quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Fel.



Cada vez que meus olhos se fecham, memórias se vão.
em um turbilhão inenarrável de emoções se partindo ao meio.
como um vitral implodindo em estilhaços de cores vivas.
ou as próprias estrelas, brilhando mesmo depois de mortas.

E ao abrir meus olhos, abrem-se as feridas.
uma sequência de dor e pesar que nunca puderam ser medidos.
envoltos por toda a névoa de falsos sorrisos.
e tudo que eu queria era meu copo de whisky.

As formas vão se perdendo aos poucos.
alguns muitos devaneios nos labirintos da mente.
a rouquidão e o cansaço sempre duram mais.
e quando o sol chega, já não consigo mais enxergar...



....as silhuetas da noite que nunca teve um fim.

Nenhum comentário:

Postar um comentário