quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

How soon is now?

Sou o filho.
a perdição em carne.
voz que entoa canções.
versos perdidos nas luzes lunares.

você se cala.
seu mundo começa a ruir.
quando você fica só.
e você parte só, à casa torna e a chorar.

nossas notas se sustentam.
um dizer, confronto, sobreviver.
olhos marejados de tristezas passadas.
e tudo que sentimos, é vontade de gritar.

herdeiros da verdade.
amaldiçoados com bençãos eternas.
luzes divinas e fogo sagrado.
almas soterradas em lama e falsos risos.

eles te dizem o que fazer.
você rejeita e foge.
e repetem,''você poderia encontrar alguém...
...que realmente te ame''...e você quer morrer.

Oh não, até onde eu vejo?
as linhas tênues entre os dois lados...
...apenas dois lados?
e eu nunca pretendi lhe causar mal.

e as teias, enroladas em mim.
prendendo meus pensamentos.
minhas vontades, meus desejos.
prendendo minha consciência, minha essência como um todo.

os deuses foram bons conosco.
nos deram esperança para um amanhã melhor.
e seus dedos, descendo e subindo por entre a realidade.
tecendo teias para nos acolher...teias para nos acalantar...


....teias para nos libertar, da prisão que nós mesmos criamos.


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