiar.
Poderia ter sido tão bom juntos.
poderia ter sido uma dança eterna.
e agora, quem vai dançar comigo...
sei que nunca vou descobrir.
deixo o sentido a cargo da determinação.
abro mão da justiça, que é vã e cega.
entro pela última porta que decido abrir.
e sigo em frente, cego pela luz que me consome conforme vou...


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